1 dias antes...
Laura
-Mais rápido... - digo em meio a um arfar ofegante enquanto meu corpo era assaltado pelo de Dwayne. - Mais...
Suas mãos seguram firme meu ombro enquanto a outra minha cintura. Seu pau me invadia com força e foi preciso eu me segurar com mais força sob o capo do Mercedes preto enquanto sentia o orgasmo atravessar meu corpo. Apreciei com um sorriso no rosto aquela sensação de ir ao céu e voltar.
-Porrahh... você é muito gostosa...
Sou vira de frente para ele, que faz nossos lábios se chocarem com desejo enquanto círculo sua cintura com minhas pernas e uso o capo como escoro para ser penetrada novamente.
-Gosta disso safada? - pergunta meu marido me conhecendo bem para saber que amava a forma como ele falava.
Passo a língua pelo seu polegar de forma maliciosa me deleitando ao vê-lo chegar ao clímax.
***
-Você é a mulher mais louca que eu conheço.
Não contenho a gargalhada.
-Tudo isso porque fiz você me comer no acostamento?
-Isso é outras coisas. Foi muita sorte ninguém ter nos vistos.
-Meu bem, estamos no meio do nada. Ninguém iria aparecer. - digo passando minhas unhas sob sua nuca raspada o vendo se arrepiar. arrepiar.
-Essa rota corta o estado inteiro. - Continua – com toda a certeza alguém iria passar, ainda mais por estarmos no verão. Todo mundo a usa para ir para o litoral.
-Karoline costuma evitar essa rota.
-Por causa da irmã dela?
Karoline era minha amiga e estávamos indo para o seu casamento em Clinton.
-É.
-Já faz sete anos, não é? - insiste ele ignorando meu silencio.
-É.
Recolho minha mão e me ajeito no banco, deixando claro que estava incomoda com esse assunto.
-Porque vocês evitam falar disso? Nem missa vocês fazem para ela.
-Faith não gostava disso e você tem razão. Eu fico incomodada com esse assunto. Já faz sete anos e a dor e a saudade ainda é a mesma.
-Eu sinto muito. Não queria de aborrecer com a minha curiosidade.
-Está tudo bem. - Respondo ao olhar a paisagem pela janela. - Preciso ir ao banheiro. Se puder parar no próximo posto.
Meia hora depois paramos num posto de gasolina de beira de estrada. O lugar era horrível. Um cachorro amarrado a uma corda próximo as bombas, latia incansavelmente.
-Vou pegar comida e pagar o combustível. - Avisa Dwayne. - Quer alguma coisa?
-Chocolate. Vou ao banheiro.
Me dirijo aos fundos onde havia um pequeno banheiro e para minha surpresa o lugar estava limpo. Escolho entra na segunda cabine, enquanto usava o sanitário passo a ler as mensagens escritas na porta pelos viajantes até que uma dela me chama a atenção.
“Eu estive aqui! F.C.!”
Só tinhas uma pessoa que assinava daquela forma e escrevia aquelas mensagens em todos os banheiros públicos e bancos. Termino de me limpar e caminho inquieta pelo lugar. Pego o celular e tiro uma foto. Por um breve instante deixo que meus dedos contorne a madeira sob seu nome e deixo que uma lagrima escape.
-Você nos deixou cedo demais...
***
Fazia meia hora que havíamos voltado para estrada e não conseguia para de pensar em minha amiga falecida.
-Faith costumava dizer que ia morrer nessa estrada. - comentei –Eu fui a primeira a receber a notícia. Karol estava com o celular desligado e eu era a segunda na lista de chamada telefônica. Eu fui contar para Cristina primeiro, mas ela já sabia. Não sei como, mas ela e Faith tinham uma ligação muito forte e ela me encontro no meio do caminho. Jamais vou esquecer daquele dia. Contar para Karoline foi pior ainda e tivemos de ir ao local. Foram os cinco quilometro mais longos da minha vida. - Sinto sua mão apertar minha coxa pois ele sabia o esforço que eu estava fazendo. - Ela dirigia uma picape velha e quando chegamos no local tivemos uma pontada de esperança pois o corpo não fora achado. Mantemos por meses aquela esperança, mas a perícia do veículo continha uma quantidade grande de sangue e as buscas pararam após umas semanas. A Sra. Collins fez um velório, mas não comparecemos.
-Por que?
-Por que Cristina e eu ficávamos dias fora de casa percorrendo o percurso que ela havia feito em busca de algo que nos indicasse o paradeiro dela ou pelo menos um corpo... nunca encontramos nada.
Eu só percebi que estava chorando quando sinto seus dedos limparem meu rosto,
-Por que decidiu falar isso agora?
Sorrio e mostro a imagem na tela do aparelho.
-Por que encontrei isso no banheiro.
-Como sabe que é ela?
-Por que eu e ela fazíamos isso em todos os banheiros públicos que íamos...É possível que ela esteja viva?
-Sinceramente? Não.
As próximas horas são feitas de conversas banais ao som de Bom Jovi e já era quase noite quando nos aproximamos da casa de Hanry, o noivo de Karol que nos recebe com um sorriso acolhedor e um abraço.
-Fizeram uma boa viagem?
-Sim.
Me junto a Cristina e a Karol com nossas cervejas a beira da piscina e sou surpreendida quando a Collins comenta em voz baixa fazendo um arrepio percorrer minha espinha:
-Sonhei com Faith noite passada. Eu estava estrada dirigindo meu velho carro e ela sentada ao meu lado. Contei que ia me casar com o Henry e ela apenas sorriu, não disse nada, apenas ficou lá me escutando sem parar... e por Deus como eu à queria aqui.
Cristina e eu a envolvemos num abraço enquanto nossos pés brincavam na água absortas em nossos pensamentos.
-E você, Cris? - pergunto.
- Talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. - Responde divertida .
Sorrio.
Estávamos incompletas e Faith jamais seria substituída. O tempo não cura a dor da perda como dizem, apenas te faz se forte o suficiente para aprender a conviver com ela.
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A Garota na Estrada
SpiritualAtrasado para o casamento do irmão e preso na rodovia 66. Shawn não tem outra alternativa à não ser aceitar carona de uma estranha. O que ele não esperava era que essa mulher misteriosa o perturba-se tanto.