O Fim

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Como era de costume, eu e Ryuk estávamos conversando sobre como seria quando ele parti-se... De maneira doce, porém fria ele disse para mim que não havia nada oque fazer, pois já estava decidido a ir embora, e se diverti com a consciência de outra pessoa.

-Você não brincou com minha consciência Ryuk.

-Aí que você se engana, eu joguei você do seu apartamento.

-Mas eu achei que você na verdade nem existia até aquele momento.

-Ei, você é inteligente e sabe que oque está prestes a fazer é para seu bem. Agora me deixe em paz.

Neste momento percebi que Ryuk era uma coisa que deveria fazer as pessoas sentirem medo.
Do que há a sua volta, ou das coisas que estão na sua mente. Simplismente ele não aceitava o fato de eu está me apegando a ele como um amigo.

No cair da tarde quase seis horas da noite Jessica aparece em minha casa me perguntando se podia passar a noite por lá, eu sinceramente não sabia oque fazer. Mas deixei que entra-se.

-Oque houve?

-Oque houve oque?... Há... Sim... Minha casa alagou, choveu muito e tinha pingos por todos os lados, parecia mais uma tempestade dentro de casa.

-Poxa... Lamento por isso.

Em quanto Conversava com ela, eu imaginava como iria passar aquela noite sem conversar com Ryuk direito. Mas olhando pra ela, eu me sentia completamente forte, mas ao mesmo tempo fraco, corajoso porém medroso.
Derrepente, fixamos os olhares, e olhando no fundo dos olhos dela, percebia que ela estava chegando mais próxima de minha boca.
Então nos beijamos e ao terminar Simplismente Ryuk grita:

-Até que enfim, já não era sem tempo.

Eu ouvia ele, mas não podia falar para ela. Ela deu um sorriso e me pediu desculpas, eu disse a ela que não havia problema e que eu tinha gostado, levei ela para o quarto de visitas e a deixei a vontade.

Tudo que eu queria nesse momento era dormir pois estava cansado.
Mas Ryuk logo pergunta:

-Agora que você tem companhia, posso ir embora?

-Você tem que ir mesmo?

-Sim! Não sou um amigo, sou um inimigo, não deve gostar de mim, tem que ter medo, entendo que por você sempre ser tão só. Encontrou uma válvula de escape num monstro que nem eu, achando que poderia ser um amigo.
Mas agora você tem a Jessica.

Deste dia em diante Ryuk foi embora, e nunca mais tive alucinações, nem o vi mais.

Quatro anos depois, eu e Jessica já estávamos namorando a muito tempo,decidimos nos casar e então foi oque fizemos. Na lua de mel eu entendi oque Ryuk fez. É como o símbolo do yin-yang, nem todo bom, é completamente bom, e nem todo mal é completamente mal, Ryuk veio cuidar de mim quando eu mais precisava de alguém.
Quando esse alguém apareceu, ele foi embora...
Não acho que ele sumiu pelo mundo a fora, acho que ele está comigo. No fundo do meu subconsciente e coração.

ser louco, é ser normal?Onde histórias criam vida. Descubra agora