O JUIZ

CAPITULO II

ANTHONY

Anthony estava em seu escritório já fazia horas desde que havia deixado Lara sobre os cuidados de Nice, mas não conseguia se concentrar em nada a não na última conversa que havia tido com nana, não conseguia entender o por quê ela havia falado as coisas que falou, pois, nana não era de falar mentiras. Fabíola entrou em seu escritório sem bater tirando Anthony dos seus pensamentos ela estava furiosa por ele ter trazido para sua casa Lara sem o seu consentimento e olhando para Anthony disse.

— Posso saber com que direito você traz aquela bastarda para dentro da minha casa sem antes falar comigo, eu deveria ser consultada antes, pois, essa casa também é minha.

Anthony olhou para a mulher que estava a seu lado a mais de 17 anos e com quem tinha dois filhos se perguntando se seria possível ela ter tramado a morte da própria irmã e de seu irmão apenas por interesse próprio com o propósito de se dar bem na vida.

Fabíola percebendo que Anthony não respondida a sua pergunta apenas a olhava de uma maneira intensa a analisando da mesma forma que ele fazia quando estava em um tribunal parou de andar e aproximando dele tentando se controlar para não demonstra que estava temerosa com a presença de sua sobrinha para que ele não desconfiasse dela depois de 17 anos que tudo havia acontecido, ela não conseguia acreditar que depois de todo esse tempo o seu passado voltaria para destruir tudo o que ela havia conseguido ela não permitirá que uma fedelha qualquer tomasse o que ela pensa que era dela por direito.

— Eu estou falando com você o que deu na sua cabeça em trazer aquela maldita para dentro da nossa casa sob o mesmo teto que nossos filhos ela é igual a quela vadia da Clara ela irá seduzir um de nossos filhos para se dar bem na vida eu a quero longe dessa casa agora!—gritou

— Ela fica essa é a minha decisão eu fiz uma promessa para sua mãe e eu vou cumprir, pois, não faço promessas em vão Fabíola você mais do que ninguém sabe disso—ele disse isso referindo-se aquando ele descobriu que não era o pai de Luca, mas mesmo assim ele prometera que o teria como filho para o resto da sua vida—fique tranquila, pois, já me certifique de que ela fique o mais longe possível de nossa família ela irá ser tratada como qualquer empregado nessa casa e outra coisa ela não tem conhecimento sobre o nosso parentesco com ela, pois, nana nunca falará sobre isso com ela, ela continua pensando que somos apenas os patrões de nana que por consideração a nana eu a trouxe para trabalhar aqui porque não tinha mais ninguém e nem para onde ela poderia ir — ele para por um momento de falar avaliando as reações de sua mulher em.saber a forma como sua sobrinha sera tratada e olhando dentro dos seus olhos disse-ela nem imagina que você é irmã de Clara pode ficar tranquila quanto a isso, pois, nana me garantiu que nunca falou com Lara sobre isso.

— Assim eu espero, pois, não quero que aquela bastarda pense que eu tenho algum sentimento por ela pelo simples fato de sua mãe ser minha irmã, pois, aquela vadia tentou destruir a minha vida antes de morrer — Fabíola se inclinando sobres a mesa para que seus olhos ficassem no mesmo nível que os de Anthony disse—eu não vou permitir que o fantasma daquela vadia volte para destruir tudo o que nós criamos nesses anos todos e não vou permitir que essa bastarda destrua os meus filhos, pois, deve ser como a mãe interesseira eu acabo com a raça dela antes que isso aconteça.—disse isso entre os dentes com uma raiva contida.

Anthony olhou para a mulher a sua frente a analisando de perto da maneira que fazia quando estava em uma audiência e naquele momento constatou que nana poderia estar certa em relação à Fabíola, que ela seria capaz de qualquer coisa para ter o que queria, pois, os anos como juiz somado como ministro do(STJ) lhe deu capacidade de avaliar as pessoas.

Depois de a discussão com sua mulher Anthony se trancou em seu escritório e decidiu que iria esclarecer aquela história de uma vez, decidiu fazer uma nova investigação sobre aquela noite rever cada laudo para ver se havia deixado passar alguma coisa naquela época e decidiu também pedir a ajuda de seu amigo Amaro que era investigador para polícia federal para investigar esse caso, pois, a forma como Fabíola havia se portado em sua sala mostrava não apenas raiva por ele ter trazido Lara sem seu consentimento, mas também medo e isso o deixou com uma pulga atrás da orelha levantando suas suspeitas sobre aquela noite iria fazer de forma sigilosa sem que ninguém soubesse que ele estava investigando.

LARA

Já se passava mais das oito da noite quando ela acabou de limpar e organiza o porão e ainda não havia comido nada naquele dia estava cansada e faminta, mas não queria incomodar ninguém então decidiu apenas tomar um banho e se deitar, mas assim que estava pronta para dormir ouviu uma batida na porta foi ver quem era e se surpreendeu ao ver o senhor Anthony parado em sua porta esperou que ele falasse alguma coisa, mas ele apenas a encarava então decidiu quebrar o silêncio constrangedor.

— O senhor deseja alguma coisa?eu já estava indo me deitar, mas posso providenciar sem nenhum problema doutor!

Anthony foi tirado de seus pensamentos pela pergunta que Lara fez e se deu conta de havia para em sua porta no automático, pois, precisava olhar para ela mais uma fez ela era a cópia da única mulher que um dia amou, mas decidiu afastar esses pensamentos e focar no presente.

— Não eu não preciso de nada apenas vim reforça o que disse mais cedo sobre você ficar longe da minha família não queremos você no meio dos meus filhos se possível nem a palavra quereremos que você dirija a eles—parou de falar por um momento vendo os olhos assustados e cheios de lágrimas não derramadas e por um momento se sentiu a pior pessoa do mundo, pois, ela havia perdido naquele dia a única família que tinha e ele estava ali a tratando da pior maneira possível, mas esse sentimento passou tão rápido quanto ele apareceu.

— Pode ficar tranquilo doutor eu sei o meu lugar em sua casa, mas eu percebo que eu não sou bem-vinda aqui mesmo que para trabalhar eu gostaria de poder ir embora é só o senhor me dar a minha emancipação e eu deixarei de ser um peso para você e sua família.—nesse momento as lágrimas teimavam em descer e olhando para aquele homem que um dia admirou, mas que só estava tratando ela mal se perguntando o que ela teria feito para ele ter tanto ódio daquela maneira.

— Você não vai a lugar algum eu fiz uma promessa a sua vó e eu cumpro minhas promessas então você fica até você completar vinte um e isso não está aberto para discussão.

— Eu libero o senhor dessa promessa minha nana não está mais aqui e eu não sou bem-vinda na sua casa eu só gostaria que o senhor me ajudasse a encontrar um emprego e uma casa para alugar e juro que você nunca mais ouviria falar de mim.

— Eu não vou permitir que você saia dessa casa Lara antes de o tempo então é só você fazer tudo que eu mando e não teremos problemas—dizendo isso se afastou para ir embora, mas se deu conta que já se passava das dez da noite e não tinha visto Lara se alimentar em nenhum momento daquele dia e se virando para ela novamente ordenou—vá jantar Lara, pois, não quero ser acusado de te explorar e ainda te deixar sem comida.

— Doutor posso fazer uma pergunta?—Anthony apenas assentiu com a cabeça Lara continuou—porque você me ideia? O que eu te fiz para você me tratar dessa forma?

— Eu não sei!—e nesse momento ele foi sincero, pois, realmente não sabia, pois, ela nunca havia feito nada que ele pudesse nutrir esses sentimentos por ela.