(Im)perfect Easter

The perfect Easter

Sexta-feira – 06:00 pm

— Jimin, onde está o secador? — Jungkook adentrou o quarto vestido em seu roupão preto e os cabelos encharcados

Encharcados e pingando no meu tapete novinho!

— Você está molhando o tapete! — resmunguei, olhando sério para o meu marido

— Já vou sair. Onde está o secador?

— Pergunte a Soyeon. Ela pegou para se arrumar para a festa na casa da Kate.

— Mas eu disse que ela não poderia ir a festa! — ele bufou — Jeon Soyeon, venha já aqui! — Jungkook saiu do quarto irritado

Respirei fundo e voltei minha atenção para o berço, onde meu bebezinho estava deitado com os olhos grandes bem abertos. Com toda a bagunça que era aquela casa, seria impossível ele dormir. Já estava na hora de eu conversar com Jungkook sobre uma casa maior depois da Páscoa. Aqui tinha pouco espaço para muita gente.

É o resultado de 7 filhos. Sim, sete. É um número grande, mas depois da terceira vez, a gente nem percebe mais. Quando perceber, já está esperando o oitavo. Eu deveria começar a comprar uma marca melhor de camisinhas.

Talvez o fato de Jungkook querer muito um menino tenha ajudado. Demorou um pouquinho para o nosso pequeno Tony nascer. Agradeço que meu marido não colocou um Stark no meio ou eu me divorciaria no mesmo instante. Não sei como eu deixei ele fazer essa "homenagem" ao seu herói favorito dos quadrinhos.

Tenho quase certeza que eu estava bêbado quando aceitei isso. Ou grogue pelos meus remédios para dormir. Depois de 5 filhos, você vai precisar muito de um desses. Eu tenho sete!

— Papai, a Luna me bateu.— Tony entrou no quarto com um biquinho choroso

— Não fica triste, meu amor. Vem cá com o papai.— falei e ele veio esticando os bracinhos até mim. O peguei no colo, beijando sua bochecha e olhando seu rostinho.

Ele é a cópia do Jungkook. Me senti ofendido por não sair um único traço meu nesse menino depois de carregar nove meses na barriga. Mas é claro que não o amo menos por isso.

— Onde ela bateu?

— Aqui.— apontou para o braço um tanto avermelhado e dei um beijinho ali

— Pronto, logo passa.— falei sorrindo para ele. Logo substituí o sorriso por uma expressão séria.— LUNA, VENHA JÁ AQUI, MOCINHA!

Em alguns minutos a garota de 12 anos apareceu na porta mexendo no celular e mascando um chiclete. Os cabelos loiros e pontas cor de rosa estavam presos num rabo de cavalo estavam bagunçados e a franja que eu mesmo cortei caía sobre a testa, enquanto ela nem sequer olhava para mim. Ela claramente estava jogada na cama e acabou de levantar.

Eu a cada dia percebo mais que criei filhos muito preguiçosos.

— O que foi, pai? — ela perguntou, ainda sem olhar para mim

— Olhe pra mim! — ela bufou e o fez — Por que bateu no Tony?

— Ele pegou meu fone sem permissão!

— Soyun pediu.— Tony justificou-se

— Não minta, anãozinho!

— Peça desculpas a ele.— falei sério

— Mas papai…

— Jeon Luna, se você não pedir desculpas em 5 segundos vai ficar sem o celular durante a Páscoa!

Ela revirou os olhos e eu encarei indignado. Desde quando meus filhos também ficaram tão mal criados? Eu não carrego nove meses, faço comida, crio com todo o meu amor e carinho para receber isso em troca. Jungkook quem mimou demais essas meninas! Só minha pequena Ellie se salvou.