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Atenção: gatilho de violência física

Jimin acordou de seu sono inquieto com Hoseok sacudindo-o levemente. Ele tentou afastar o amigo e dormir de novo, mas o mesmo insistiu.

— Jiminie, o Jungkook estava com você em algum lugar?

— Não, hyung. Vá dormir... — Os olhos dele se abriram e ele se sentou. — Jungkook?

Hoseok assentiu.

— Taehyung está na porta e parece preocupado.

Jimin pulou da cama apressado até a porta e teve que segurar o batente da mesma por ter ficado tonto, por causa da mente ainda sonolenta. Taehyung agarrou seus ombros e o sacudiu.

— Kook está aqui? Ele voltou depois da noite passada? — Praticamente gritou no rosto de Jimin.

— N-não. Ele está bem?

Em vez de obter uma resposta verbal, o rosto levemente esperançoso de Taehyung caiu e se transformou em uma expressão de completo horror. Ele saiu correndo dos dormitórios deixando o loiro para trás. A imaginação sombria de Jimin o levou às piores situações possíveis em que Jungkook poderia estar.

Sem pensar duas vezes, ele saiu correndo atrás do mais novo. Ele ouviu Hoseok gritando atrás de si, mas não se importou. Seu estômago revirou de medo quando viu Taehyung correndo até a casa antiga que viu Jungkook, na mesma noite que dormiram juntos pela primeira vez.

— Kook! Kook, por favor! — Taehyung chorou, tentando abrir a porta trancada.

Ele pulou da varanda e pegou uma pedra próxima, a jogando na janela de vidro. O som do vidro quebrando ecoou na mente de Jimin, e Taehyung se virou, o vendo.

— Chame a polícia! Está na hora de acabar com isso — gritou, em seguida, subiu pela janela quebrada, ignorando o vidro que cortou levemente suas mãos.

Jimin engasgou com as lágrimas ao ligar para a polícia. Ele ouviu sons de pancada e gritos vindo de dentro da casa, largou o telefone e correu para dentro do local também.

O interior da casa era mais uma bagunça do que o exterior, vidro quebrado e móveis espalhados pelo que Jimin supunha ser a cozinha. Ele ouviu Taehyung soltar um grito agudo de outro cômodo e correu em direção a sua voz, ofegando com o que viu.

Taehyung estava jorrando sangue do nariz, enquanto estava defensivamente sobre um corpo que não respondia. Havia um homem bonito, que Jimin reconheceu como o homem que havia tentado atingir Jungkook atrás da escola meses antes. O homem estava alto, com raiva vividamente expressa em seu rosto e ele segurava um objeto que parecia ser um chicote caseiro.

— Você não pode tirar a vida do Jungkook assim! Ele não fez nada de errado! — Taehyung gritou, com o rosto vermelho de tanto chorar.

— J-Jungkook — Jimin sussurrou, trêmulo.

Sua voz trêmula foi ouvida pelo homem enfurecido. Ele desviou sua atenção de Taehyung e deu a Jimin um sorriso torcido.

— Você é a vadia feia daquela escola de merda que meu filho frequenta. Querida, cuide do resto.

Jimin girou nos calcanhares para se deparar com uma mulher louca e mais velha, que tinha olhos semelhantes aos de Jungkook. Seus olhos perturbados se encheram de insanidade quando ela abaixou a mão para bater no loiro. Ela estava pronta para atacá-lo, mas congelou e tremeu violentamente antes de cair de cara no chão.

— Parada! Largue sua arma! — um policial gritou, deixando a mulher no chão, junto com o tazer ainda preso em suas costas.

Um segundo policial a algemava enquanto o primeiro perseguia o homem ameaçador. A retaliação foi interrompida por outra injeção de eletricidade que o fez cair. Jimin correu para Taehyung e o corpo imóvel debaixo dele.

Cicatrizes Escondidas • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora