Kingdom

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Risadas ecoam por cima da leve música e logo todo o cômodo é tomado pelas risadas infantis e de seus pequenos passos. A progenitora da família rodopiava com o pequeno ser em seu colo que ria de seus rodopios fazendo-a sorrir termo , a criança foi posta no chão ao acabar da música, a mulher de olhos castanhos se ajoelha ficando do tamanho de seu filho. Sorrindo a mulher beija sua testa e diz:
" Querido acorde, já está atrasado" A mulher fala com calma fazendo o menino suspirar e agarrar as vestes de sua mãe
" Eu não quero ir embora mamãe " Sua voz embriagada fez o coração de mulher apertar
" Querido, tudo ficará bem " A mulher o pega no colo e sorri para a criança, seu fruto, espelho de si, a criança era sua cópia, tinha que admitir. os grandes olhos cor de mel, os cabelos lisos loiros escuros e até mesmo a boca rosada. A mulher caminha pelo longo corredor cantando uma leve canção de mimar, fazendo a criança dormir em seu colo, a mulher pousa o corpo do menino em meio aos cobertores e travesseiros e desliga a luz " Eu te amo meu querido"
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Um corpo é jogado em cima de um empenhado de cobertores, o jovem rapaz de cabelos loiros resmunga ao sentir o peso do outro em cima de si, logo seu coberto é tirado de seu rosto revelando um homen de cabelos escuro sorrindo para o mesmo.
" Yo Ykuuro! " O homem fala sorrindo, fazendo o garoto rir de sua felicidade logo em uma segunda de manhã
" Oi meia um" O menino comprimenta seu tio, o fazendo sorrir mais, o de cabelos escuros se levanta e abre as cortinas do quarto, fazendo os raios de sol entrar no quarto com brutalidade, ato esse que resulta em um resmungo irritada do jovem, que põe sua mão enfrente aos olhos tentando amenizar
" Hoje é o dia do senhor ir para a sua primeira aula de dança! Não ta animado? " O mais velho fala sorrindo indo até o guarda roupa do menino
" Ae, esqueci total" O garoto sorri levemente enquanto se senta na cama para pegar a perna mecânica, que estáva posta do lado de cama
" Você quer que eu te leve? " Meia um fala ainda escolhendo uma roupa para o garoto, o menino põe sua "perna" E se levanta indo para o banheiro
" O pai não pode me levar? " O menino questiona Ligando a banheira
" Ykaro seu pai é um tipo de cara que vai morrer com o trabalho" O homem entra no banheiro e ajuda o menino a se despir " Gabriel sempre foi assim, é impossível alguém mudar a cabeça dele de uma hora para outra! " Logo o homem retira a perna mecânica do garoto e o coloca na banheira
"Obrigado tio" O menino sorrir para o homem que logo o ajuda no banho " E , eu vou sozinho não precisa se preocupar " O mais velho sorri levemente e termina de ajudar o garoto

°°°

O menino andava pelas ruas de Havana, em direção ao um ponto de ônibus, já que havia esquecido seu celular em casa, o garoto andava calmamente enquanto tentava se lembrar dos passos que havia aprendido naquele dia, enquanto tentava refazer os passos simples de ballet alguns funcionários de um posto de gasolina fumavam na parte da frente do estabelecimento, o peruano logo entra na loja de conveniência ao ver um casal entrar no mesmo deixando o amigo para trás resmungando sobre seu abandono.
Logo o menino começa a sentir uma leve faltar de ar e seus olhos começam a lacrimejar. Estáva tendo uma crise de ansiedade. o homem ao ver o garoto passar mau corre em sua direção esquecendo de seu cigarro
" Hey pivete, ta tudo bem? " O homem falar soltando de leve a fumaça no rosto do menino que tosse sentindo seu único pulmão bom arder
" Cof cof... A.... A fumaça.... Cof cof " O homem processa um pouco a informação e logo percebe que ainda estava com o cigarro, o homem apaga o cigarro e solta a fumaça para longe " Eu to tendo uma crise " O menino Sentindo seus olhos encherem de água
" Vem, vou ver o que posso fazer" O menino segue o mais alto que o leva para a área de funcionários, o peruano se assusta ao ver o garoto, logo pega um copo d'água e entrega ao garoto. Após se acalmar o peruano corta o silêncio
" Então, ta se sentindo melhor? " Pergunta ao notar o suspiro aliviado do garoto
" Sim, obrigado! " O garoto sorri fazendo os presentes sorri também
" Qual o seu nome? " O mais velho fala bebendo um gole de sua cerveja
" Ykaro Carlos e o de vocês? " O menino fala se ajeitando no sofá
" Me chamo Tawan e esse alcoólatra é o Victor " O peruano rir juntamente ao garoto
" Você sempre tem essas crises? " O mais velho entre eles pergunta jogando a latinha ( já vazia) no lixo, o menino coloca algumas mechas do seu cabelo atrás da orelha
" Sim, o Dr. Lucas é meu psicólogo a 10 anos quase, ele acabou me indicando recentemente as aulas de dança" Tawan encosta na parede, já ouviu falar do Dr. Lucas, era um psicólogo russo que havia se mudado a alguns anos antes da tragédia que aconteceu em San Diego, o trabalho dele era esplêndido, o mesmo havia curado vários pacientes em meses. Tawan olha para o garoto e o analisando de cima a baixo, o garoto lembrava uma antiga dançarina de Mississippi, era incrível como lembrava ela, até mesmo o jeito de se sentar era parecido "Er, Vocês podem me dizer que horas são? " Victor puxa seu celular e ajeita o seus óculos
" hãn........... Duas e meia da tarde, por quê? " O menino se levanta rapidamente, mas logo se arrepende quando sente uma leve tontura fazendo-o sentar novamente " Hey vai com calma garotinho " Victor se levanta e se estica fazendo seus ossos estralar, ele ajuda o garoto e pega um capacete " Eu te levo para casa"
" Na... Não precisa senhor Victor! " O menino diz fazendo os mais velhos rirem, o que resulta o menino corar levemente
" Relaxa rapunzel meu turno já tá acabando, só vou sair uma hora mais cedo " O moreno rir fazendo o peruano nega com a cabeça pela irresponsabilidade do amigo
" Depois o salário é reduzido e não sabe porque" O peruano sai da área dos funcionários e vai para loja encontrando Rodrigo flertando com uma cliente
" Seus olhos são lindos, alguém já te falou isso? " A mulher rir e joga seus longos cabelos cor mel para trás
" Sim, agora porfavor pode passar minha compra? " A mulher falar com um leve tom de raiva na voz, parecia que estava a um fio de bater na cara do homem de cabelos escuros
" Claro! " Rodrigo passa a compra da mulher e ao entregar a compra ela só joga uma nota de cinquenta e sai do estabelecimento resmungando algo " Eita, deveria ta de TPM "
" Não, era só raiva de você mesmo" Tawan fala e pega a nota " Ela já estava de saco cheio de você cara" Ele coloca o dinheiro na registradora e vai arrumar as compras que o outro arrumava antes
" O que vocês faziam lá dentro? E eu sou irresistível, tá? " O de óculos fala fazendo uma pose " Sensual"
" Aham irresistível" Fala debochando do amigo " E o gema encontrou um garoto passando mau e ta ajudando o garoto agora"
" Um garoto? " O de óculos faz uma cara de confuso, mas logo é defeita ao ouvir o sino da loja " Aposto que é aquela mulher" Ele sorrir e passa as mãos nos fios pretos " Ela possivelmente veio me dar o número dela"
" Ok então, vai lá garanhão " O peruano fala jogando um pacote de salgadinho no moreno que rir
Ao chegar no balcão encontra um menino de cabelos loiros longos, grandes olhos cor mel e boca rosada, o moreno analisava o menino de cima a baixo e acabou não percebendo que o garoto o chamava, só foi a percebe quando o garoto bateu sua perna em uma estrutura de metal fazendo um barulho ensurdecedor ecoa pelo estabelecimento
" PORRA!" Tawan grita ao ver que toda a mercadoria recém arrumada caída no chão do estabelecimento, o peruano vai até o balcão vermelho de raiva e pronto para bater no dono daquela bagunça " Quem foi o filho da puta?! " Ele grita irritado, logo ele se vira e encontra Ykaro com uma das pernas meio amassada " Ah, oi Ykaro o que foi? " O menino sorri levemente esquecendo totalmente de sua raiva
" Sr. Victor precisa de 20 reais de gasolina, a moto está sem combustível " O garoto fala fazendo Tawan coçar a nuca e suspirar
" Me dê o dinheiro e Saiko vai por a gasolina" O menino entrega a nota e Rodrigo sai do estabelecimento " Pronto, obrigado Ykaro" O mais velho sorri fazendo o menor ficar levemente vermelho
" De nada Tawan! " O menino logo ia sair até Tawan o chamar " Sim? "
" Ta tudo bem com a sua perna? " O menino olha sua perna e percebe que estava amassada, o menino sorrir e ajeita a legging
" Sim! É só um amassado" O menino sai do estabelecimento deixando o peruano totalmente confuso com sua afirmação, no lado de fora da loja Ykaro encontra Victor conversando com Rodrigo
" Ykuuro! Pega " Victor entrega um capacete cor rosa para o mais novo que rir " Saiko, amanhã vou ver se consigo te cobrir pela tarde" O homem fala e sobe na moto e logo ykaro sobe também, Saiko sorri vitorioso e agradece o mais velho
" Melhor você agarrar nesse doido ai, se não você vai sair voando " Saiko diz ao perceber que ykaro não segurava direito Victor
O mais velhor entre eles rir e Ykaro rodea seus braços na cintura de Victor que apenas da um leve aceno e da a partida, deixando saiko e Tawan para trás. Por um lado tudo estáva normal, mas por outro, André andava pela sala do casa preocupado com o menino que não havia voltado, enquanto isso uma mulher sentada no sofá bebericava seu Chá de camomila enquanto lia um livro
" Meu pai! Cadê esse garoto? " André resmunga, fazendo a mulher colocar a xícara na mesinha de centro juntamente com seu livro e olhar pro homem
" André faz exatos 3 minutos des que cheguei! Possivelmente o ônibus ainda não chegou ou ele acabou optando por vim a pé" A mulher fala com tranquilidade tentando acalmar o amigo
" Juli-" O homem é interrompido por algumas risadas baixas
Os adultos vão até a porta e abrem, encontrando ykaro rindo de uma piada tosca que Victor havia feito, a mulher força uma tosse chamando a atenção dos mais novos, Victor acena de leve com a cabeça e Ykaro arrumar sua postura escondendo a perna amassada
" Olá senhores " Julie calmante vai até os jovem, Victor rapidamente arruma sua postura diante a Dama em sua frente
" Olá senhorita" Victor comprimenta a dama, a moça exalava superioridade e elegância
" Obrigado por trazer Ykaro, senhor, estamos gratos por seu ato, não deseja entrar e tomar Chá conosco? " A voz da dama diante a Victor era assustadoramente calma, a mulher tinha um leve sutaque em sua voz, trajada de um elegante vestido preto e saltos de mesma cor a mulher conseguia fazer qualquer pessoa se sentir um mísero bastardo
" Hahah agradeço senhorita mas, devo recusar, tenho que voltar ao trabalho, talvez outra hora possamos tomar um chá e ter um bom papo " O homem sorri e se vira para Ykaro " Até mais Ykuuro! " O homem põe o capacete e dá a partida
André ainda imóvel na porta olha para Ykaro que encarava a longa estrada e depois para a dama qual logo entra no casarão para terminar seu Chá e seu livro

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Uma melodia melancólica é ecoada por todo o cômodo, o menino rodopiava diante ao som de Lacrimosa, Wolfgang Amadeus Mozart, ao canto do cômodo a dama olhava os movimentos calmos do garoto. O garoto dançava de forma meio pesada fazendo a mulher torcer um pouco a boca com a falta de suavidade do garoto, a mulher pausa a música fazendo o menino parar e a olhar confuso
" Sente-se aqui querido" A mulher bate seu lado e o menino caminha até ela
" Sim Senhorita Jackson? " O menino se senta ao lado da mas velha e ela sorri pro menino
" Vou te contar uma coisa " O menino sorrir e se ajeita " Quando eu era mais jovem, eu via sua mãe atuar no palco como um anjo... Bom nem tanto, as vezes ela errava alguns passos" A mulher sorrir ao lembrar de quando conheceu a jovem dançarina " Ela tinha alguma coisa que fazia as músicas no qual dançava ser única, parecia que ela conseguia se transformar em um só com a música" A mulher olha pro menino e segura suas mãos " E querido, era fantástico, ela era esplêndida, parecia que se soltava ao ver um palco ou ao ouvir uma música, ela dançava valsa, Tango, ballet, tudo! Ela era uma verdadeira Dama da arte" A mulher suspira e aperta as mãos do garoto " Ela foi minha inspiração, foi minha amiga e foi minha companheira no sucesso, quando te vejo dança, eu vejo ela" A mulher toca no rosto do garoto e sorri termo " Não é preciso só ouvir a música para dançar, precisa sentir, você irá ouvir a música e depois irá dançar " menino concorda e vai para o centro da sala se sentando no chão " Relaxe, limpe sua mente, se conecte com a música "

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Ykaro ia de encontro ao jardim de sua casa, o mesmo iria descansar um pouco depois de um dia tão agitado, sentado em meio as rosas o menino ouvia a música clássica que vinha da janela da sala de ensaios no qual esteve anteriormente, Jackson estáva treinando um pouco para uma apresentação em Chicago e então liberou o menino mais cedo. Céu alaranjado dava a sensação de calmaria que o menino tanto desejava, após tantas coisas que lhe aconteceu, isso era uma ótima recompensa, o menino pensava em toda sua vida e a analisava de forma calma.
O menino Logo é supreendido por seu tio que agarra sua cintura e aperta fazendo o menino pular e soltar um leve grito agudo, colocando a mão no peito e com uma leve sensação de faltar de ar o menino olha para trás
" Iae Carlinho " O tio sorri e entrega uma garrafinha d'água pro menino
" Oi tio " O menino revira os olhos com o apelido e olha para frente, logo seu tio senta ao seu lado e fica brincando com alguns brotinhos de flores
" Você dança bem " O homem fala sorrindo ao lembrar do menino dançando algumas músicas que a dama havia posto para ele " Sua mãe ficaria orgulhosa " O menino sorri e olha para seus colo
" Não sei, mamãe sempre foi muito exigente na música " O homem rir suavemente e pousa sua cabeça no ombro do garoto
" Ela iria amar ver você dançando Lacrimosa, era a música dela favorita " O homem suspira ao lembrar da irmã cantarolando as notas da música enquanto dançava em seu quarto
" Eu sei, ela era tão bela dançando " O menino sorri meigo com a nostalgia de ver sua mãe rodopiar na melodia
" Se lembra de quando ela dançou "Ave Maria"? Ela estava simplesmente magnífica " O homem tinha um tom nostálgico em sua voz, tudo era tão bom de se lembrar
" Sim, ela sorriu para a plateia e me mandou um beijo " Ambos riem com tal lembrança " Tudo era tão leve e calmo" O homem abraça o garoto e beijo sua testa
" E tudo ainda é " O homem sussurra e o menino se aconchega mas no tio.



Tudo estava calmo e leve como uma música de Beethoven

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