𝑺𝒉𝒆𝒓𝒍𝒐𝒄𝒌 𝒆 𝑱𝒆𝒏𝒏𝒊𝒆 • + 𝟏𝟖 •

• 𝐍𝐢𝐜𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐥 •

- Você nunca fez isso, certo? - Jennie olhou para Sherlock, divertida.

Ela encheu a sala de tensão, se divertindo sem parar assistindo ao detetive lutar com toda a força restante que lhe restava.

- Não precisa dizer nada. - Jennie continuou. Ela parou na frente dele, colocando o rosto diretamente no colarinho dele. - Eu posso sentir o cheiro.

- Cheiro de quê? - Respondeu Sherlock em um tom indiferente.

Ele sentiu Jennie suspirando alto. O ar que saía do nariz dela aqueceu o colarinho e Sherlock sentiu-se fraco até os joelhos.

- O desejo. - Jennie levantou a cabeça e encarou o detetive. - Você continua dizendo a si mesmo que não sente esses impulsos, mas, apesar do que quer acreditar, é humano. Você tem impulsos.

Sherlock ergueu as sobrancelhas.

- Ter impulsos, como você chama carinhosamente, não significa que sou obrigado a agir de acordo.

Jennie riu fracamente.

- Normalmente, não se recusaria a ser atendido, de vez em quando.

- E você quer cuidar de mim?

- Há mais alguém na sala? - Jennie olhou em volta, zombando dele.

- Estou muito lisonjeado, mas estou bem.- Acrescentou Sherlock.

- Tem certeza?

- Absoluta.

Jennie pressionou os lábios sobre os lábios do detetive consultor. Ele sentiu o calor da respiração dela e provou seus lábios. Ele não retribuiu.

Sherlock sentiu os lábios de Jennie descerem em seu rosto e logo ela estava lhe dando beijos no pescoço. Ele fechou os olhos, mesmo que não quisesse se render; ele teve que admitir que era bom.

- Jennie.

Mas dizer o nome dela não a faria parar. Isso a encorajaria. Ele tinha que encontrar um caminho, ele a deixou tocar por muito tempo.

Sherlock agarrou seus pulsos e a afastou. -

- Chega. - Ele afirmou em uma voz solene.

As sobrancelhas de Jennie levantaram em surpresa.

- Continue dizendo a si mesmo que. - Ela respondeu, dando um passo para trás. Jennie vestiu o casaco e caminhou em direção à porta de entrada.

- Já vai embora? - Perguntou Sherlock sarcasticamente.

Jennie estava prestes a atravessar a porta e sair, mas ela se virou e apoiou a mão no batente da porta.

- Você sabe o porque? - Ela disse.

A expressão de Sherlock mudou. Ele estava pendurado nos lábios dela, esperando o que ela estava prestes a dizer.

- Você está com medo, Sherlock Holmes.

- Com medo de quê? - Ele questionou, adquirindo um tom zombeteiro. - Me explique, qual meu meu medo?

Ela sorriu.

- Tudo. Você tem medo de tudo, de todos. Você pensa que, se se deixar levar, se der seu corpo, também perderá sua alma. Tem medo da queda.

O rosto de Sherlock estava em branco, sem emoção.

- Existe toda essa parte da sua existência que você nem conhece, porque tem medo do que pode encontrar dentro de si. É uma vergonha. - Ela olhou para ele da cabeça aos pés. - Realmente. - Ela acrescentou.

Sherlock finalmente se moveu.

- E você acha que é você quem vai me ajudar superar meus medos? - Ele perguntou, jogando as mãos no ar.