primeiro passo.

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Peter Quill soltou um suspiro, encorajador para si mesmo. Olhando em volta, cada aparelhagem estranha do cômodo terráqueo em que estava. Estava no QG dos vingadores, na academia para ser mais exato.

Estava empenhado em se exercitar. A ponto de abdicar de suas vestes e usar umas apropriadas para o momento. Usava uma regata azulada, um calção e um par de tênis vermelhos.

Havia pego algumas roupas emprestadas de Tony, sem seu conhecimento. A camisa ficara um tanto justa lhe afagando a barriga saliente, assim como o calção fazia com o seu traseiro. Mas de qualquer forma lhe serviria. Daria um jeito naquilo. E mostraria para aquele asgardiano idiota como um cara se faz.

Era óbvio que poderia ficar tão sarado, gostoso e viril quanto o deus do trovão. Óbvio, claro, evidente. Isso lhe renderia o dobro do dobro de amantes que normalmente conseguia.

O homem marchou a passos decididos em direção ao objeto. Passando a encara-lo com uma incógnita. Tentava se lembrar de como usá-lo. Já vira o Odinson usando. Não ele não estava o observando. Era só se deitar ali e passar a erguer e abaixar os pesos. Ele sorriu orgulhoso, moleza! Mais fácil do que roubar as unidades do Rocket.

O homem cujo os cabelos estavam estranhamente penteados para a ocasião se deitou a esteira afofada. Fitando o teto e a barra de ferro bem a sua frente e a segurou. Para a sua sorte alguém já havia deixado os supinos prontos. Ele agradecia mentalmente por isso. Pois não saberia monta-los e tampouco pediria ajuda a alguém.

Passara a se exercitar arduamente. Soltando grunhidos avulsos enquanto erguia o peso; se perguntando mentalmente se deveria ser tão pesado assim mesmo. Pois mal levantara o peso e o suor começava a se formar em sua testa e o ar lhe faltar. Felizmente ninguém estava na mansão para ver o seu desempenho trágico; claro que vasculhara o local em busca de câmeras que sabia que seu amigo colocara. E encontrara, vários. Rocket não valia nada mesmo! Ele, decidido, continuou; já enfrentara coisas e monstros piores que aquele supino. Seu único lamento fora não ter pego o iPod que ganhara do Stark, recheado das suas músicas preferidas, e seus fones.

Foi assim, erguendo seus míseros noventa quilos, que Thor encontrou o homem. O deus do trovão trazia consigo uma caneca de hidromel, a bebida era de essencial em várias ocasiões. E ficara chateado por ter perdido seu local, de início, mas depois apreciou – até – o que via.

Fitou o parceiro de equipe com certa atenção. A camisa do castanho estava empapada de suor, a ponto de seus mamilos bicudos, marrons e erguendo suavemente o tecido. Havia um certo fascínio em observar aquele humano, quase humano se exercitar. A destreza em que ele forçava os braços para cima, erguendo os seus pesos, o rosto se contorcendo.

Um tanto interessado Thor pigarreou, e esperou pela atenção. Mas Quill estava focado em assassinar suas gorduras localizadas e alheio a presença divina no cômodo.

— Quill. Não sabia o que era amante dos exercícios. — falou um tanto animado, aproximando-se alguns passos. — Pensei que fosse mais o tipo despreocupado.

Ele observou, estendendo sua caneca ao homem, em aceno.

Peter parou e lhe lançou um olhar rápido, o louro estava bem ao seu lado. Estaria ele tirando uma com a sua cara? Tudo indicaria que sim.

— O que faz aqui? — ele indagou. Entre uma lufada e outra de ar. Fitando o teto e estudando o peito.

— O mesmo que você. — Thor disse simplesmente. Os olhos percorriam de forma indiscreta corpo armado do castanho. Em outras eras diria que era o hidromel em seu corpo, mas não era.

Numa descida e outra Peter Quill o olhava de soslaio. Constatando que o louro permanecia ali. Uma pilha de músculos parado ao seu lado, lhe encarando fixamente. O avaliando, provavelmente apontando os seus defeitos flácidos.

Um exercício casualOnde histórias criam vida. Descubra agora