*CAPITULO 3*

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Desde que o meu pai se foi embora... que eu e a minha mãe nunca nos demos muito bem. 
Temos personalidades completamente diferentes, somos como... azeite e vinagre, um cão e um gato, o que quiserem. 

(Harry) - Onde queres ir? - acordou-me dos meus pensamentos. 

(Jade) - Acho... que podíamos passar pela casa do meu pai. 

Harry olhou-me atentamente. 

(Harry) - Tens a certeza? 

Acenei que sim. 

(Harry) - Está bem. - beijou-me os lábios, sorriu, e arrancou com o carro, deixando a casa da minha mãe para trás. 

(....)

 Harry- Queres que vá contigo lá dentro? 

Jade - Importas-te de esperar aqui no carro? Eu prometo que vou tentar não demorar. 

Harry - Está bem. Olha... porque não ficas um pouco com ele? Aproveito e vou ver a minha mãe. 

Jade - Está bem. - sorri-lhe de lado. 

Harry - Assim que quiseres que te venha buscar liga-me está bem? - Inclinou-se pressionando os seus lábios contra os meus. - Amo-te. 

Jade - Também te amo Harold. 

Ambos sorrimos um para o outro e saí do carro. Vi-o arrancar e suspirei, encaminhando-me para a porta da velha casa onde o meu pai vivia. 

Desde que se divorciou da minha mãe que nunca mais foi o mesmo, é distraído, desastrado, não tem cuidado com nada e anda desleixado. Já não é o pai que admirei quando era criança... 

Mas é o meu pai, e eu continuo a amá-lo, apesar de tudo. E sei que ele me ama.

Bati à porta e ouvi um barulho do lado de lá.

Pai  - Já vai!

Ouvi a sua voz.

A cada dia que passava a sua voz estava mais fraca e degradada. Suspirei ao aperceber-me disto.

A porta abriu-se e um sorriso apareceu no seu rosto já velho e cansado.

Pai - Jade. - puxou-me para si e abraçou-me. - É tão bom ver-te minha querida. - Beijou-me a testa. - Entra.

Cedeu-me a passagem e eu entrei enquanto ele fechava a porta.

 Jade - Estás mais magro... - lamentei. 

Pai - Não estou nada filha, lá tás tu com as tuas manias. - disse tentando acalmar-me. - Senta-te filha. - sentou-se no sofá e bateu com a mão no mesmo levemente, num gesto convidativo para me sentar também. 

Sentei-me ao seu lado e logo ele me agarrou as mãos. 

Pai - Como estás minha querida? 

Jade - Estou bem... E o pai? Como se sente? 

Pai - Estou bem minha querida. - olhei-o seriamente - Vá Jade não faças essa cara, tu sabes que não sou nenhum jovem de 25 anos. 

Jade - Mas também não é nenhum velho de 80. 

Meu pai riu-se. 

Pai - Quando deres por ti, já terei chegado a essa idade Jade. 

Suspirei. 

Pai - E o teu primo? Como está ele? 

Jade - Melhor que o pai, isso posso garantir-lhe. 

Suspirou. 

Jade - Pronto... Eu já não o chateio mais. Eu só quero que cuides de ti pai. 

Pai - E eu quero que te ponhas em primeiro lugar, não sou eu que importa, és tu minha filha, tu tens uma vida pela frente, eu já estou velho. 

Jade- Tens 50 anos pai. 

Pai - Como eu disse, velho. - riu-se. 

Mantive-me em silêncio durante algum tempo, pois não sabia o que dizer, e pelos vistos meu pai também. 

Pai - Olha, eu vou preparar um lanchinho para nós os dois. - sorriu e levantou-se entrando na cozinha. - A tua tia veio cá ontem e deixou um bolo de iogurte, está uma delícia. 

Os meus olhos arregalaram-se e levantei-me entrando na cozinha de rompante, vendo meu pai a cortar fatias do bolo. 

Jade - A minha tia?! 

Pai - Sim, ela tem passado por cá de vez em quando. Senta-te. 

Sentei-me enquanto meu pai enchia os copos com sumo e pousava o prato com as fatias de bolo à minha frente. 

Jade - E posso saber o que é que ela tem vindo cá fazer? 

Pai - Ela diz que vem cá para ver como estão as coisas, mas eu não me acredito muito nisso, cá para mim é a tua mãe que a manda cá para me espiar. 

Jade - Pois.... 

Os seus olhos fixaram-me analizando-me a expressão. 

Pai - Ouve querida... Eu sei que isto não tem sido nada fácil para ti, e a tua mãe... Não é a típica mãe que te dá amor e carinho, e que eu também não tenho sido o pai do ano, mas tu tens de compreender... Eu e a tua mãe amamos-te, mas... já não nos amamos um ao outro. 

Jade - Pai eu sei isso tudo, não precisas de me fazer o discurso todo. Eu já não sou nenhuma criança, eu entendo. 

Pai  - Tens razão, desculpa. 

Continuámos a comer em silêncio. 

Pai - Então e diz-me... Como está o teu primo? Continuas a morar com ele? 

Jade - Ele está bem, e sim, continuo a morar com ele. 

Pai - Está bem - sorriu de lado. 

O silêncio instalou-se novamente e continuamos a refeição. 

Pai - Querida... tu sabes que te adoro não sabes.

Jade - Sei pai, eu também o adoro. - sorri genuinamente. 

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Espero que tenham gostado :) Desculpem se não está nada de jeito :/ 

Peço desculpa também pela demora, mas a escola não tem ajudado :/

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Love & Family (H.S. FanFic)Onde histórias criam vida. Descubra agora