Já voltei não se preocupem deve ter sido só uma quebra de tenção ou então foi por causa da brutalidade de droga que metem dentro de mim, ou o mais provável, por e simplesmente ansiedade, que é coisa que nunca me falta.
Abro os olhos, no mesmo quarto, com as mesmas roupas, na mesma cama mas aconteceu um milagre quando me tento mexer! Consigo andar e mover o meu corpo todo! Bom como é obvio não esperei um segundo sequer e fui a correr contar á minha família. Procurei por todo lado. Pela sala de espera, pelos corredores, pela cafetaria, pela receção e nada... Em seguida decido ir a minha casa que não era a menos de dois quarteirões do hospital, abro a porta e mais uma vez nada nem ninguém me esperava... Não sabia onde estava a minha mãe a dar me sempre aqueles sermões que não lembra a ninguém, nem do meu pai com aquelas brincadeiras fora da caixa, do meu irmão gozão como tudo, da minha irmã toda aperaltada nem que fosse só para ir ao café, da minha tia com as teorias da conspiração e nem da minha avó sempre a contar as mesmas historias a toda a hora...
Estou assustada, aterrorizada, apavorada, pálida, fatigante, fulminante e amedrontada, por não saber onde andam estas alminhas que me podem chatear de vez em quando mas que eu tanto amo. Tento atravessar a rua para voltar para o hospital naquele pesadelo sem fim, no entanto, mal ponho um pé na estrada sou atropelada pelo um caminhão vindo do além.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O regresso daqueles que nunca foram
Teen FictionUma rapariga tetraplegica, uma familia e um desejo de morrer...