Há apenas poucos dias
A rotina se repetia
Quarenta pessoas em salas frias
Mas o que aconteceria?
Sem aviso ele surtou aqui
Onde pensei estar a salvo
Assustou todos os guri
E fez do mundo seu alvo
Nos vimos sem escapatória
As aulas acabaram
A mudança foi notória
E nossos amigos se afastaram
Expulsos fomos da escola
Pensamos ser provisório
Não fizemos nenhuma sacola
Mas nos surpreendeu o falatório
Duas semanas nada
Isso foi só enrolação
Pois a verdadeira manada
Nem no começo estava, não
Trancados ficamos em casa
O que chamaram de quarentena
Queríamos ouvir um vaza
Mas só recebíamos mais pena
E os aniversários, então?
Quase todos debutantes
O triste é sorrir com solidão
Esmagando sonhos em instantes
Outra coisa não é leve
As tarefas em confete
Teoria da Branca de Neve
Acaba uma, brotam mais sete
Ninguém aguenta mais
Toda aquela ladainha
Permite única viagem ao rapaz
Que é do quarto pra cozinha
Nunca quisemos tanto aulas
Nessa quarentena descabida
Que transformou casas em jaulas
E a escola em proibida
Nunca vivemos momento assim
Desde a primeira guerra
Tudo parece sem fim
E o pesadelo não encerra
Mas esperançosos nós estamos
Pra com o corona detonar
Todo esse drama enfrentamos
Para às nossas vidas retornar
A escola será um alento
Vemos a libertação
E pra fechar o fechamento
Os amigos nos reencontrarão
Esperamos que não se repita
Essa horrível pandemia
Porque nosso coração apita:
Chega de hiperglicemia
E para finalizar
Uma coisa vou declarar
Lave as mãos sem parar
E acione o cotovelo ao espirrar
~ Alexia
10/04/20
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Mergulho na Poesia
Poetry2° lugar na categoria Poema/Poesia, no concurso Butterflies Rimar é uma arte, não acha? Que tal se aventurar nesses versos e estrofes que encantam e nos fazem refletir sobre a vida? Com um eu lírico ou mais, cada poema se mistura à nossa realidade d...
