Caixinha surpresa

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Voltei meus Eternals... Quase 5 mil palavras mas valeu a pena
Vocês que lutem com o que eu trouxe 🌬️
Boa leitura ✝️

———— R E L E A S E ————

Louis Tomlinson

Harry

Virei meu corpo para o lado, sentindo algo molhado sujar parte do meu rosto fazendo-me abrir os olhos e ver apenas a escuridão. Assustado por não conseguir enxergar nada ao meu redor, respirei ofegante apenas notando que eu me encontrava em algo que estava empoçado.

Arrastei meu corpo para poder procurar alguma coisa sólida como a parede, contudo, o que me deparei era o vazio. 

Um dos meus maiores medos era estar na escuridão outra vez, eu não sabia o que estava acontecendo mas eu não estava bem para ficar ali. Eu precisava encontrar uma saída antes que meu desespero aumentasse.

— Harry! — gritei sentindo uma falta de ar por ter feito muito esforço.

Meu corpo parecia exausto por hora. Eu me sentia triste o suficiente para chorar sozinho sem motivo aparente, a necessidade de liberar o que me acumula no peito parecia uma boa forma de tirar de dentro de mim.  Pela primeira vez, naquele ano, eu estava acabado por dentro e queria saber o que aquela coisa fez comigo.

Tossi um pouco e abri meus olhos, olhando para o teto agradável de uma casa, a telha vermelha americana resinada, a parede decorada com listras azuis e brancas do papel de parede. Virei minha cabeça para o lado, a poltrona marrom e um criado mudo com abajur. Pelos arredores do quarto percebi o guarda-roupa branco de madeira antiga e castiçal sob a minha cabeça. Havia uma porta de madeira coberta pela cortina branca de nylon.

Era agradável estar ali, a cama de casal era macia e eu me sentia confortável. Ainda um pouco tonto, me sentei apoiando minhas mãos na lateral do meu corpo, perguntando a mim mesmo quem havia me trago para esse lugar e onde era esse lugar.

Levantei sentindo a maciez do tapete abaixo de mim e caminhei lentamente pelo quarto. Curioso para saber mais sobre o cômodo. Olhei para a parede a minha esquerda, notando quadros pequenos de paisagens lindas e que carregavam paz somente por eu ficar apreciando. Perguntei a mim mesmo se existia mesmo esse lugar porque eu gostaria de ir para lá.

A familiaridade sobre as coisas me era estranha. Andei deliberado para o guarda-roupa e o abri, mesmo que não tivesse permissão. Lá dentro, absorvi o cheiro de lavanda, quase entorpecido por ele. Dentro do mesmo, havia roupas masculinas que pareciam ter meu número, calças coladas, botas, tênis, casacos de frio, camisas de cores diferentes, camisas com estampas na frente, toucas, cachecol, chapéus, jaquetas, sweaters e moletons. Um verdadeiro sonho de consumo para aqueles, como eu, que amava aquele tipo de roupa. Na outra porta, encontrei objetos pessoais e um espelho nela. Mais abaixo havia um colarinho no formato de uma rosa branca que parecia precisar de uma metade. Era prateado e com poucos detalhes.

— Vejo que você encontrou um objeto perdido! — ouço a voz arrastada de Mark atrás de mim.

Virei para ele largando o colarinho devido ao meu susto. Então, eu voltei para a casa do meu pai...

— Eu...

— Era seu quando bebê. — ele sorriu fraco quando ficou ao meu lado e pegou a bijuteria. — A única coisa que me fazia estar perto de você junto com as fotos que tiramos juntos.

Fiquei o encarando por um bom tempo. Aquele assunto estava me deixando pensativo e me causou estranheza.

— Eu não sou contra a pessoa que ama. — Mark continuou a falar quando percebeu que nada iria sair da minha parte. — Harry é um bom rapaz e vai te fazer feliz. Me desculpe se a impressão que passei foi outra.

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