One shot

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Não é um fandom que geralmente escrevo, na verdade só fiz uma fic até então, uma oneshot, e era de narugaa/gaanaru, eu sou mais de ler do que escrever, mas estou afim de explorar com os ships que eu gosto.

Aqui estou servindo um shoujo-ai do meu ship Sakuino/InoSaku

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Eram muito jovens quando se tornaram amigas, quando eram o suporte uma da outra, quando se tornaram "rivais" por uma paixonite infantil, se enfrentaram no exame chunin e fizeram as pazes. Ainda tinham discussões e um pouco da competitividade, mas era de forma esportiva, Sakura e Ino eram amigas acima de tudo.

Num dia ensolarado, usavam suas habilidades de pequenas kunoichi, em uma "perseguição", uma "missão pessoal" delas em espionar o crush, Sasuke, pela vila.

Ele começava a se irritar, diferente do que elas achavam, ele claramente já havia notando a muito tempo que estavam atrás dele. Não adiantava ficarem se escondendo entre os prédios ou arbustos, se não conseguiam ficar em silêncio. Elas acabavam brigando baixinho sempre, ou soltando umas risadinhas. Ele, sempre atento, notava tudo.

Só queria ficar sozinho, o que lhe deixou de de saco cheio.

De propósito, as levou a lhe seguir em uma viela sem saída, só para as olhar com desgosto e dizer:

— Vocês duas são irritantes.

E sair com as mãos nos bolsos, as deixando petrificadas ali pelo choque de levarem sermão de quem estavam a idolatrar.

Mas ele não estava com humor para aquelas brincadeiras infantis.

Deveria estar, mas sua infância já foi destruída a muito tempo para isso.

A delas não, estavam a se comportar de forma tola o que era natural da idade.

Dali começaram a discutir.

Fazia pouco tempo que tinham feito as pazes e lá estavam elas a brigar de novo, uma pondo a culpa na outra, quando era de fato culpa de ambas. Foi ideia delas, veja bem, elas tem uma sintonia natural que acabam as levando terem ideias e gostos similares.

De xingos, passou a ser físico quando Sakura a empurrou. Ino devolveu e ficaram nisso, ignorando a garoa engrossando sobre elas. Acabou derrubando a pequena Sakura na poça, sujando seu lindo vestido qipao de barro.

Então Ino parou e sentiu remorso, vendo sua amiga sentada lá, suja, se levantando, justo quando meninos passavam, vendo o vestido vermelho sujo da coitada. Moleques encrenqueiros passaram a zombar, mas não durou muito, pois Ino já acertou o do meio com uma bola de lama que ele nem viu chegando. Os outros dois riram do colega e receberam suas bolas de terra nas orelhas para ficarem esperto, bom para desviar a atenção enquanto ela pegou a pequena mão de Haruno, tão parecida com a sua, para saírem correndo dali.

No brinquedo do playground, um túnel, ficaram escondidas ali da chuva e dos demais.

Sakura puxou a própria mão, se soltando de Ino. Tinha se esquecido que estava irritada com a Yamanaka até então.

— Sakura...

Ela respondeu chorosa:

— Me deixa!

E se sentou encolhida, trêmula pelo frio e pelo choro.

Chorava de raiva que projetava na Ino, mas era mais de si mesma por ter irritado o Sasuke. De raiva daqueles meninos que a fizeram passar vergonha. Uma vergonha atrás da outra e ainda queria continuar brigando com Ino, mas não tinha forças para isso.

Yamanaka se indignou, estufou o peito e soltou:

— Faça como quiser!

Se sentou de costas a Haruno, cruzando os bracinhos e tendo um bico grande.

Estava sendo orgulhosa, típico, não queria dar o braço a torcer. Se Sakura não conseguia nem ao menos agradecer sua boa vontade em querer ajudar ela, por que se daria ao trabalho de dar suporte a aquela ingrata?

— Testuda — resmungou.

— Ino porca — a ouviu dizer numa voz bastante trêmula e quebrada, o que lhe preocupou.

Aos poucos foi virando a cabeça, só para a conferir com os cantos dos outros, vendo-a tentando enxugar as lágrimas com as costas das mãos, o rosto inchado e vermelho. Frágil.

A postura de Ino orgulhosa se desfez toda, até seus ombros relaxaram, e foi engatinhando até a amiga.

— Sakura... me desculpa... eu não queria...

— Eu fui tão idiota... ele nunca vai me perdoar!

Ino não podia não ver a forma que Sakura se encolheu toda para voltar a chorar, a fazia parecer uma flor ao se murchar, o que rompia mais seu coração.

— Não, a culpa foi minha, a ideia — dizia, esfregando as mãos na própria roupa para limpar. Assim podendo fazer carinho nos cabelos cor de rosa, curtos e delicados da amiga.

Sakura sacudiu a cabeça, negando.

— Foi minha também, você sabe — agora elas estavam admitindo. — Ele tem razão de me odiar.

— Não fala isso! — Em resultado, Sakura ergueu o rosto só para encontrar o outro par de olhos verdes, os de Ino, inundados em lágrimas. — Se ele me odiar tudo bem, mas nunca vai odiar a Sakura, vocês são colegas de equipe!

Sakura, inconformada, segurou os pulsos da amiga.

— Não está tudo bem odiar você, Ino! Ele nunca seria capaz, quem seria capaz disso?!

— Qualquer um! — Abaixou o olhar. — Eu sei que sou muito irritante...

— Eu não te acho.

— Não minta pra mim!

— Não minto! Como poderia? Você é quem me conhece melhor que ninguém!

Aquela fala pegou Ino tão desprevenida que ficou até sem saber o que responde, só olhando para a amiga que ainda lhe segurava.

Não havia mais o que dizer, realmente.

O que pode fazer foi a abraçar forte e ser correspondida no mesmo segundo.

Ficaram ali chorando abraçadas por um tempo, sendo o suporte, apoio, uma da outra.

Até se afastaram, encostaram as testas e riram de seus os olhos cristalinos e os rostos inchados.

Se sentaram de mão dadas, esperando a chuva passar e quando passou, saíram de lá ainda segurando a mão uma da outra, caminhando juntas pela vilã ao entardecer.

— Sabe, Ino.

— Hm?

— Tudo bem se ele me odiar, contato que você não me odeie. Eu não sei o que faria se isso acontecesse.

Ino, de novo, ficou sem palavras, surpresa, vendo o rosto de Sakura totalmente ruborizado.

Não era pelo choro.

Nem Sakura saberia explicar de onde tirou tanta coragem para dizer aquilo e o porquê de ter dito.

Mas não importava, pois ver que tinha deixado Ino feliz e constrangida de forma adorável, fez valer a pena.

Um grande sorriso se formou no rosto de Ino, que apertou mais a mão de Sakura na sua, voltando a caminhar.

— Eu sinto o mesmo. Mas eu acho impossível te odiar. Vamos estar juntas para sempre, você vai ver.

Entrelaçaram os dedos e se sentindo muito mais leves.

Contanto que você não me odeieOnde histórias criam vida. Descubra agora