Capítulo Único

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-Hashirama, quem é aquela? – Perguntei, sem tirar os olhos da garota do outro lado da sala.

-Hum? Oh, aquela é Mila Ru-Gá. Uma ninja independente.

-Independente? Isso significa que ela não tem uma vila que possa vir a questionar sua ausência, certo?

-Ãh... Acho que sim. Por que a pergunta?

-Por que eu vou matar aquela cadela se ela der mais um passo para perto do meu noivo.

-Eles trabalharam juntos a alguns anos, só estão conversando, Naruto. Não precisa exagerar. – olhei para ele lentamente, fazendo-o tremer um pouco. Ele pigarreou, desconfortável. -Ou você pode olha-la assim e matar a garota congelada... Sua escolha.

Voltei a olhar para a dupla. Mila, ou como eu a chamava na minha mente, vadia quase morta, era bonita demais para o meu conforto. Lindos olhos âmbar, longos e sedosos cabelos castanhos, corpo curvilíneo... Sim, eu odiava aquela cadela.

Sem falar em suas roupas, que eram sexy demais. Calça preta justa, botas até o joelho, blusa branca, transparente, com os primeiros botões abertos, mostrando o top vermelho decotado por baixo.

Mas o pior era Madara. Meu noivo conversava com ela como se a cadela não estivesse praticamente colada ao seu corpo, e se aproximando mais a cada segundo. Na verdade, ele parecia não perceber que a garota estava flertando com ele descaradamente. Ou, pelo menos, era o que eu esperava, por que se ele percebeu e não fez nada, Madara Uchiha é um homem morto.

Embora, se ele realmente não percebeu, o título de gênio teria que ser repensado.

Quando Hashirama finalmente terminou de assinar a pilha de documentos de autorização que eu trouxe e me devolveu, saí do seu escritório, batente a porta com força atrás de mim.

Em minha defesa, entrar no escritório do Hokage as oito da manhã só para encontrar seu noivo conversando com uma mulher que está praticamente babando em seu colo, deixaria qualquer pessoa com sangue nas veias com raiva.

Minha aura era tão sombria, que no caminho entre a torre Hokage e o complexo Uchiha, ninguém se aproximou de mim, pelo contrário, na verdade, a maioria até se afastou.

Entrei em casa, novamente batente a porta, joguei os papéis em cima da mesa e comecei a andar de um lado para o outro, na esperança de aliviar pelo menos um pouco minha irritação.

Conforme o tempo passava e Madara não aparecia, minha raiva só foi aumentando.

Dez minutos depois, comecei a me sentir magoado.

Com vinte minutos, a insegurança anunciou sua entrada.

Com meia hora, eu estava sentado no sofá, abraçando os joelhos e com uma vontade louca de chorar.

Quando Madara entrou em casa, não me dei ao trabalho de erguer a cabeça, e quando ele veio até o sofá e tentou beijar minha bochecha, eu me esquivei, fechando a cara.

-Você está bem? – perguntou, um pouco preocupado.

-Sim.

-Está irritado comigo por algum motivo?

-Não. - Os desertos de Suna não eram tão secos quanto as minhas respostas, mas eu não me importava.

-É por causa da Mila?

-Oh, não... A cadela não tem nada a ver com isso. – O sarcasmo praticamente pingava da minha voz.

-Certo, é por causa dela, então. Só estávamos conversando. Eu realmente não sei o que fiz para irrita-lo, Naruto.

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