Dona da Lua

Pobre moça!

Mais uma vez
Encontra-se a chorar
Desmotivada, abalada, frustrada....
Sem ser boa em nada
Perdida de mais para se encontrar
Talvez nunca se encontre
É apenas mais uma amadora
Uma desalmada egoísta
Uma solitária
Amedrontada
Que adiava uma dor
Inadiada
Incalculável
E deprimente
So pra não chorar de novo
Para nao se castigar novamente
Para nao ter que voltar no tempo
Em sua memória
Uma louca
Lunática
Que queria tudo
Ao mesmo tempo, não queria nada
Que escrevia histórias
Que não havia fim
Lembranças amargas que tragava
Sabendo que tudo foi em vão
Mesmo assim
Uma mistura de sentimentos que encantava
Uma doce paixão
Mas eternas lembranças
Grande ilusão
Uma levada criança
Amigável porém sozinha
Será para sempre uma doce amarga suposição
Em aglomerações
A companhia da sua solidão
Era tão vaga
Era uma alma
Tão pouco notada
Pobre moça
Entediada
Ninguém era louco o suficiente
Para que se aprofundasse em sua imensidão de sentimentos
Insignificantes
Contraditórios
Sufocantes
Sentimentos
Era alguém que celebra sua melancolia
Com uma grande timidez
Ao mesmo tempo grande ousadia
Dançava, cantava, sorria..
Aprisionava-se, reprimia-se e chorava.
Tão doce
Tão vasta
Tão pura
Tão cansada
Tão sua
Tão usada
Tão amor
E nada amada.

Pobre moça!