Capítulo 8

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- Prazer em conhecê-los - Ela olhou para o sempre inconveniente Rich e com o olhar falou com ele. Precisavam estar a sós para saber o que estava acontecendo.

- Que alegria conhecê-la, querida Emily. - Rich beijou sua mão. - Estou encantado.

- Obrigada, senhor... - Deixou em aberto para que ele dissesse.

- Levoy. - Disse de forma pomposa. Patterson revirou os olhos discretamente.

- Senhor Levoy é o artista por trás dessa casa. - Disse Marisa.

- Ora, creio que precise falar com o senhor sobre a minha então, o que acha? - Disse Patterson.

- Bom, toda casa é um desafio para minha arte. - Ele ofereceu seu braço. - Estou entusiasmado.

Andaram por algum tempo até encontrarem um canto tranquilo para que pudessem falar minimamente.

- O que está fazendo aqui? - Disse ela entre dentes.

- Reade me pediu para avaliar outras bases do cartel, e ainda estou analisando o que me mandou. Eles tem um sistema de criptografia complexo, mas creio que possa invadir para ter acesso às finanças. - Viu o olhar sério de Patterson. - O quê?

- Há quanto tempo está envolvido com eles? - Perguntou com uma cara de descrença.

- Mais ou menos um ano. A casa é recente. O FBI me deu um caso, acharam que era algo comum, e acabei descobrindo uma teia de coisas. Me deram o crédito e me infiltraram na "família". - Fez aspas com as mãos dizendo em espanhol.

- O que faremos agora? - Disse ela com certa apreensão. As coisas começavam a ser grandiosas demais e precisavam ter cuidado.

- No momento, fechem o negócio. Com o tempo que ficarmos aqui, pegarei a espinha dorsal do sistema e facilitamos o acesso de vocês.

- Estamos com problemas para avançar. - Ela disse a contra gosto. Sabia que poderia fazer um excelente trabalho, mas estava complicado penetrar a cabeça do casal de criminosos. Precisava pensar em algo, rápido.

- Bom, estou aqui pra ajudar com o problema. E eu sei que existe outro. - Pegou um canapé na bandeja e colocou tudo na boca. Achou uma delícia. - Roman. - Depois que engoliu.

- Fale baixo. - Ralhou Patterson.

- Eu não disse nada, só disse o nome do demônio. - Ele olhou com uma cara desconfiada quando ela desviou o olhar. - Meu Deus, você não transou com ele, não foi? - Ela criticou-o com o olhar. - Não acredito que você fez isso. - Tentando conter a euforia, Rich tapou a boca. - Me conte, como é?

- Pare com isso. - Disse ela, irritada.

- Uh, ele te fez muitas coisas com aquela linguinha respondona, não foi? - Rich mexia os dedos de maneira irritante e eu quase o matei na frente dos convidados.

- Eu juro que vou te matar, Rich. - Disse ficando vermelha de raiva.

- Não. - Fez sinal de pausa com as mãos. - Marco Levoy.

- Que nome ridículo. - Saiu andando para voltar para perto de Roman e Rich a seguiu. - Vamos, meu marido precisa conhecer você.

- Então ele usou a língua, não é?

Eu fui até Roman, contando meus passos para não cometer um homicídio ali mesmo. Gostaria muito de saber a dinâmica com Rich agora com eles e que de preferência, que isso não atrapalhasse. Quando Roman a olhou, sorriu, por apenas um segundo. Ele percebeu Rich andando com ela e ficou sem entender o que estava acontecendo. Comunicaram-se por olhares e ele ficou mais calmo. Quando chegamos perto, era possível ver a cara sedutora que Rich fazia para Roman. Revirou os olhos outra vez.

Ele era louco pelo homem, tinha sempre um comentário sobre o maldito bíceps maravilhoso que ele via nos treinamentos, sobre como o jogaria na parede, era de pedir socorro.

Sempre se falavam, e desde sempre confidenciou ao amigo que a presença máscula e loira em sua sala, lhe tirava a paz, e sempre deixava escapar o quão apaixonada estava, provavelmente isso aconteceu.

- Max, querido! - Interrompeu a conversa dele com delicadeza. - Conheça o senhor Marco Levoy, responsável pelo design desta casa. - Ela sorriu dissimuladamente.

- Bom, o que deveria dizer ao senhor Levoy? A casa é um primor da arte.

- Então o senhor gosta de arte? - Rich estava babando, como sempre. - Emily comentou comigo que gostariam de mudar algo na casa de vocês. Perdão, posso chamá-la de Emily, certo?

- Claro, Marco. - Ela sorriu rapidamente.

Conversaram animosidades e sobre jogos de grupo, nada muito relevante. Apenas tentando cativar todos aqueles associados. Seria muito importante conhecer alguém tão profundamente para que pudessem ter proximidade para concluir o objetivo alcançado. Isso era o mais essencial para a missão.

Eu tentei me controlar para que pudesse pensar em uma forma de convencê-los a fechar o acordo. Ela esperava que pudesse trabalhar isso.

Roman estava mandando mensagem para alguém, e ela estranhou que ele tivesse ido tão longe para tal. Assim que ele voltou, deu passos rápidos em sua direção.

- Pedi para Reade para que me ajudasse a espalhar algo no qual pudéssemos tratar de um plano mais eficaz.

- Como assim? - Sussurrou no mesmo tom que ele.

- Estamos prestes a fazer um golpe genial de mestre. Muito em breve eles estarão ao nossos pés. - Apenas disse.

- Se puder partilhar comigo sua ideia brilhante, eu agradeço.

- O casal tem rivais. - Ela arregalou os olhos. - Antes que diga que é uma péssima ideia, posso dizer que é a única que temos no momento. Auxiliarmos numa guerra de territórios, seria perfeito. Eles se verão obrigados a entender que quanto mais territórios conquistados, mais poder.

- Isso pode dar muito errado para nós. - Ela segurou ele pelo braço, por instinto, não que tenha percebido o que fez.

- Eu estarei lá, lutarei do lado deles, isso deve significar algo.

- Não está pensando em entrar no meio de um possível tiroteio entre cartéis, não é? - Ele sussurrou com raiva e indignação. Não poderia acreditar que essa era a ideia incrível dele. - É a ideia mais imbecil que poderia ter tido.

- Ah, querida. - Suspirou exageradamente. - Trocas de tiros, cartéis inimigos, isso é terça-feira na minha vida.

- Droga! - Ela emburrou-se. - Acha que pode passar um dia sem correr o risco de morrer?

Em certa altura da festa, Roman pediu um cavalo para andar um pouco fora da propriedade com os cavalheiros e falou para Patterson inventar algo que tirasse ela, Marisa e as outras eventuais esposas do passeio.

- O que está tentando fazer? - Perguntou ela sem entender.

- Acho que devemos dar um passeio até o encontro com o inimigo. - Disse ele com um sorriso triunfante.

Paixão Sob ComandoWhere stories live. Discover now