Carta Aberta Para o Meu Amor

Capítulo 1: O Florescer de uma Tragédia.

16 de Março - Busan, Coréia do Sul

1:33 a.m

ꕥ문호ꕥ

Busan's University Of Letters and Literature

                                                                 O que é Amor?

" O que é amor? ". O tema do vestibular da Mon O pairava sob a mente de Keiji Akaashi, que, apesar de já ter escrito inúmeros romances com essa temática, não tinha a mínima ideia do que escrever, pois como a Mon O é a maior faculdade de literatura da Coréia, e uma das melhores do mundo, eles não aceitariam um texto simples,medíocre e tão previsível a respeito do sentimento " Amor " em sua forma mais pura e inocente. O jovem encarava a tela de seu notebook na espera de um milagre para iniciar sua redação, no entanto, nada vinha em sua cabeça, a não ser seus pensamentos automáticos e autosabotativos: " desista ", " você não é capaz ", " nunca será um escritor de sucesso ". Tais palavras não o ajudaram em nada, além de refletir a respeito de sua futura carreira.

" Será que é isso mesmo o que eu quero? " pensou enquanto encostava sua cabeça na cabeceira da cama.

" Poxa, se eu não consigo nem começar um texto descritivo sobre o " Amor ", como vou me tornar um autor renomado? " seus olhos ardiam de tanto encarar o monitor. Devida a tamanha quantidade de comentários negativos, resolveu parar de pensar a respeito e deixar para outro dia, já que o prazo para enviar seu texto era só em dezembro.

" Relaxa, Akaashi! Vá descansar, sua cabeça já está doendo, não tem problema você deixar em branco por hora, afinal você não iria terminar essa redação hoje mesmo. " deixou o notebook de lado, arrumou sua cama e se enfiou debaixo do cobertor.

6:50 a.m

- Keiji, meu amor, acorda! Seu café da manhã já está pronto, coma antes que esfrie. - alertou uma de suas mães ao entrar no quarto. Moon Akaashi estava toda arrumada, vestia um terno preto elegante acompanhado de um salto alto, de mesma cor, e uma camisa social cinza para combinar. - Mamãe vai dar um pulinho lá no presídio para conversar com um cliente, e possivelmente ficarei até tarde no escritório, tá? Ah, e a mami só termina o plantão depois do almoço, então não precisa esperar a gente para comer, ok? Beijos.

    Akaashi ainda estava grogue de sono, foi dormir tarde e não conseguiu descansar o suficiente, porém compreendeu o recado. Desceu as escadas e seguiu rumo a cozinha. Apesar de pão com ovo não ser seu prato favorito, agradeceu mentalmente a sua mãe pela refeição.

Vr Vr Vr

Sentiu seu telefone vibrar, era uma mensagem de Kenma.

Zap Zap do Akaashi

Kenma: - Cara, não se esquece de descarregar o seu armário, hoje é o último dia de esvaziá-lo, se não é ó baobao juvenal.

Akaashi: - Que saco, vou ter que carregar tudo na mão, minha mochila reserva está lavando ):

Kenma: - Forças guerreirah, ainda bem que eu tenho um momolado fortão para me ajudar ( emoji de carinha com óculos escuro )

Akaashi: - Eu ainda fico chocado que VOCÊ, Kenma Kozume, o garoto mais tímido e fechado, tenha conseguido um namorado primeiro que eu ( emoji do palhaço ) achei que eu seria a piranha da nossa amizade ):