Drawing Shadows • jjk + pjm

Capítulo Único - Tiger Lily: Please, Love Me

Feliz ARMY Day! 💜

Ainda não revisei a fanfic.

Boa leitura.

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Era mais um fim de aula em toda faculdade. Eu estava guardando meus materiais lentamente antes de seguir para os armários do prédio para buscar os equipamentos necessários para mais um dia de atividade no clube de desenhos o qual frequentava desde que havia ingressado na faculdade, há um ano e meio atrás. Estava cursando Administração, já que sempre gostei da área de Exatas, com a qual sempre me relacionei bem, contudo, também sempre fui muito atraído pelas artes, desde a música, dança — pela qual sempre fui apaixonado, o que me levou a praticar dança contemporânea — até às pinturas e desenhos. Desde pequeno um dos meus hobbies fora desenhar, o que me acompanhou durante toda a minha vida e o que me fez optar a me inscrever no clube de desenho e pintura da faculdade, dentre todos os outros que me chamavam a atenção. Não era um dos clubes mais requisitados pelos alunos, tampouco o mais popular, no entanto, poderia afirmar que está entre os mais calmos e agradáveis, pelo menos, é o que sinto sempre que passo horas ali, desenhando e pintando tranquilamente em meio ao silêncio ou música calma da sala, o que inspira e faz com que minha mente vá além do que poderia imaginar e crie obras que as quais parecem criar vida por si só.

Contudo, apesar de toda a tranquilidade do clube de desenho, ainda havia algo nele que me intrigava, ou melhor: alguém. E, assim que adentrei a sala em que nossas aulas de desenho aconteciam, ele estava lá, como sempre acontecia, desde o meu primeiro dia no clube.

Jeon Jeongguk era o nome do cara misterioso da sala, também conhecido como "o cara esquisito do clube de desenho" ou "o estranho das pinturas", sempre o primeiro a chegar e o último a sair e trajando todos os dias roupas escuras e largas, que muito o favoreciam a tornar menos visíveis as suas feições, que  se tornavam ainda mais misteriosas por baixo de seus óculos de armação redonda ou  escondidas pelas máscaras que sempre deixava ao entrar e sair da sala, assim como sempre era visto pela faculdade, embora não fosse muito comum o encontrar caminhando pelo campus e muito menos socializando com outros alunos. Jeongguk parecia alguém solitário, pelo menos, até onde eu conhecia e pelo que era dito pela universidade. Estava sempre sozinho seja nas aulas ou durante o intervalo e, o mais próximo que parecia ter de um amigo, era Kim Namjoon, um aluno do curso de Engenharia, o qual era o único que aparentava ser próximo do Jeon, mesmo que não fossem vistos juntos com muita frequência.

Embora eu concordasse que Jeongguk fosse um homem bastante misterioso e talvez até um pouco "sombrio", não achava certo a forma com que o chamavam ou falavam dele pelas costas, mesmo que o mesmo parece nem se importar com os burburinhos e comentários sobre si; o que também o fazia ser taxado de frio e arrogante pela forma com a qual parecia ignorar as pessoas. Muitas pessoas também o achavam antipático por acharem que ele se acha muito por tirar sempre as maiores notas no clube e ser muito talentoso, como se o mesmo se achasse muito por seu status e reconhecimento que ganhava dos professores, assim como o fato de que, mesmo estando sempre evitando chamar a atenção ou esconder a si mesmo, era inegável a sua boa aparência, o que, claro, somando todos esses atributos, despertava inveja de muitos e contribuía para que espalhassem coisas ruins sobre ele. Contudo, apesar de nunca ter tido a oportunidade de trocar apenas algumas palavras com Jeon durante as atividades do clube, eu nunca me deixei levar pelos comentários ruins sobre ele e, ao contrário dos outros,a sua personalidade e o seu jeito quieto e misterioso eram instigantes para mim, pois me fazia desejar saber mais sobre ele e me tornar mais próximo, conhecer como realmente Jeon Jeongguk é, não apenas o pouco que ele mostra para todos e permite descobrirem sobre ele.

Adentrei a sala ainda observando o Jeon, com os meus pensamentos sobre ele a mil enquanto a atenção do mesmo era totalmente voltada à tela a sua frente, ignorando tudo o que se passava ao seu redor. Fui até o local próximo à janela onde sempre montava a minha tela e com vista para onde Jeongguk estava, de costas para mim. De certa forma, observar a forma calma e precisa com a qual o mesmo pintava e dava vida às suas obras, me inspirava. E era impossível não sentir a paixão de Jeongguk pela arte. A forma com que segurava o pincel era tão serena e confiante, e a forma com que traçava seus desenhos ou com a qual parecia pintar com tanto afinco era realmente lindo de admirar.