11 - eleven - Susto

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P.O.V Jimin

Estou tonto... Minha cabeça gira, na verdade tudo a minha volta gira. Meu estômago está embrulhado, e sinto as malditas contrações de treinamento voltarem.

Não sei onde estou, só sei que é um quarto sujo que fede a mofo. Assim que me lembro do que aconteceu toco meu pescoço em busca do amuleto. Assim que encontro sinto um alívio enorme.

Ele não sabia do localizador no pingente. Quando nos reencontramos depois do acidente da escada no dia de seu julgamento. Ele perguntou sobre o pingente e eu inventei que foi um presente de meu avô ômega, uma herança hereditária que é passada apenas para os ômegas machos da família.

Saio de meus pensamentos assim que a porta é aberta pelo maldito homem que me atormenta há anos.

- Vejo que já acordou meu amor! - Diz o homem por quem sinto repulsa. - Como estão nossos filhotes aí dentro?

- Eles não são seus filhotes, e não me chama de amor, você é nojento! O que quer de mim Taerin!? - digo -

- Quero você, e quero me vingar daquele maldito do Jungkook! Como eu queira mata-lo! E quanto a você, Park, você será a minha vadiazinha. - Taerin. -

- NUNCA! - Grito em um ato desesperado. Não queria passar por aquilo de novo, não queria ser violentado e molestado por esse nojento novamente. Sinto meu rosto arder e percebo que recebi um tapa. - Você a matou, não vou deixar fazer isso com os meus filhos... Não de novo. - Digo chorando e tendo lembranças amargas e muito dolorosas.

Eu só tinha dezessete anos quando me forçou a perder a virgindade com ele. Taerin me manipulava e as vezes até mesmo me drogava pra fazer o que ele queria. Eu não podia fazer nada, ele ameaçava me matar e se matar. Eu era só uma criança e o amava muito. Num desses estupros eu engravidei. Era uma menina. Taemin, meu melhor amigo que na época ainda fazia faculdade de medicina obstétrica percebeu as mudanças em meu corpo e logo suspeitou de uma possível gravidez, fiz um exame de sangue e logo em seguida uma ultrassom, deu positivo, e descobri que iria ter uma menina. Eu estava completamente assustado. Só tinha dezessete anos e já tinha uma filha pra cuidar? Lembro de ter chorado muito nesse dia no colo do meu melhor amigo. Taemin era o meu irmão mais velho que eu nunca tive, ele quem cuidava de mim, me dava concelhos e me dava um ombro pra chorar quando eu tinha crises de ansiedade.

Quando contei pra Taerin me lembro perfeitamente dele ter virado uma fera, ele começou a fazer suposições de eu ter lhe traído com o filho do porteiro do condomínio, porque naquele dia eu lhe dei um bom dia. Ele dizia que era jovem demais pra ser pai. Jovem demais!? Eu quem era jovem demais! Só tinha dezessete anos, Taerin já era um adulto de vinte anos! Ele simplesmente surtou, disse que não queria uma filha e que era pra eu dar um jeito, Se não ele mesmo daria um. Eu disse que não iria fazer nada com o bebê, até porque era só uma vida inocente... Então ele me empurrou. Me jogou da escada do segundo andar, só me lembro de ter gritado muito alto e de ver meu na época sogro correr de dentro da cozinha acompanhado de sua esposa desesperados em minha direção. Enquanto era amparado pela senhora Lee vi meu sogro correr brutamente na direção de Taerin e lhe acertar um soco. Meu corpo doía, minha cabeça parecia que iria explodir, minha barriga dava fortes pontadas e então senti algo quente decorrendo de dentro de mim. Logo eu notei. Estava perdendo minha filha, logo em seguida apaguei. Acordei do coma duas semanas depois, quando acordei meu pai segurava minha mão e chorava, aquela foi a primeira vez em que o vi chorar. Acariciei seus fios com a força que tinha e olhei em seus olhos e disse um fraco: "Papai... Meu bebê, o que aconteceu com minha filha?" Temia sua resposta. Esperava que minha pequena Sooyoung estivesse bem. Se ela tivesse partido eu nunca mais seria o mesmo. Já tinha me apagado muito a bebê, não suportaria perde-la. Ele dizia: " Meu filho... Me perdoe por ser um péssimo pai, eu não consegui te proteger do jeito que deveria. Deixei aquele monstro quase te matar. Deixei ele te engravidar a força e matar minha netinha..." Perdi meu chão. Não consegui. Não consegui protege-la dele. Era a minha pequena. Minha primeira filha. Minha bebê. Uma lágrima solitária desceu de meu rosto, seguida de várias outras, e então solucei, solucei de tanto Chorar e repeti várias vezes um "Não, minha filha não..." Eu deixei aquele maldito tirar minha filha de mim.

Just pleasure - Jikook Abo [Mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora