My First Woman.

Fique quieta.

"— Yumeko, eu por acaso estou gaguejando? Quero você calada.

— M-Mary-san...

— Você vai me chamar de Senhora, Yumeko. Você queria experimentar algo diferente, não queria? E é isso que eu vou te dar..."

Mary estava deslizando os dedos pelo corpo quente de Yumeko naquela sala de aula vazia. As garotas decidiram ficar um pouco depois do horário que deveriam, assim poderiam aproveitar mais... Antes que você se pergunte, sim. Era a primeira vez de Jabami com uma mulher.
Mais cedo naquele dia, a de cabelos negros tinha se encontrado com Suzui no banheiro unissex da escola. Enquanto eles deveriam estar na aula de química, Yumeko apertava o pescoço do garoto enquanto movimenta-se em cima dele. Todos na cidade faziam a vida dela ser um inferno, e transando e fodendo com a vida de todos os meninos do colégio particular Hyakkao, ela encontrou uma escapatória para a dor que sentia. Todavia, havia um problema que já lhe incomodava há semanas: nenhum dos homens lhe satisfazia mais. Desde os mais rudes até os mais gentis, fazer sexo com homens já não curava mais o pobre coração de Yumeko. A pequena e demoníaca garota já tinha se rendido a todos os vícios possíveis: bebidas, cigarros, sexo... mas não sexo com Ela.
Jabami não durou muito tempo no colo de Suzui, e não porque ele não aguentava... o real porquê daquilo era o tédio. Os vinte e dois centímetros do idiota já não eram suficientes, ela queria mais, mas não do mesmo.

— Desculpa, Suzui! — disse a menor, enquanto se levantava e ajeitava sua saia e meia-calça. — Não é que você não mande bem, mas... Meh, na verdade eu acho que você é só mais um idiota que não manda bem mesmo.

— Q-Que? P-Por quê?! — respondeu o mais novo, com as bochechas coradas.

— Tchau, Suzui! Queria que tivesse sido um prazer brincar com você...

Yumeko se retirou do banheiro apertado, ajeitando o cabelo e deixando o moreno para trás. O que ela não esperava era trombar com a garota que sentava atrás dela na aula de Química, Mary Saotome. Mary era alguns meses mais velha e consideravelmente maior que Jabami, e honestamente, não há mulher que fique melhor em um blazer vermelho. Já estava entardecendo e a menor tinha perdido a noção do tempo, e foi assim que encontrou a loira: indo buscar sua mochila. Mary era representante de classe e estava arrumando os armários da sala, e a de cabelos negros e pele pálida era realmente ruim em manter a boca fechada.

— Heh, Saotome, você não se cansa de sempre ficar arrumando esses livros? Sinceramente, se eu fosse você, diria pra algum babaca cuidar disso por você.

— E você, Yumeko? — replicou Mary, começando a esboçar um sorriso no canto da boca. — Não se cansa de foder com os mesmos idiotas todos os dias?

Naquele momento, Yumeko experimentou de uma sensação que nunca havia sentido antes: o embaraço. Apesar de que só por uns três segundos, a pequena ficou sem saber o que responder, mas logo isso mudou. Escondendo as bochechas vermelhas com ambas as mãos, mordendo a ponta de um dedo mindinho, disse:

— Ah, Saotome... Não me diga que está com ciúmes?! Eu não sou possessiva, bobinha... eu absolutamente te emprestaria algum dos meus brinquedinhos pessoais! Me diga, qual você quer, uh?! O Suzui é suficiente pra você?! O Kaede, talvez?! Olha, eles são bem obedientes, então você vai poder dominá-los do jeitinho que eu faço! Garotos implorando são (ou eram) tão bonitinhos!

Naquele momento, a loira fez algo que não era de seu costume: largou os livros na mesa. Deslizou delicadamente a ponta dos dedos sobre alguma das velharias que tinham ali e riu, mas não era uma risada comum... não uma risada de quem está achando algo engraçado. Mary tinha algo diferente. Ela tirou os laços que amarravam o cabelo e bagunçou-os, apesar deles continuarem sempre bonitos. Virou-se para Yumeko, mordendo o lábio inferior.