Sinner (Baekhyun-EXO)

Chapter I

Byun Baekhyun

            — Eu concordo com o autor, porque segundo o Argumento Cosmológico é necessário uma causa para algo existir. Fazendo uma "intertextualização" com os Argumentos da Biogênese e Abiogênese, sabem o que é? — admirava a mulher enquanto anotava o que conseguia, como alguém pode ser assim? Tão bonita e inteligente, o que você está pensando Byun Baekhyun?! Suspirei baixinho enquanto voltava minha atenção para ela — Tudo isso pode ser comparado a vida pré-existente necessária para a criação de uma segunda vida, "Deus" e o Universo, 'abiogenicamente' apenas a primeira vida, "Deus", entendem a metáfora?

           Ouvia os murmúrios dos jovens na sala, diziam não fazer a mínima ideia do que ela falava, mas estava certa, ao meu ver estava, até porque aquilo pareceu tão consistente e estudado, sem contar que concordava com qualquer coisa que saísse daqueles lábios. Mesmo achando seu discurso incrível eu não pude deixar de notar algo que já me incomodava há algum tempo, não entendia porque todas as vezes que se referia a Deus usava aspas, e duvidava muito que apenas não soubesse como usá-las, foi o que me disseram.

           A reunião não durou muito, me levantei juntamente a Chanyeol indo em direção a porta enquanto conversávamos sobre as 'aleatoriedades' da semana, ouvi meu nome ser chamado mas achei que fosse mais uma daquelas sensações loucas que temos as vezes, segui meu caminho com meu amigo e senti meu ombro ser puxado, como reflexo meu punho se ergueu, sendo imediatamente parado por ela, ninguém mais ninguém menos que Every.

          — Se eu fosse um ladrão armado com certeza você não estaria vivo agora, não deveria reagir as coisas assim. — disse com sua sobrancelha erguida.

           — Every! Por Deus, desculpa! Sério, não foi minha intenção, eu não faria algo assim, de verdade desculpa, eu fiquei muito assustado e... E, me desc... — disse de maneira rápida e embolada até ser interrompido pela mulher com um indicador nós lábios.

            — Tudo bem, eu entendi, chega de desculpas, só não erga essa não para mim nunca mais. — assenti levemente desesperado e em silêncio, me encolhendo e enrubescendo pelo tom autoritário usado.

          — Ah menino você fica envergonhado muito fácil! — disse com um sorriso que depois percebi ser de satisfação e malícia. — Ia te dizer, lembra da noite de Ano-Novo? Claro que lembra, disse que queria me conhecer melhor e ficou me olhando calado quando eu te respondi. Bem, já faz alguns meses, não acha? E você nada, não é?

          Só percebi que estava calado por tempo demais, novamente, ao sentir a cotovelada de Chanyeol, AI.

          — Ah er... Eu estive ocupado com... Com alguns projetos. — Projeto?? Menti, ela não precisava saber que minha coragem se esvaiu tão rápido quanto nossas conversas anteriores. — Ainda quero, sei lá, se você quiser.

          — Cobraria se não quisesse? — balancei a cabeça em negação. — Pois bem, por que não pega meu número pra gente conversar, e talvez marcar algo?

                                                    Ok, eu morri, o paraíso é aqui? Jesus?

          — Claro! — disse mais alto do que queria. — Pode ser, desculpa por ser tão devagar.

           Ela riu baixo, então estendi o celular e a observei discar seu número e o salvar, Chanyeol ao meu lado mantinha um sorrisinho ladeado no rosto.

           — Está aí, assunto não vai faltar, você parecia se interessar bastante pelo que dizia hoje no estudo. — riu debochada pondo o capacete na cabeça.