|PERSECUTION| CYJ |

15. Itaewon

POV KYRA

Acordei na madrugada e levantei da cama, fui até o banheiro tentando fazer silêncio já que Kai dormia no sofá com Blue encima dele.

Fechei a porta devagar e acendi a luz notando minhas olheiras gigantes ao me olhar no espelho. Meu rosto estava pálido, com as olheiras fortes em contraste.. parecia que eu tinha levado um soco em cada olho.

Observei meu corpo e sim, eu tinha emagrecido também. O que essa pessoa está fazendo comigo?

Acabando com minha sanidade e tudo isso por um garoto?

Suspirei passando as mãos por meus cabelos e me lembrei das cenas de hoje mais cedo. Eu nunca quis tanto que alguém não fosse embora.. mas tive que dizer o contrário.

Eu fiquei tão irritada de ser tratada como um prêmio pelos dois garotos, afinal eu não era de ninguém, apenas de mim mesma. Mas confesso que sentia tão falta de ver o azulado.

Saber que ele se preocupava comigo e só queria me ver.. mesmo assim tive que expulsa-lo tudo para protege-lo.

Talvez um dia ele me perdoe por estar sendo tão repulsiva.. por enquanto eu não posso mudar isso.

- Kyra? Ta tudo bem ai? -ouvi a voz de Kai do lado de fora-

Abri a porta e dei de cara com o moreno, seu rosto mantia preocupação estampada.

- Esta sim.. só vim pensar. -sorri fraco-

- No banheiro? -ele sorriu questionando-

- É.. não queria te acordar e o apartamento é pequeno, não tem muitos cômodos pra ir.

- Hum, tem razão.. Bom, são 6 da manhã, vai voltar a dormir?

- Estou sem sono, acho que quero sair e ver a cidade. Preciso respirar.

- Eu vou com você, podemos ir a Itaewon? Faz tempo que não vou pra lá. -Kai pediu-

Dei um sorriso e fiz que sim.

- Mas e a Big Hit?

- É só às 8. Temos duas horas..

Corri pro quarto me arrumar com animação de onde eu nem sabia que existia.

[...]

Tinhamos combinado de tomar café em Itaewon, um bairro charmoso e receptivo de Seoul. Não era tão longe de onde eu morava então pegamos um táxi, nós dois estavamos de máscara para evitarem de reconhecerem Kai.

Depois de alguns minutos o motorista nos deixou no início do bairro, lá não era de transitarem muitos carros, era um bairro pra passear a pé mesmo. Eu paguei ao motorista mesmo com Kai com uma carranca por querer bancar.

Descemos do carro e o garoto enrroscou minha mão na dele me guiando no meio da multidão de gente transitando no meio das lojas e restaurantes.

Passamos em uma loja de jogos e Kai brilhou os olhos. Resolvi puxa-lo para entrar.

- Bom dia! Quantas fichas querem? -uma senhora nos recepcionou-