Capítulo 06💜

35 7 17
                                    

Depois de chegar em casa, vejo tudo apagado. Pela hora que cheguei, minha mãe já deve estar acordada.

- Filha? - Ouço minha mãe falar da escada.

Sabia.

- Oi mãe - respondo subindo as escadas em direção ao seu quarto.

A porta está entre aberta, entro e a  vejo sentada na cama lendo uma revista.

Dou um abraço e beijo sua bochecha.

- Mãe, a senhora tem que descansar. - falo olhando para a sua revista.

- Não se preocupe meu bem. Eu estou ótima e posso saber por que você chegou a essa hora?

- Resolvemos esticar a noite - respondo e me despeço dela antes que me encha de perguntas.

- Cuidado! - grita do quarto.

Vou para o banheiro e ligo a torneira, enquanto a banheira enche. Tiro a minha roupa.

Aquele gari, nunca vi alguém tão lindo como ele...

Como pode ser lindo, mas ao mesmo tempo ser pobre?

Mas a verdade é que existem pobres lindos. Tenho que admitir.

Ele não parece ser diferente, ele é diferente. Ele deve ser um anjo...

Olho para a minha mão, e a acaricio lembrando do beijo que ele deu. É raro alguém nos dias de hoje agir assim, beijar a mão é uma atitude tão linda. Sempre admirei esse simples gesto.

Por mais que eu nunca mais o veja, nunca esquecerei daquele homem. Uma verdadeira beldade.

Se a minha vida fosse um clichê, como esses dos livros que leio. Seria uma maravilha se eu o reencontrase, mas a minha história termina por aqui e cada um segue para o seu lado.

Eu sou uma pessoa que  aceita, mas não é porque dói menos e sim porque não tem jeito.

E nesse caso...

Agora parei para pensar...uma ótima cena. Uma mulher nua no meio do banheiro, acariciando a sua própria mão e olhando para o teto com cara de boba apaixonada, enquanto a banheira está esborrando.

Aí meu Deus, realmente está esborrando.

-  Que merda - exclamo enquanto desligo a torneira rapidamente.

Agora está tudo molhado, por culpa dele.

Entro na banheira e sinto o meu corpo relaxar automaticamente com a água morna.

"Aqui está a sua bolsa senhorita..."

Aquela voz única, aquelas mãos, aquele olhar, aquele homem...

Esses pensamentos ridículos devem ser apenas cansaço, nada do que um boa noite de sono não me ajude a esquece-lo.

Depois de terminar o banho, saio da banheira e vou para o meu quarto.

Já vestida me deito na cama e puxo as cobertas até o pescoço. Vejo algumas mensagens no celular e
deixo a maioria no vácuo.

O deixo carregando e coloco em cima do criado mudo, fecho os olhos e tento dormir. Mas nesse momento minha mente está divagando em outro lugar, em outro alguém, como é que depois daquilo, a trouxa aqui, ainda tem cabeça para pensar naquele belo ser imundo?

Eu tenho que me tratar urgentemente, desse jeito vou ficar igual uma pobre que se contenta com qualquer coisa.

A vida é injusta comigo.

Acabo adormecendo com os pensamentos no...vocês já sabem.

Eita Karol, eu já tenho um diagnóstico para você hein...

Até próximo Capítulooo Floquinhos.

Beijos de brigadeiro.

Segredos, Além Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora