Prefácio.

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Primeiro ano em Hogwarts.

Alya estava nervosa. Em seus onze anos de vida, ouviu sua tia Andrômeda, que a havia criado, falar incansavelmente sobre Hogwarts.

Alya fechou o malão com força fazendo um baque estrondoso, o que assustou Elliot, o gato escocês de Andrômeda. Havia acabado de arrumar seus pertences na sala de casa, e, para ser sincera, Alya não se considerava pronta.

Ela fechou os olhos com força e sentiu mãos carinhosas apertarem seus ombros.

— Alya. — ouviu Andy chamar seu nome carinhosamente. Ela se virou e deu de cara com sua tia avó.

Andrômeda era velha, mas não aparentava como tal. Alya acreditava que toda a aparência, as vezes mórbida e exausta de Andrômeda, devesse ser por conta de todo o sofrimento que havia passado. Alya se lembrou que sua tia havia perdido o marido, Ted Tonks, que era nascido trouxa, na segunda guerra bruxa, juntamente com sua filha, Nymphadora e seu marido, Remus Lupin.

— Vai ficar tudo bem. — Andy disse, passando uma das mechas do longo e escuro cabelo de Alya por trás da orelha da garota.

— Não estou com medo, Andy. Só... receosa.

Andrômeda olhou para Alya por alguns segundos antes de levar as mãos ao pescoço. Ela retirou um pequeno colar que usava e o prendeu, agora, no pescoço de Alya.

Era uma corrente de prata, com um pequeno pingente de esmeralda, que combinava com os olhos de Alya, da mesma cor.

Andy sorriu.

— Queria poder dizer que você tem os olhos do seu avô. Mas os olhos dele eram cinzas... os seus são verdes como os campos da Irlanda. Você puxou isso de sua mãe.

Alya sorriu e abraçou Andrômeda. Durante toda a sua vida, ela havia sido a melhor, se não a única, figura maternal e familiar que havia tido. Seus pais faleceram como trouxas; seu pai era bruxo, mas nunca havia tido interesse em praticar magia. É claro que ele sabia de quem era filho, é claro que ele sabia que era um Black, filho de Regulus Black. Mas não se apropriou disso, e Alya entendia. Ninguém era obrigado a viver uma vida a qual não fora destinado.

Então Alya era meio sangue, nascida filha de um bruxo e de uma trouxa. E ela se orgulhava disso.

   Mas também havia uma outra figura familiar presente em sua vida.

   — ALYA! ANDY! ALYA VAI SE ATRASAR E EU TAMBÉM VOU!

   Teddy Lupin era o único primo que Alya conhecia. Andrômeda também o havia criado: era a sua avó. Teddy as vezes brincava falando que Andrômeda era uma casa de caridade para órfãos, e Alya ria sem parar.

   Embora Teddy fosse seu primo, ele e Alya haviam sido criados como irmãos. Então, como todos irmãos, eles brigavam e discutiam, mas também se amavam e se cuidavam. Alya sentia que Teddy a entendia: ele era o tipo de pessoa que a fazia se sentir bem. Teddy era apaixonado por quadribol, e tentava transferir isso para Alya de todas as maneiras possíveis. Ele contava para ela sobre os jogos em Hogwarts e também sobre a liga mundial. A espora de seu padrinho, Harry, jogava em um time mundialmente conhecido. E Alya escutava Teddy falando e ria junto com ele, fazendo piadas.

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⏰ Última atualização: Jul 16, 2020 ⏰

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