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Leandro Vasco

Nunca tive a oportunidade de ter um natal em família, ou qualquer outra festa comemorativa que acontece anualmente.

Cresci em um orfanato e soube cedo que a realidade que vivemos não é nenhum conto de fadas. Não tive a oportunidade de um trabalho, pelas roupas que tinha e a aparência, me julgavam como um usuário ou ladrão.

É fácil pra quem vê vagabundo de fora apontar e julgar pelas suas escolhas, mal sabem eles que outras oportunidades n se foram oferecidas..

Estado rejeita e o crime aceita!

Essa infelizmente era a realidade.. só quem tinha pulso forte mesmo n se envolvia, parada de louco msm! Acordar sem saber o que tu vai comer, e se tu iria comer era foda..

Muitos dizem que vida do crime é dinheiro fácil, vida fácil... Se enganam pô, bagulho n era facil.. tinha q ter peito p bater de frente! Tudo muito foda, vagabundo se matavam por migalhas.. na hierarquia do crime muitos n querem vê progresso do outro, muito olho grande nas conquistas do colega.. n cresciam e n deixavam o outro crescer por ambição!

Quem sabia se fazer ficava, quem n sabia.. se perdia! Sempre fui minha melhor companhia e vou continuar sendo até meu último dia de vida, n confio em ninguém e tenho todos os motivos para isso a cada dia que passa!

A três anos atrás ganhei meu maior tesouro..! Minha princesinha, minha filha! Mato e morro, sou muito louco por ela... Babo muito na minha abusada!

Chegou em um dos piores momentos na minha vida trazendo o calor no peito que nunca senti.

(....)

Colei com os cria de marola no barzinho da dona Márcia. Um morena vantajosa passou ali e chamou atenção ali dos mano..

Tava ligado já na dela, mina era conhecida abeça aqui.. dava moral p ninguém, filha da dona Lilian da pensão aqui que geral brotava no dia a dia..

— Se liga, vou aqui.. — Falo e isso é motivo pra os cara gastarem..

Fui atrás mesmo, a meses tô na reta dessa mina.. se fazia muito! Mas n paro n irmão, sou insistente.. quando coloco uma parada na cabeça eu consigo ou eu consigo! Nunca foi diferente.

— Que que é, hein Leandro?  Caralho cara, muito chato! — Ela diz e eu dou risada.

— Qual foi minha paixão, tá pesado? — Falo logo pegando as sacolas do supermercado em sua mão.

— Não.. — Fala mas eu já tinha pego as sacolas. — Cara, tu n desiste n? — Me encara.

— Desistir de que? — Me faço — Como foi teu dia? — Eu pergunto.

— Cansativo e o seu? — Pergunta.

Francielly era uma mina firmeza. calada demais, trampava com a mãe na pensão e estudava.. fiquei sabendo ai que a mina queria ser aquelas doutora lá de criança, se formar e essas paradas.. pensa longe!

Levei a mina até a casa dela e de quebra fui pra receber aquele beijo que pensei que receberia como agrado.. mas quem disse? Mina deu logo uma trava, fiquei sem graça..

— Até mais Leleco e muito obrigado! — Falou no cinismo mesmo..

Mandada pra caralho essa Francielly, digo mais nada não! Mas papo reto? Irritar essa mina ai virou mania.. se irrita fácil demais, é marrentinha.. tiro do sério mesmo!

— E aí? Pegou? — Jamaica Pergunta.

– Vou pegar.. — Digo convicto.

++

Gente essa história já estava há muito tempo aqui aguardada, tempo que eu ainda estava escrevendo idas e vindas. Eu já citei a Francielly no livro idas e vindas, numa pequena parte e o Leleco, teve tbm umas breve participações no livro e como eu gostei muito desse personagem, resolvi escrever um pouco sobre ele.

Como disse uma vez, eu já estava escrevendo um outro livro com a participação de um dos personagens que não tiveram grande atenção no livro, então... Espero que gostem. Tenho já alguns capítulos aqui gravados e só irei revisa-los para ir postando. As postagens podem demorar um pouco, já que estou com mais dois livros publicados, tenham paciência desde já kkk

Era só isso, beijos. ♥️

Futuro Prometido (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora