O dia em que ele chegou

Parte 1

Eu sou a Briana uma jovem garota de 19 anos, cabelos escuros, olhos profundamente pretos, estilo nerd, que tem ansiedade. Perdi meus pais aos 6 anos de vida em um acidente de carro e desde então sou criada com minha avó, vulgo a melhor avó do mundo, Dona Martha. Moramos em São Francisco, Califórnia, eu sou apaixonada pela minha cidade, ela é incrivelmente linda. Não sou de ter muito amigos, só o Oliver e o Daniel, os melhores amigos que alguém poderia ter. O Daniel foi morar em Boston, ele foi estudar em Harvard, esta cursando medicina e vai ser um grande médico, ele é um como irmão para mim.

E tem o Arthur, que mora aqui mas fica muito tempo no hospital, infelizmente ele tem fibrose cística, estudávamos juntos mas no meio do ano passado, mas ele começou a ficar mais tempo no hospital então teve que repetir o ano. Eu estou cursando o último ano do ensino médio. Sinto muita falta dele na escola, apesar de ser muito querida pelos professores  a maioria dos alunos da minha sala não gostam de mim.

Eu sempre fui xingada pelo pessoal da sala, isso agravou muito a minha ansiedade, eu comecei a ficar mais calada do que já sou e meus professores perceberam isso no meu desempenho das aulas e avisaram a diretora sobre isso e foi assim que tudo começou...

Eu estava na aula do Sr. Hawkings, meu professor de história:

- Classe, hoje iremos refletir e debater sobre a frase de Nicolau Maquiavel: "Os preconceitos tem mais raízes do que os princípios." O que vocês acham que ele quer dizer? - ele começa a olhar para sala analisar a sala, observando todos os rostos - Se ninguém falar nada eu vou ter que sortear alguém.

- Que os preconceitos são mais valorizados e mais comentados do que o respeito - por fim eu falo quase com o coração saindo pela boca.

- Muito bem Briana!

- Abram os cadernos, agora vocês irão fazer uma redação sobre esse tema - quando a Sra. Rivera aparece.

- Bom dia classe, Sr. Hawkings o senhor me daria licença para falar com a Sophia em particular por favor?

- Claro Sra. Rivera. 

- Vamos Briana?

- Claro - e sala toda começa a comentar sobre isso.

- O que será que a nerd andou aprontando? - fala Scott, o insuportável, não sei porque mas ele adora mexer comigo.

Vou atrás da Sra. Rivera e chegamos a diretoria:

- Briana, tudo bem?

- Sim - falo friamente.

- Não parece, você anda triste, sempre muito calada, não tem uma relação muito social com ninguém na escola, não faz trabalhos em grupo, o que está acontecendo?

- Nada, eu só não sou muito social com o pessoal a escola, eu tenho amizade com o Arthur, ele só não está aqui.

- Briana você não está bem, os professores já me relataram isso, você é uma das melhores alunas da escola, mas está começando a não fazer mais os deveres, o que esta acontecendo? Algum problema em casa? 

- Não, é só que eu estou um pouco cansada e nervosa.

- Mas por que? O que você esta sentido?

- Medo, tristeza, saudades dos meus pais e dos meus amigos.

- Briana você precisa de ajuda, caso contrário vou ter que comunicar a sua avó.

- Não, a minha avó não, ela já faz muita coisa por mim e também está um pouco doente, ela não precisa de mais essa preocupação.

- Então vou te encaminhar a um psicólogo ,você não precisa enfrentar isso sozinha okay? Nós aqui da escola nos preocupamos com você. E qualquer coisa que precisar conte comigo - ela me abraça e eu quase choro, apesar de amar muito a vovó, não posso a preocupar mais, ela está com a saúde muito fragilizada após a morte do vovó no verão passado.