Dependência emocional

                 Pov Paraguai 

- Nós iremos passar por isso juntos -O brasileiro sela nossos lábios, o beijo é calmo e me transmite muita confiança, quando o não tão rápido beijo acaba ele me puxa para seus braços, eu me sinto tão aquecido dentro de seu abraço, é como se junto com ele nós pudéssemos vencer de tudo e todos, por ele eu faria qualquer coisa - Não se preocupe, meu bem, eu já volto

- Volte logo -Nos despedimos enquanto eu o vejo pegar caminho para a porta de saída da casa que moramos, a casa foi comprada por Império Brasileiro, eu nunca teria tanto dinheiro para comprar algo do tipo, ultimamente estou desempregado, mas tenho pensado em seguir algum trabalho militar, Brasil também concorda com essa ideia, ele só fala sobre exercito ultimamente, por isso me interessei por careiras militares 

Fico parado no centro da sala até que a porta a minha frente seja fechada pelo brasileiro, o que não demora para acontecer, eu queria tanto sentir novamente seu calor, seus ombros há minha volta enquanto o sinto dentro de mim, quando se vive ao lado dele tudo parece tão magico, como se a terra não tivesse mais problemas e vivêssemos em um mundo perfeito, apenas eu e o Império. Estou muito inseguro ultimamente e ele sabe, estou me sentido insuficiente para o Império, que sempre fica ao lado do Confederação e daquele colorado lá. Império parece realmente se importar com isso, ele olha nos meus olhos e promete que irá me amar para sempre, que se pudesse se casaria comigo e nunca mais me largaria, mas sabemos que isso nunca irá ser possível

Quando chego na cozinha abro a primeira gaveta da bancada, onde guardamos os talheres, Império deixou para mim comida feita, quem seria eu sem ele? Apenas um homem sem rumo, sem emprego e sem motivo para viver. E eu só não sou esse homem por causa de Império, ele me deu tudo isso e muito mais, e ele continuará dando para todo o sempre, ele é minha única razão para ter vontade de acordar e ainda por cima acordar com um sorriso no rosto, os dias com esse brasileiro são maravilhosos, compartilhamos várias risadas e momentos românticos em conjunto todo dia, até ele sair para trabalhar, ele não gostava muito de trabalhar, mas dês de que eu perdi o emprego ele está muito mais focado em seu trabalho... E tudo isso por mim, ele volta exausto para casa e ainda mantém um sorriso no rosto mesmo depois do dia tão cansativo, e ele faz tudo isso por mim! 

Meus pensamentos acabam quando ouço batidas na porta, olho para meu prato e vejo que já havia terminado de comer o prato, o relógio já batia uma hora da tarde, significava que Império já saiu de casa a meia hora, realmente me perco quando penso nele. Me levanto da grande mesa e vou em direção a porta, não estava esperando ninguém, então quem seria? Abro a porta lentamente, quando ela é completamente aberta posso ver quem me esperava, Confederação, ele cruzava os braços no peito e mantinha a pose medonha que sempre tinha, quando ele me vê solta um suspiro aliviado, isso significa que ele queria falar comigo, certo? De pouco em pouco seus ombros relaxam e ele me olha com um sorriso um tanto quanto ingênuo, mas mesmo assim ainda parecia preocupado com algo, ele coça sua cabeça, procurando as palavras certas para falar

– Posso entrar? –Ele fala apontando para dentro de casa, sua mão é encapada por uma luva branca, a coisa que ele mais ama nesse mundo é ela, nunca o vi sem ela em todo nosso tempo de "amizade". Dou espaço para ele entrar, o que ele faz com um sorriso no rosto muito singelo, mas eu vejo esse sorriso virar um rosto ameno muito rápido, mais rápido do que eu gostaria. O que aconteceu? Ele veio aqui falar de Império? Império se machucou!? Confederação se senta no sofá, se apoiando nos próprios joelhos

– Quer alguma coisa? Tem chá e biscoito se quiser –Anúncio apenas por educação, ele já deve ter almoçado. Ele recusa com a cabeça, não fazendo barulho algum, ele procurava palavra para falar, mas parecia que ele nunca iria achar as palavras perfeitas. Aquilo me dava muita ansiedade, eu tenho certeza que aconteceu algo com Império! Se envolveu em briga e agora está no hospital ou algo do tipo – O que houve, Argentina?

– Eu preciso te falar algo –Eu me sento a sua frente, na minha poltrona de couro, é a única coisa da casa que é realmente minha, a tenho dês da minha antiga casa e por sorte ela ainda está intacta. Confederação olha diretamente para meus olhos, parecia que ele entendia tudo que eu sentia e eu podia fazer o mesmo com ele, ele estava com medo, medo de falar algo errado e eu me machucar... Mas o que ele quer me falar? Isso é o que eu preciso saber – É sobre o Império

– O que tem ele? –Tentava me manter firme, mas estava despedaçando, tudo sobre Império me preocupava, dês de um pequeno machucado no dedo até o pior machucado possível, eu sempre acho que é minha culpa, enquanto isso ele se assegura que eu não fiz nada de errado, ele tem um coração muito bom para se machucar, queria saber como alguém têm a coragem de fazer coisas tão perversas com ele, isso é apenas por que eles não o conhecem de verdade, ninguém conhece, ele é um mistério, e é isso que eu amo nele, isso e sua bondade

– Eu e ele –Ele solta um suspiro
– Tivemos um caso –Eu não sabia o que pensar, como assim? Império fez isso mesmo? Ele não me amava de verdade? Tudo até agora foi uma mentira... Nada na minha vida foi real. O que eu faço agora? O desculpo e ignoro isso? Eu não posso deixar isso passar em branco. Mas eu amo muito ele para o deixar ir embora, eu não sou nada sem o amor dele! – Eu me senti culpado e tive que te

– Sai da minha casa –Me levanto rapidamente, sem deixar que ele termine sua fala, vou até a porta da casa e a abro, apontando para fora na esperança de que Confederação se tocasse e saisse de lá o mais rápido possível. Ele levanta do sofá com cabeça baixa e sai da minha casa, eu bato a porta muito forte, me deslizando até o chão enquanto lágrimas descem dos meus olhos e vão a caminho do meu queixo, caindo na minha roupa

Abraço minhas pernas, ficando em posição fetal, eu não podia acreditar naquilo, Confederação não tinha prova alguma, mas parecia tão real... Olhe só, eu, Paraguai, descutindo o que é real ou não sendo que minha vida foi uma completa mentira, tudo rodava em volta de Império, de seu abraço, seu beijo, da curva da sua garganta, o seu tórax muito bem marcado, sua cintura definida, sua coxa farta que eu tanto amo, eu amo tudo nele, não há nada que eu não goste nele, ele é perfeito. Tudo isso foi por minha culpa, eu achava que ele me completava e eu completava ele, mas parece que não era assim, apesar dele estar aqui eu não era o suficiente, ele teve que procurar no Confederação o que faltava em mim. Por que eu tinha que ser tão miserável assim? Império só dizia me amar por pena, tinha dó de mim. Mas não será mais assim, eu vou me esforçar o máximo para não o decepcionar novamente! Então ele nunca mais irá me trair