strong [maggie lindemann]

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-POV SOPHIE-

— Por que você não viaja e vai ver sua avó nas férias de verão? Você sempre fica com a uma cara tristinha quando a gente te deixa no apê.

— Lou, a vovó fica bem ocupada escrevendo os livros dela e prefiro ficar aqui mesmo. — Digo em um tom desanimado enquanto encaro a morena pelo outro da tela que me olha com decepção — E eu já te disse que fico bem quando você me deixa em casa.

— Não é o que parece... —   Vejo a garota desligar o microfone enquanto aparentemente xinga alguém do outro lado, desconfio que seja o Peter — Vou ter que desligar por quê o papai tá me mandando ir pra algum lugar com o idiota do Peter, beijo baby!

Vejo o facetime sendo desligado e solto um longo suspiro enquanto fito os pôsteres ao meu lado. Logo daria a hora de ir pra lanchonete ficar cheirando a óleo, desde que a minha avó faleceu estou trabalhando "escondida" em uma lanchonete. Apesar de receber uma quantia da herança não é o suficiente pra me sustentar, então, trabalho lá no turno da noite já que é o que menos vai gente da escola. Eu não fico com vergonha de contar que eu trabalho em uma lanchonete ou algo do tipo, só não quero sair como a coitadinha que não tem pais e perdeu a única pessoa que teve coragem de me criar. 

Bom, só algumas seletas pessoas sabem do que aconteceu comigo e claramente a Louise não é uma, me sinto mal por não ter contado a ela sendo que a mesma sempre esteve ao meu lado mas eu só não consigo...

Meus pensamentos são interrompidos com o alarme do celular que pousava sobre o meu peito avisando que tenho que me arrumar. Levanto da cama e solto um grunhido ao ver a mesma toda desarrumada mas apenas jogo o edredom por cima e vou atrás das minhas roupas. Chegando no armário pego o de sempre, calça mom e uma blusa preta larga. Não sou a pessoa mais estilosa e preocupada com moda do mundo mas confesso que vez ou outra me arrumo mais decente. Calço o all star de sempre e saio catando minhas coisas enquanto corro em direção da porta.

A lanchonete não ficava muito longe de onde eu morava e na maioria das vezes ia a pé. Vou andando até o local do meu trabalho e quando chego me dirijo direto a porta dos fundos, vou até armários e coloco aquele avental roxo de sempre. Não sei quem ficou no turno de hoje mas espero muito que não seja alguém irritante.

Cato o meu bloquinho de notas no bolso do avental enquanto me direciono ao balcão. Hoje é um sábado então o movimento provavelmente vai ser grande e por sorte não é noite de jogo ou eu não teria paz. Observo alguns clientes chegando e deixo com que a Amy vá atender até que chega alguém que eu definitivamente não esperava, Peter Johnson. Ele não está com uma cara agradável e provavelmente eu também não estou já que fiquei o observando.

Ele não deveria ter ido a algum lugar com a Lou?

Encaro ele tentando entender o que ele fazia aqui, esse pensamento pairava na minha cabeça até ser interrompida com um cutucada nas minhas costas, olho para atrás pronta para xingar quem tinha feito aquilo mas era apenas o Richard, dono da lanchonete.

— Chegou gente, mocinha! — Ele aponta com a cabeça para  o Peter e olho pro Richard com uma cara de não muitos amigos.

Saio de trás do balcão e me direciono até a mesa que do mesmo, ao chegar bato a caneta na mesma para chamar sua atenção e ele me olha assustado como se tivesse perdido.

— Não deveria esta com a Lou? — Fito o moreno de 1,80cm que pouco aparentava com a minha amiga. 

— E te interessa? O que você tá fazendo aqui? A Louise sabe disso? — Agora foi a minha vez de olhar assustada, ele foi um pouco grosso? Não é como se eu e Peter fossemos super amigo mas não esperava algo tão ríspido.