6- Inconsciente

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   É como se o mundo estivesse parado. Tudo está em camera lenta. Mas porque não consigo ficar de olhos abertos?
  Não sinto o meu corpo, não consigo me mover, isso é normal? O que está acontecendo?
  Com o meio tempo que eu consegui abrir os olhos, eu pude ver uma luz piscando que alternava do vermelho ao branco, a sirene alta se tornava mais densa, e uma multidão se tornava em minha volta. Senti três pessoas me levantando e, logo após, me deitando em uma espécie de maca. Eu estou em uma ambulância? O que está acontecendo comigo? Por que estou aqui?
  Minhas tentativas falhas de me mover, me deixava frustrada. Minha vontade, era de gritar, mas, minhas cordas vocais também pareciam dormentes. Eu estou apagando, meus olhos se fecham, estou sem força para tentar abri-los. Perco o controle sob meu cérebro e minha consciência se esvaí.

~•°•~


  Após o acidente, o moço do qual dirigia o carro do qual causou o desastre, desceu do carro para ver o estado da menina que tinha atropelado e ligou para a ambulância.
  Em partes, a culpa foi do homem, que estava dividindo sua atenção das ruas com o celular. Porém, em partes, a culpa também era de Lia, que olhará apenas para um lado da rua antes de se por a atravessar.
  O moço esperava a ambulância chegar, em estado de choque, ainda mais por ter pessoas começando a formar uma roda em volta dele e da menina desacordada no chão. E finalmente quando ambulância chegou, os enfermeiros pediam para que as pessoas -essas que já tinham aumentado a quantidade- dessem espaço para que eles á alcançassem.
  Um dos profissionais abaixou na altura de Lia e checou seus batimentos, após, pediu ajuda á mais dois dos enfermeiros e a pegou, colocando-a em uma maca. Levaram-na para dentro da ambulância e seguiram para o hospital mais próximo.
[...]
 
  Um dia inteiro se passou e nada de sua filha chegar. Klara já estava ficando preocupada, andando de um lado para o outro, aflita. Ela sabia que nas condições que viviam, sempre tinha que ser cautelosa, nunca se sabe o que se pode acontecer.

-Lia não atende o celular e, já está sem voltar para casa a um tempão. Você sabe que eu não te ligaria se eu não estivesse realmente preocupada.

"Se acalme Klara. Use sua magia! Se for rápida, não terá problema"

-Você sabe que é arriscado.

"Klara! É a nossa filha que está desaparecida"

  Klara suspirou fundo, dando-se por vencida, decidiu que o faria o mais rápido possível.

-Está bem. Eu vou fazer.

"Me deixe informado..."

-Ta.

  Klara fez menção de desligar, porem, ouviu um chamado de Lion.

"E não se esqueça que... Eu te amo Klara"

-Ja conversamos sobre isso Lion.

"Ja! Mas nada vai mudar o que eu sinto. Aceite isso. Eu te amo Klara"

-Eu também Lion... Eu também te amo e você sabe disso.

  Klara desligou o telefone rapidamente após sua mera declaração, dando um suspiro apaixonado segurando o celular contra o peito, quase esqueceu da sua filha, que até então, estava desaparecida.

  Klara foi até o quarto de sua filha e pegou um laço de prender o cabelo que era de Lia, com ele, ela rastreou o paradeiro de sua filha.
  A magia não era lá daquelas mais poderosas, mas era o suficiente para uma feiticeira esperta de Salem, sua cidade natal, perceber que Klara Klarck não está, realmente, morta.
  A mulher estranhou sua filha estar em um hospital, mas entrou e perguntou sobre Lia.

-Olá, boa noite. Eu procuro por uma menina, seu nome é Lia.

-Me desculpe senhora, não há nenhum registro com esse nome.- a recepcionista declarou ao pesquisar pelo nome no computador.- A senhora tem certeza que essa moça está nesse hospital?

•°V∆M¶IR€°• Onde histórias criam vida. Descubra agora