Kathryna Haroun!
Mulher decidida e que teve que aprender a ser adulta muito cedo, aprendendo a se defender do seu pior pesadelo sozinha, sem a ajuda de qualquer um. Órfã de mãe, ela vive um luto eterno, um luto que a machuca todas as noites, a ate...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Encaro mais uma vez o Don observando se ele realmente tem certeza do que está falando para mim, pois acho que a idade acabou afetando o seu cérebro.
— Mio padre, não tenho certeza que seja uma boa ideia irmos a combate nesse momento — aproximo-me colocando minhas mãos sobre seu ombro enquanto o observo encarar a princesinha da Draghi Oscuri, minha irmã caçula. — O senhor ainda está se recuperando de um ataque, deveríamos esperar mais um pouco — tento convencê-lo, mesmo sabendo que é em vão.
— Mio figlio, não podemos baixar nossas cabeças agora — me puxa para fora do quarto e entramos em seu escritório, logo nos sentando um de frente para o outro. — Estamos sofrendo constantes ameaças dos nossos rivais — passa a mão sobre seus cabelos grisalhos.
Há cinco anos venho sendo treinado para assumir o comando da Draghi Oscuri, tenho passado por situações difíceis e torturas constantes para poder comandar tudo da mesma forma que mio padre comanda.
— Don? — Gianluca entra no escritório após dar duas batidas e se aproxima da mesa onde estamos sentados. — Os carros já estão prontos, podemos partir — o consigliere avisa e se retira do local, deixando a porta encostada atrás de nós.
Gianluca é o melhor amigo de mio padre e meu padrino, é um homem bom e de punho, exatamente da forma que papai precisa, pois muitas das vezes seus conselhos são preciosos dentro da Famiglia.
— Vamos, mio figlio, chegou a hora! — afirma e me passa o seu fuzil de alta precisão todo banhado a ouro, características dos armamentos da Draghi Oscuri. — Che Dio ci protegga tutti! — diz e deixa um beijo em minha testa.
— Amen, padre! — saímos do escritório e descemos as escadas em direção à garagem, onde encontro mia madre com o mesmo olhar de preocupação de sempre.
— Meu menino, está tão crescido — ela chora segurando em meu rosto e beija as minhas duas bochechas. — Que Deus guarde você e seu pai e os traga de volta para mim em segurança — fala no seu idioma materno, o inglês, e se afasta penteando os meus cabelos para trás como sempre faz.
— Tomaremos cuidada, mãe, não se preocupe — beijo o topo de seus cabelos e a encosto em meu peito.
Tenho quinze anos, mas consigo ser maior que minha mãe, a fazendo ficar um pouco irritada quando tiro o dia para implicar com sua altura.
Somos uma família de mafiosos, mas dentro de nossa casa temos muito amor e carinho. Tive uma educação mais rígida por ser o próximo capo da máfia, mas sempre recebi atenção e carinho dos meus pais, nunca pulei uma única fase da minha infância.
— Cuidado, homem teimoso, tente evitar o máximo de confronto — mamãe abraça meu pai apertado e o Don passa suas mãos sobre a cintura dela, a trazendo para próxima de si.
— Sabe que é impossível isso, minha rainha, sangue precisa ser derramado e tenha certeza que não será o nosso — avisa e beija os seus fios revoltos, logo deixando um beijo carinhoso em seus lábios. — Te amo! — declara e dou as costas para os dois, os deixando ter seu momento.
