*Aviso das autoras* as postagens do livro ocorrerão a partir de 14 de julho deste mês, por causa da época de provas. No entanto, resolvemos deixar o primeiro capítulo disponível.
*Atenção* mais uma vez a frisar, este livro pode conter gatilhos e este capítulo refere-se a um estrupo. Se não se sente confortável com este tipo de conteúdo, aconselhamos a não ler o livro. Ps* pode acessar ao capítulo “Avisos” para mais informações do livro. Obrigada e boa leitura.
Um capítulo pequeno, só para começar, depois de dia 14 os capítulos serão maiores.
Olhava para todos copos a minha frente com a minha visão turva, enquanto sentia uma respiração ofegante perto do meu lóbulo , suas mãos percorriam na minha cintura puxando um pouco o meu vestido, seu corpo estava muito perto do meu, podia sentir sua ereção contra minha bunda.
Saí dos fortes braços do desconhecido me sentindo sufocada , precisava de ar, enquanto finalmente saí da boate que minha melhor amiga insistira em me trazer ,respiro o ar puro, decidida que por hoje já tinha dado, estava na minha hora ,pego meu celular para chamar um Uber.
Os meus olhos vagueiam pelo mar, me fazendo recordar o passado, quando tudo estava bem. Senti um calafrio percorrer pelo meu corpo, mas não era a brisa calma do mar que trouxe essa sensação, mas uma mão que suspendeu na minha cintura, sem que eu consiga ver, estou a ser empurrada contra uma parede e forçada a fazer algo que não quero.
Seu hálito fedendo a bebida estava insuportável, enquanto ele beijava o meu pescoço vagarosamente e passava as suas mãos sobre o interior das minhas pernas, muito perto da virilha, que me fez fechar as pernas rapidamente.
Minha boca estava seca e minha visão turva, eu não conseguia ver o rosto do homem que estava abusando meu corpo enquanto eu tentava sair dos seus braços.
Meu primeiro instinto foi gritar, mas alguém me ouviria? A música da boate está absurdamente alta e a rua estava deserta, eu tinha me afastado um pouco, para conseguir observar e sentir a brisa fresca do mar enquanto esperava o Uber.
-Socorro! – grito até não ter mais ar em meus pulmões.
-Caladinha, você irá gostar da brincadeirinha que eu vou fazer. – disse o agressor, enquanto retirava minha calcinha.
Eu entrei em pânico, mexia minhas pernas enquanto tentava acertar uma joelhada em suas bolas, mas sem sucesso, pois ele me virou abruptamente fazendo eu sentir sua ereção contra na minha bunda.
-Você é muito gostosa. – falava enquanto começava a introduzir seus dedos na minha parte íntima.
-Por favor, me deixe ir! – eu disse enquanto tentava retirar sua mão.
Ele pegou minhas mãos, as puxando para cima da minha cabeça e as agarrando com força.Ouvi o zíper das suas calças abrir e me comecei a debater, mas sem sucesso. Será que vai acontecer mesmo isto? É agora que eu lembro de todas as vezes que a mamãe dizia que não era para andar sozinha.
Eu gritei, gritei até perder a voz, até que senti ele me penetrar.Ele sussurrava no meu ouvido palavras inaudíveis, mas sempre com com desejo na sua voz.
Eu sentia tanto nojo de mim mesma.
Não sei quanto tempo se passou mas eu já não me debatia eu simplesmente, cansei de tentar o impossível.Meu olhar estava vidrado no mar, eu desejava que aquela fosse a minha última visão.
Eu não sentia nada, além de todos os tapas na minha bunda ou até mesmo os puxões de cabelo, enquanto eu gemia de dor, minha primeira vez tinha sido marcada, um acontecimento onde deveria ter amor, paixão, mas além disso tem sangue, dor e medo.Ele ejaculou dentro de mim, me puxando para ele, enquanto beijava meu pescoço e seu suor escorria pelo meu corpo.
Não sei se eu estava sonhando, mas eu ouvi a voz de Liz me chamando de longe e tive esperança que eu estivesse no céu.
Até que senti, o meu estuprador retirar seu pénis e colocando-o dentro de suas Jeans e deixou-me cair no chão, como se fosse um animal morto.
Eu ainda olhava para o mar, eu sempre o amei, mas agora não seria uma das minhas melhores visões.
-Foi muito gostoso, você é muito gostosa- disse o estuprador enquanto se abaixava para sussurrar no meu ouvido, como fez até um minutos atrás- espero te encontrar novamente, para repetir-mos.
Ele apenas se levantou e saiu, como se não tivesse acabado de cometer o pior crime contra uma mulher.
-Jade?
Eu ouvi a Liz me chamar mas em momento algum eu retirei os meus olhos do mar e tentava não olhar para o meu corpo, eu ainda sentia sangue escorrer pelas minhas pernas.
-Meu deus Jade, o que aconteceu? – ela estava na minha frente, com os seus olhos grandes cheios de lágrimas enquanto me abraçava.
-Jade, fale comigo, diga alguma coisa! – ela disse, enquanto segurava meu rosto em suas mãos.
Eu não disse uma só palavra, mas abracei-a com toda a minha força, eu me sentia morta, mas eu não estava, sentia a presença do estuprador por todo o meu corpo, me fazendo sentir repulsa.
-Eu estou morta Liz! – Finalmente eu consegui dizer uma só frase, que a fez arregalar seus olhos e a desabar em lágrimas enquanto me abraçava.