coisas inúteis

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O poder está com quem tem mais disposição pra continuar uma discussão inútil. O gato do vizinho sumiu, acharam, tanto faz, eu nem conheço eles e não me importo, estou escrevendo hoje. Eu não sei falar, sou um ouvinte melhor, é um prazer, gosto de ser o cara que guia a premissa de uma conversa, jamais os deixo tocar nos meus traumas, não sei falar sobre eles, faço piada e é isso. Hoje eu conheci um tipo diferente de solidão, aquela em que todos estão acompanhados e se incomodam com a sua solitude, portanto não te deixam ficar só. Solidão é ver todo mundo acompanhado, quase caí nessa. Eu estou bem, que merda é essa de seguir o que todos seguem? Eu estou bem assim, para que mudar e agradar os outros, eu estou bem assim, que merda, eu estou bem assim, que merda. Conversei sobre histórias hoje, sobre macro, sobre micro e como micro pode ser também sobre os que ganharam e, também podem ser inválidos, eu já disse, é difícil escutar uma boa história. Tenho uma cerveja do meu lado, uma palha e o Iago roncando, minha noite está ótima, bem melhor do que meu dia, eu ainda consigo fazer as pessoas sorrirem. De verdade, fique com vontade de foder a namorada do Lucas, não me julguem eu não vou fazer isso, mas não vou negar, fiquei com vontade, sabe o que acontece?! Hoje mesmo questionei as minhas vontades de ficar apaixonado, gritei ao espelho com os olhos que queria ficar apaixonado mais uma vez. Nós conversamos sobre Van Gogh e a aceitação dos diretores de cinema antigo, aliás, eles não tinham ideal ou tinham? Vai saber, ás vezes eu nem estaria falando disso aqui sem eles, mas sei que eles estavam errados. Que se foda! Meu Deus como o Iago ronca, pior que o Anderson. Tudo bem, não penso em dormir tão cedo, ainda falta metade da cerveja, hoje o meu texto no instagram deu 700 likes, 700 pessoas que talvez leram o meu texto e gostaram; e hoje mesmo me senti sozinho e também acolhido. Que merda é essa de internet? Na verdade, não representa nada, 700 likes e eu ainda tenho que ir trabalhar amanhã. Eu gosto dessa casa aqui posso ser mais eu do que perto dos meus pais, eles não entendem o que eu digo, é uma sensação boa, eu sento pra escrever como agora, tomo uma cerveja, coloco uma poesia acústica e espero a parte do Djonga sem que me encham o saco. O Lucas fode e eu escrevo. Bom, o que eu falava mesmo? Ah! Sobre como eu ando me apaixonando por mulheres que me dão aulas, assim como me apaixonei por uma professora no ano passado, mandei uma poesia para ela, e ela me disse que eu amo demais, e é verdade, eu amo demais e mesmo assim não tenho nada, pode perguntar aos mais velhos casais, amar não é o suficiente, resta querer.

Escrever é uma festaOnde histórias criam vida. Descubra agora