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Thomas

Voltamos para os nossos corpos físicos umas três da madrugada, estávamos muito exaustos para conversarmos sobre tudo o que rolou no submundo. A forma Astral exige muito do nosso corpo. Não tínhamos quarto de hóspedes, então foi o jeito ter que dividir minha cama com Tutankamon coloquei os travesseiros separando um lado da cama  para cada um de nós dois, depois disso peguei no sono. 

Tenho um pesadelo muito estranho onde minha energia vital era sugada para dentro da escuridão como um buraco negro levando tudo à sua volta, enquanto um ser maligno se vangloriava de sua vitória nesse momento sinto os braços fortes me abraçando, me protegendo com isso durmo melhor sem mais pesadelos.

Me acordo pela manhã sentindo o peso dos braços ao meu redor, tento me mexer para retirá-los sem ter que acordar Tutankamon, mas quando faço isso acabo sentindo algo quente e duro nas minhas costas levo um susto quando descobri do que se trata o empurro da cama fazendo ele caí de bunda no chão.

Pela sua cara de espanto, ele não tinha a mínima ideia do que acabou de acontecer, ele teve uma ereção enquanto dormia me abraçando. Aponto na direção do grande volume que se formou na sua cueca, envergonhado ele coloca as mãos sobre sua virilha e correr para dentro do banheiro. Pelo jeito foi se aliviar, grito para não sujar o piso no mesmo instante ele resmungou  algo incompreensível.

Sinto o cheiro de café invadindo o quarto, isso é sinal que meu pai já se levantou e já preparou o café da manhã, tenho que pensar logo em uma desculpa para o novo inquilino da casa, mas antes tenho que me arrumar.

Depois que Tut tomou banho, foi a minha vez, enquanto ele aguardava sentado na cama,  eu estava refletindo debaixo do chuveiro.

Eu sou filho de um Deus, não de qualquer Deus, mas sim de Hórus isso me faz ser um  deus também.

Na minha vida passada eu namorava um Deus e agora tem um deus que também é meu pai querendo me  matar e a destruir o mundo, minha vida daqui pra frente não vai ser mais a mesma e tenho que aceitar isso, não posso arriscar a vida de todos para proteger o meu mundinho, não posso ser egoísta a ponto de sacrificar a vida de milhões de pessoas para manter as coisas como estão agora.

Eu realmente preciso seguir ajudando a todos nem que eu perca minha vida nessa batalha. Mas salvarei a vida das pessoas de quem eu amo.

Meu pai já tava chamando para tomar café da manhã, no momento que estávamos descendo as escadas, encontrei meu Pai sentado na mesa com sua xícara na mão.

 – Pai esse aqui é um Aluno de intercâmbio que veio do Egito, tava precisando de uma casa para ficar enquanto terminar esse semestre. tem algum problema se ele ficar conosco?

 – Meu filho não tem nenhum problema, desde que não arrume confusão enquanto estiver sobre o meu teto. – disse meu Pai encarando  Tutankamon.

– Obrigado Senhor, por me acolher em sua casa. Diz Tutankamon

– Seja bem vindo, agora vamos Tomar o café antes que esfrie!

– Pai temos que ir agora, vamos chegar atrasado  na faculdade. Tiro o carro da garagem, Tut ainda não se acostumou com o carro e se segurar no banco como se fosse sair voando de dentro dele, com o tempo ele vai se acostumar. Durante o trajeto da minha casa até faculdade fomos conversando 

– Não se esqueça você é um aluno de intercâmbio que veio estudar seu último ano aqui. – Sim senhor Thomas, tá tudo sobre controle. – disse Tutankamon

Chegamos na Instituição, tinha acabado de estacionar o meu carro quando a visto Arthur e Henrique me esperando na calçada de frente para porta de entrada da faculdade. 

– Bom dia Thomas, cadê você que sumiu depois da excursão? – disse Henrique.

– Tava resolvendo alguns problemas, nada demais.

– Quem é esse cara atrás de você?– disse Arthur.

– Arthur e Henrique este é Tutankamon aluno de intercâmbio.

– Maneiro,  o seu nome é igual o nome da múmia Tutancâmon.

Nessa hora eu paraliso olhando fixo para Tutankamon, vendo sua reação, pensando no que ele iria dizer sem se expor.

–  Espero que isso tenha sido um elogio, mas o meu nome foi uma homenagem ao Deus Áton. – diz Tutankamon

– Massa, espero que esteja gostando daqui. – diz Arthur.

Depois das apresentações seguimos para Aula. Vanessa já estava dentro da sala de Aula  ao me ver correr para me abraçar, porém parar  quando nota a presença de Tutankamon. Seu semblante muda como se já o conhecesse de algum lugar. 

Mas isso não seria possível, pelo menos é o que eu penso. Apresento Tutankamon a Vanessa, ela faz cara de poucos amigos mas aperta sua mão em sinal de boas vindas.

– Tava com saudades de você amor, tenho novidades. Consegui o Emprego vou começar essa semana. – Diz Vanessa

– Meus Parabéns Amor, temos que comemorar.

– Podemos comemorar só nós dois lá em casa, aproveitar que estou sozinha hoje. – Disse Vanessa com aquele rostinho de quem quer algo a mais.

– Tá marcado e pelo jeito vamos comemorar muito. 

No intervalo fomos, nós cinco Arthur, Henrique, Vanessa e Tutankamon para cantina fazer um lanche, precisava arranjar uma desculpa para ficar livre de Tutankamon durante a noite mais mantendo ele por perto, tenho que ter um momento só meu já que terei que ir treinar no acampamento dos Deuses. [...]

Hoje de noite vai ser uma despedida com Vanessa. Por isso marquei de Arthur apresentar uma barzinho que fica próximo da casa de Vanessa.  

Arthur tinha acabado de chegar para levar Tut ao Barzinho, fomos nós três no carro já que era caminho, Tutankamon relutou muito  não queria deixar eu ir sem ele,  mas tinha que me despedir de Vanessa da melhor maneira possível.    

Tutankamon

A faculdade era algo magnífico, sua estrutura era enorme nada comparado com as obras do Egito, porém aquela lugar chegava perto com suas grandes colunas, salas enormes com várias escadarias interligando tudo, os amigos de Thomas me apresentaram todo o lugar fiquei grato.  Arthur e Henrique  são muito  gente boa, no começo pareciam tensos mas depois foi super de boas.     

Arthur é um moreno muito lindo, seus olhos castanhos claros, corpo bem atlético para quem estuda arqueologia, além de ter um  sorriso lindo como brilho do luar. Já Henrique é um cara ruivo  bem marrento mas igualmente lindo, um rapaz de poucas palavras.

Desde o momento que conheci aquela garota pressentir algo muito ruim, não sei o que Thomas viu nela para se apaixonar, mas tenho que aceitar já que ele não se lembra do nosso amor, mas logo vamos recuperar suas memórias e tudo voltará como era antes. No intervalo Arthur me convidou para conhecer um barzinho enquanto Thomas aproveita para dizer adeus a Vanessa.

[...]

Thomas nos deixou no barzinho foi para casa da namorada, o lugar estava lotado, gente de todos os tipos se divertindo e eu lá só pensando em Thomas, o tempo foi passando e tentei me divertir, experimentei algumas bebidas e até arrisquei uns paço de dança. Sinto um aperto no coração algo de ruim deve tá acontecendo com Thomas, peço pra Arthur entrar em contato com ele, porém não está dando certo. 

Deixo Arthur no Bar e saio correndo atrás de Thomas, sigo meus instinto sei que ele está por perto. Ele tá correndo  perigo meu coração nunca se engana. Adentro no quarto vejo eles dois em cima da cama, ela tá por cima dele segurando uma adaga matadora de Deuses. – Socorro, me ajudar Tutankamon! Ela está possuída, essa não é mais a Vanessa que eu conhecia. – disse Thomas sendo ameaçado por aquela coisa em cima dele. Reconheço que ela é um Jinn espíritos traiçoeiros que mudam de forma; enviado pelo Deus Set com intuito de matar-lo.

O primeiro Amor TutankamonOnde histórias criam vida. Descubra agora