Primeiro Capítulo - A carta para Robert

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Abrindo as janelas para um novo mundo, não encontramos muito bem definido o caminho ao qual desejamos ou esperamos, pelo menos, não para uma grande aventura.

Podemos, por dia, ter mais um bilhão de pensamentos, um bilhão de esperanças ou um bilhão de planos, porém, por que não um apenas um único assassinato? No meu caso, o meu próprio.

Eu não sou o mais inteligente, não sou o melhor com numa guitarra e nem mesmo mantenho frequência em muitos lugres, mas de assassinato eu saco um pouco. Se aprender muito neste lado da cidade sabendo procurar.
Me chamo Rodrigo Ruárez e esta é a história do meu próprio assassinato numa cidade remota em um país distante que não tem a devida importância para mim, por isso não a cito nessa carta, caro inspetor de polícia Robert, sei que foi o senhor quem a encontrou.

Ascenda um cigarro e se delicie com cada palavra, vai amar os nomes que irão aparecer.

Tudo começa em uma noite de 1***, num orfanato qualquer, em um cesto qualquer, chora um bebê qualquer, cujo este estava faminto, sozinho e desprotegido, apenas esperando o melhor ou o pior que tudo poderia me oferecer.

Acabei acordando alguém do grande prédio que foi até a porta olhar o que raios atrapalhará seu sono, dessa forma, se deparando com um pequeno bebê com poucos cabelos ruivos.

Não existia um nome, um telefone ou nada do tipo próximo, então a mesma pessoa que me pegou, me deu um nome que tenho... Quero dizer... Tive orgulho de apresentar para todos que um dia quiseram ouvir qual era minha graça.

Era como um broto de feijão, um pequenino e nem tão feio broto de feijão.

Passei sete anos no orfanato, até que uma família importante, e aparentemente impotente para ter um filho, veio até o, ainda grandioso para mim, prédio de meus sonhos.

Lá eu vivi com Eliza, Robert (sim, agora você lembra de mim), Josefh, Larrisa e Ruanita.

Sempre brincávamos de forma incansável, achávamos que erámos invencíveis, imbatíveis, imortais... Pena... Pena que não nunca fomos nada disso, não é querido Robert?

Aos poucos, todos se foram. Começando por Ruanita, a menor de todas, seguido por mim, Josefh, Larrisa e Eliza e finalizando em você, Robert.

E você se tornou a única pessoa que pode resolver esse caso, irônico, não?

Você os matou, Robert, sabe disso! Mas agora, estou morto e só posso te enviar cartas do fundo do inferno onde estou! Seu maldito, todos estariam vivos se você não tivesse...


[Fim do primeiro capítulo]

Um Roteiro Para o Meu AssassinatoOnde histórias criam vida. Descubra agora