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Colin
já passou uns dias desde a última dificuldade de respiração da Aurora, hoje não vi ainda pessoalmente, diz ela não veio ao trabalho, é claro que isso eleva a minha preocupação, nos últimos dias a gente tem ficado muito junto, já conversei com os pais dela, foi uma seria e longa conversa, disse que irei ficar com ela da mesma forma. Pego meu celular e ligo para Aurora, ela não atende então resolvi ligar para, Maria
-Alo- escuto sua voz chorosa
- Oi Maria, sou eu Colin- digo e escuro ela chorar- O que está acontecendo?
-Oi Colin, sou eu Zac, minha esposa não está em condições de falar
-Zac, o que está acontecendo?
-Estamos no hospital meu filho, Aurora passou muito mal hoje madrugada, e de manhã enquanto descia a escada o músculo da perna parou, ela acabou caindo
-Eu estou indo para ai- falo me levantando

Com o tempo chego no hospital e encontro Zac sentado na sala de espera, me aproximo
-E como ela está?- pergunto preocupado

Eles tomam um susto, parecem que não me viram chegar
-Ela está melhor, por sorte não quebrou ou fraturou nada, mas a doença dela avançou, perdeu a sensibilidade da mão, vamos ter que adaptar algumas coisas lá em casa- ele diz ao suspirar

Concordo ainda um pouco chocado, passo a mão pelo cabelo e fico olhando a porta
-Ela pode receber visitas ?
-Pode meu filho, entrar- a mãe dela diz

Abro a porta e vejo Aurora deitada de olhos fechados, me aproximo em silêncio com medo de acordar-la,  cento-me na poltrona ao lado de sua cama e a observo, vejo ela soltar um pesado suspiro e abrir os olhos, ela me vê e coloca a mão no peito
-Que susto Colin!- ela diz com os olhos arregalados
-Não sou tão feio assim- tento brincar
-Não, não é- ela fala dando um fino sorriso

Ficamos um tempo em silêncio, me levanto e sento em seu lado, acaricio seus cabelos e vejo seus olhos lacrimejarem, a ajudo a se sentar e a abraço
- Eu estou aqui- mumurro em seu ouvido e quando escuto seu choro abafado- Não chore minha gatinha, vai ficar tudo bem
-Eu não quero morrer aqui nesse hospital Colin- ouvir isso me dói- promete que não vai deixar eles me internarem aqui
-Eles vão saber te ajudar
-Me promete! Por favor- ela pede duplicando

Respiro fundo
-Prometo - digo e sinto ela me abraçar mais forte

Ficamos um tempo abraçados, ela se deita na cama e pede para deitar-me com ela, a envolvo em meus braços e fico sentindo o cheiro do seu perfume, com o tempo percebo que ela adormece, me levanto com cuidado e beijo sua testa, saio do quarto encontrando os pais delas
-Ela dormiu- falo fechando a porta
-Ela não deixava ninguém entrar no quarto- Rose fala- você foi o primeiro a conseguir

Ouvir isso me deu um pouco de felicidade, não posso negar, mas saber que ela está lá dentro, e eu não poder ajudá-la, isso me parte, recebo um abraço de Rose e surpreso demoro a corresponder, nunca fui de ganhar muitos abraços, a minha história também não ajuda, para mim isso é muito afetivo, mas com esta situação, eu correspondo o seu gesto 

is it love Colin- superando barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora