Bônus

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SEIS ANOS DEPOIS

Lisa POV

Os gritos de Jennie ecoam através das paredes, o som atormentado me desesperando. Eu me inclino contra a moldura da porta, tremendo com o esforço necessário para permanecer imóvel e não atacar os médicos de jaleco branco pairando sobre minha esposa.

Minha camisa está encharcada de suor e minhas mãos flexionam convulsivamente ao meu lado; o desejo de proteger Jennie lutando com o conhecimento de que eu só ficaria no caminho dos médicos. O bebê está com duas semanas de antecedência e nunca me senti tão inútil na minha vida.

"Você quer que eu pegue alguma coisa para você?". Jisoo pergunta baixinho, e eu percebo que ela veio do corredor para ficar ao meu lado. Sua expressão é incomumente simpática.

"Estou bem". Minha voz é como uma lixa sendo arrastada sobre a madeira e limpo a garganta antes de continuar. "Eles disseram que não vai demorar muito tempo agora. É por isso que eles diminuíram a epidural".

Jisoo assentiu. "Certo. Eu tenho lido sobre isso".

"Oh?". A declaração bizarra e a momentânea ausência de gritos de Jennie despertaram uma pontada de curiosidade em mim. "Você e Rose...?".

"Não, ainda não, mas Rose está falando sobre isso desde o nosso casamento". Ela exala audivelmente. "Eu estava pensando que não seria tão ruim, mas agora que eu vi isso...".

"Lisa!". Os gritos agonizados de Jennie interromperam o que ela ia dizer a seguir, e eu esqueci de tudo, quase pulando pela sala em resposta ao seu chamado.

"Sra. Manoban, por favor, você precisa dar um passo para trás".

"Ela precisa de mim". Rosno para o médico que está bloqueando meu caminho. Empurrando o médico de lado, dou um passo à frente para segurar a mão trêmula de Jennie. Sua palma está escorregadia de suor, mas seus dedos se enrolam em torno dos meus com uma força surpreendente, seus nós dos dedos ficando brancos quando sua imponente barriga ondula com outra contração.

Seu rosto pequeno é uma máscara retorcida de dor, os olhos fechados, e seu peito se enche de fúria impotente quando outro grito rasga sua garganta. Eu daria qualquer coisa para trocar de lugar com ela, para tirar essa dor dela, mas não posso, e saber disso me despedaça.

"Eu estou aqui, amor". Minha voz está rouca, minha mão livre instável enquanto a estendo para ajeitar o cabelo molhado de suor em sua testa. "Estou aqui por você".

Jennie abre os olhos e meu coração aperta quando seu olhar encontra o meu e ela tenta me dar um sorriso tranquilizador. "Está tudo bem". Ela começa. "Vai ficar tudo bem. Eu só preciso...".

Mas antes que ela terminasse de falar, seu rosto se contorceu novamente, e eu escutei os médicos gritando, dizendo-lhe para empurrar, fazer força. A mão de Jennie apertou a minha com uma força inacreditável. Seus dedos delicados quase esmagaram os ossos da minha palma, e todo o seu corpo parecia entrar em um espasmo enorme, sua cabeça arqueando para trás com um grito que me cortou como mil facas.

Segurando a mão de Jennie, eu me viro enfurecida para os médicos: "Porra, ajudem ela! Agora!". Mas nenhum deles está prestando atenção em mim. Todos os três médicos estão agrupados ao pé da maca, onde um lençol protege a parte inferior do corpo de Jennie.

Eu vejo um deles dobrando e depois...

"Aqui está ela!". O médico que bloqueou meu caminho antes se endireitou, segurando algo pequeno, se contorcendo e sangrando. Ele se afasta, trabalhando com movimentos técnicos e rápidos e, no instante seguinte, o choro de uma criança atravessa o ar.

Loving the Playgirl - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora