𝐂𝐡𝐢𝐥𝐥𝐬 - 𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲

1.0

ANY

A semana passou tão rápida e agitada que eu nem tive tempo de respirar,fiquei indo do dormitório para universidade a semana inteira,sai só pra ir ao supermercado comprar algumas coisas que estavam faltando,fora a isso passei todo meu tempo com a cara nos livro estudando pra prova que terei na próxima sexta.

Nesse exato momento estou indo tomar um banho para acalmar meus nervos,não faz nem um mês que cheguei ao Canadá e já estou lotada de deveres e coisas para estudar,pois é,e eu que achava o ensino médio difícil e puxado,agora eu vejo que eu reclamava sem motivos.

Isso de virar adulto as vezes me assusta sabe,por mais que pela lógica eu já seja,por ser de maior. As vezes me pego pensando o que eu vou ser,por mais que eu tenha decidido cursar psicologia,eu não sei se irei conseguir chegar lá,e o fato de que quando acabar a faculdade eu tenha que aprender a me virar, e trabalhar para ter o meu dinheiro,pra ser alguém na vida me assusta,será que eu vou conseguir? porque até agora meus pais pagam minha faculdade,e o dinheiro que eu tenho comigo foi uma poupança que eles abriram pra mim quando eu era menor,então tenho dinheiro o suficiente para pelo menos uns 3 anos ainda,já que a faculdade e o meu dormitório é pago por eles.

Enfim,decido parar de pensar nisso se não é mais provável que eu fique louca,saio do banho e coloca uma roupa simples e bem confortável.

Me dirijo até a cama e ligo a tv ligando na série Shadowhunters,sempre gostei de séries nesse estilo,sobre coisas mágicas e sobrenaturais,que me fazem ficar paranoica imaginando como seria se isso acontecesse de fato na vida real,digo,esses seres seriam do bem? do mau? da onde surgiram? como foram criados?

Enfim,me fazem questionar a lei da natureza. A real é que sempre me vi fascinada por coisas sobrenaturais,pode parecer estranho ou até macabro,mas essas coisas definitivamente chamam minha atenção,desde pequena,sempre foi assim.

E é esse um dos motivos que me fazem amar essa série,tirando o fato deu ter um puta crush no Alec,gente ele é simplesmente um Deus Grego.

Sou tirada de meus pensamentos quando meu celular começa a tocar,revelando o número de minha mãe na tela. Aí como eu sinto saudade dela e de belinha,antes sentia saudade de meu pai,agora sinto da minha irmã e de minha mãe,a real é que não importa onde eu vá,sempre vou sentir saudade daqueles que amo.

— oiee - digo sorrindo para a tela. — belinha não,isso é uma chamada de vídeo,você tem que afastar do ouvido para mim poder te ver. - começo a rir enquanto a pequena menininha atrás da tela começa a afastar o celular de seu ouvido.

— Nossa assim é bem melhor. - exclama a pequena. — ah oi any,eu to morrendo de saudades. - fala dando um sorriso lindo que mostra seus dentinhos faltando.

— eu também estou meu amor,mas me conta,como tá aí? ta aprontando muito é?

— eu? belinha? aprontando? até parece né. - diz fazendo uma careta em ofensa. — eu to me comportando muitooo bem,to até dando comida sozinha pro pipoca. - diz orgulhosa mostrando o cachorrinho nossa na tela.

— muito bem,oi pipoca. - digo afinando a voz ao falar com o cachorro,não sei porque sempre que nós vamos falar com crianças ou com animais,sentimos a necessidade de fazer uma voz fofa e bobinha. Pipoca então começa a latir.

— Pipoca não!! A mamãe vai me achar,shiiu. - diz colocando o dedo nos lábios indicando silêncio ao falar com o animal.

— belinha ond.. - sou interrompida por uma voz que eu conhecia bem.

— Isabele,o que está fazendo ai no armário? e com o meu celular mocinha.

— ops..fui tudo culpa do pipoca mamãe,ele não sabe ficar quieto. - diz fazendo beicinho sendo tirada do armário,me fazendo rir.

— any?..oh meu deus Any - diz pegando o celular e aparecendo na tela.

— oi mãe,to com saudade.

—oh eu também meu bem,belinha não te atrapalhou não né? - assim que termina de falar,posso ouvir de fundo minha irmã falando ''eu nunca atrapalho mamãe'',nós duas rimos e então eu respondo.

— não não mãe,eu estava deitada aqui,como está as coisas por ai?

— tá tudo bem,só que a casa fica muito vazia sem minha pitiquinha aqui. - diz falando o apelido que ela havia me dado desde os meus quatro anos,o qual eu sempre tive o maior cuidado para as pessoas não saber.

— mãe! já falei para não me chamar mais assim.

— e eu já disse que sempre vai ser minha pitiquinha,e quer você queira,quer não,eu continuarei a te chamar assim,e no dia do seu casamento eu irei gritar bem alto ''minha pitica ta casando gente''.

— você não teria coragem dona Priscila.

— amas eu teria em,qual seria o papel da mãe se não fazer os filhos passar vergonha em?

— nisso eu tenho que concordar com você. - digo rindo.

— bom,tudo bem então meu amor,fica bem tá? qualquer coisa me liga ouviu? e toma cuidado.

— pode deixar mãe,amo vocês. - digo mandando um beijinho para a tela.

— amamos você também. - diz minha mãe e belinha em uníssono.

Mando um outro beijo e desligo a chamada com um aperto no coração,ai como eu sinto saudade delas,foi só escutar a voz das duas que já me fez querer voltar para o brasil correndo. Porém não posso largar a faculdade,o jeito é ir fazer uma visita para elas durante algumas férias.

Começo a ficar com fome,então decido ir a cantina da universidade comprar algo para comer,já que não estou nem um pouco afim de preparar algo.

Estava no meio do caminho quando vejo Josh se agarrando no corredor com uma menina qualquer,o que não me surpreende,afinal ela é só mais uma das muitas garotas que ele fica aqui do campus,porém,nossa,o jeito que eles se beijam é como se fossem se engolir durante o beijo,estão literalmente quase se comendo aqui no meio do corredor.

De repente ele para e me olha,como se soubesse ou sentisse que eu estava me aproximando. Fica um momento me encarando,o que faz a menina que estava com ele o cutucar,ele então me olha mais uma vez e volta sua atenção para a menina.

Passo direto por eles e continuo seguindo meu rumo até meu destino,porém de longe consigo ver os dois entrando em um quarto,no qual presumo ser o da menina,afinal josh não mora aqui.

Deixo eles de lado e então chego na cafeteria,pego uma coca de um litro,uns docinhos da fini e dois pacotes de doritos,porque doritos é vida!

Sigo em direção ao meu quarto,e ao passar pelo quarto no qual josh e a garota entraram,escuto uns gemidos saindo dele e começo a apressar o passo,afinal eu não vim do Brasil até o Canadá pra escutar pessoas gemendo.

Pois é né,existe dois tipos de pessoas,as que transam sem parar,parecendo um ninfomaníaco,no caso esse é o josh,e o outro tipo,as que passam todo o tempo que pode comendo e vendo séries,no caso essa é eu.

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Espero que tenham gostado do cap,ele não foi tão focado em beauany,mas espero que tenha ficado legal.

Desculpa se o cap tenha ficado menor do que de costume.

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Até o próximo!!

KISSES - M