Capítulo 1

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QUATRO BARRAS
14:00

Eu estava contente, pois havia acabado de chegar em na cidade. Observei a casa, ainda com cheiro de nova, e fui subindo as escadas, lentamente observando o corrimão que tinha detalhes em dourado. Segui até chegar em um corredor iluminado. Decidi ficar com o quarto maior; ele era todo branco, mas sabia que logo minha personalidade ia moldar o ambiente.

Abri a janela, sentindo aquele vento forte e gotas de água da chuva caindo sobre meus cabelos loiros, logo avistei uma garotinha usando um macacão azul que contrastava com sua touca vermelha sangue.

Ela seguia um barquinho de papel que deslizava sobre a corrente de água da chuva que despencava no bueiro.

o qual o nome na lateral dizia:

NOME AQUI, N SEI QUAL:

Desci chamando pela minha mãe.
- mãe, a senhora sabe o nome dos nossos vizinhos?

Minha mãe deixa uma caixa mesa da cozinha e se vira para mim.
- Hum...Se eu não me engano são os Batistas!
- Há legal! - Digo me virando e ela grita enquanto estou subindo as escadas.

- AGORA MOCINHO SUBA PARA ARRUMAR O QUARTO E SUAS ROUPAS QUE AMANHÃ SERÁ SEU PRIMEIRO DIA DE AULA!

Passou um bom tempo até eu perceber que havia acabado, então, tomei banho, subi para o quarto e ligeiramente adormeci.
Acordo com choros e gritos, olho o relógio que marcava 03:00 da manhã. Abri a janela para ver oque era e na calçada vi uma mulher chorando, chamei minha mãe e coloquei rapidamente um casaco, desci as escadas rapidamente em direção à casa ao lado.
Lá me deparo com a cena mais triste, a mulher estava aos prantos e gritava, chamava pelo filho e ali mesmo tive a conclusão: Joãozinho Batista avia desaparecido.
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QUATRO BARRAS
06:00
Acordo assustado, logo pego meu moletom preto, minha calça jeans azul que me apertava. Penteio meu cabelo e me surpreendi que depois da noite anterior não acordei com uma cara de morto.
Já avia tomado banho e me arrumado, pus meu All star preto e desci, meu pai estava com seu caderno em mãos, sem desviar o olhar do que escrevia, ele disse:

- Filho, adoraria te levar até a escola hoje, só que infelizmente tenho um trabalho da faculdade para fazer!sua bicicleta está na garagem pode ir na pegar!

- Turu bom pai!-Digo revirando os olhos.

- Você tá lindo filho! - Diz sua mãe passando a mão em meu cabelo.
- Obrigado! - Sorrio fraco e saio.

Pego minha bicicleta que a propósito tinha um belo aranhão.

- Obrigado pai - digo para mim mesmo e vou pedalando a caminho da escola.

Chego exausto, desço e estaciono minha bicicleta.
Vou andando até a escola e noto todos os olhares em mim, principalmente de uma garota loira que estava me olhando com um olhar malicioso, ela estava com mais três garotas que também me olhavam. Sai tão rapidamente confuso, que me esbarrei com uma menina.

- QUAL O SEU PROBLEMA?'

- Desculpa.

Ela sai bufando em direção ao banheiro retirando de sua mochila uma caixa de cigarros, ignoro e continuo andando até a sala do diretor Roberto que me recebe com ignorância, saio dando as costas e vou ao meu armário. Próxima aula química ok, vamos nessa! Penso,
Abro a porta e todos ali ficam em silêncio ao notar minha presença, ok, estou nervoso.

- Hum... Bom dia, professora Claudia, posso entrar? - digo meio sem jeito.

- Claro! Gente queria apresentar a vocês o Thiago. Você pode se sentar ali.

Ela aponta para uma garota de olhos castanhos e cabelos pretos. Ando com confiança até a cadeira e me sento ouvindo vários cochichos.

Nossa ele é um Inácio
Ele é lindo
Ele vai sofrer com o Madaloni!

Pera quem é Madolini?não sei e não quero saber.
Eu fico quieto ouvindo tudo, pude notar que a garota ao meu lado estava triste e com aparência preocupante. Logo depois a professora se vira e olha para a ela:

- Maria! Me diga como resolver essa fórmula!

Eu pude sentir seu nervosismo e levanto pude notar os olhares em mim.

- Professora Claudia... falo com calma. Eu posso tentar? Bem, porque sou novo, então... queria que a senhora avaliasse se sou bom em química - disparo dando um sorriso.
Ela se assenta e me esfrega o giz.

Eu explico tudo com confiança e acerto! A professora fica indignada e surpresa com minha resposta.

- Ótimo, Thiago!

Eu me viro, levanto a sobrancelha e entrego o giz e volto ao meu acento, não olho para a menina, mas percebo que ela estava me olhando.

Ando apressado até a porta ao ouvir o sinal. Ando pelos corredores e avisto a garota da aula de química do lado do meu armário, e ela estava com outros três amigos que a consolavam? Não sei dizer, apenas passei por eles que pararam de falar me olhando colocar os livros no armário.

Ouvi um sussurro alto de um garoto que usava um óculos fundo de garrafa que deixavam seus olhos extremamente grandes:
- Esse é o famoso Thiago. Diz para um menino de cabelo preto que aparentemente era católico.

Eu saí, mas ao andar por outros alunos, me deparo com uma mão segurando meu braço.
Olho para trás e vejo o mesmo garoto, eu puxo meu braço com ignorância fazendo ele me soltar.

- Olá novato! Você é novo e já tá famoso? Não tenha medo piá, eu não mordo! - ele diz apertando meu queixo com um beliscão.

- É só que eu sim! - grito mordendo os seus dedos e dando um soco em seu rosto.

- Seu merdinha, você me paga!

Quando percebo, todos os alunos estavam em um círculo e eu avistei a menina da aula de química que estava espantada. Eu olho para o garoto que estava com a mão vermelha devido à mordida.

- Já tá querendo se exibir seu merdinha, mas vou mostrar quem manda.

- Nem queria tanta plateia, mas já que insiste!
- Digo dando um chute em suas partes.

- você me paga! - ele diz com a voz falha.

Viro para ele com uma cara de deboche.

- Não lê devo nada! - Dou um sorriso e saiu dali.

Próxima aula Geografia. Ando pelo corredor e vejo uma senhora com uma aparência cansada, mas se esforça para sorrir, e eu entro na sala, todos olham para mim, ela se vira e sorri docemente.
- Você deve ser o Thiago não é? Já ouvi muito falar sobre você!

- Ah, não professora Rosângela me chame de Thi. - digo entrando.

- Sente-se ali querido! - diz ela com a voz rouca.

Eu me direciono ao meu lugar e vejo o menino católica de hoje mais cedo. Ao tocar o sinal me apresso para ir embora. Ao andar pelos corredores ouvi conversas e descobri que o pai do garoto católico chamado Kauê era policial, o pai que ele teme. Voltei para casa feliz e pensando o quão bom foi vir para QB

CIDA A LOKAOnde histórias criam vida. Descubra agora