Vota aí, namoralzão.
—Eu estou de saco cheio disso! —dizia por meio de gestos exagerados e cara raivosa— Porra! Não tenho um minuto de paz! —via ela se reprimir a cada passo que eu dava em sua direção— Eu não gosto de você, eu não gosto de seus beijos e agarros, eu não consigo mais lidar com isso. —disse com gesto duros, perto demais dela— Espero que dessa vez entenda, não te quero. —e virei para ir embora, escutando barulhos chorosos vindo dela atrás de mim.
E pela primeira vez em muito tempo me senti leve, sentindo que agora ela entenderia e pararia com tal obsessão.
Fui para casa e deitei em minha cama, olhando para o teto e repetindo comigo mesmo que amanhã seria um dia melhor e que Pucca finalmente entenderia seu lado após tal discussão tida.
Dormi e tive sonhos não muito agradáveis com... Pucca.
As vezes me pergunto o porquê de eu não sentir nada por ela, seria tão mais fácil se eu apenas correspondesse seus sentimentos, mas infelizmente não gosto dela como ela gosta de mim e nunca nem gostei ninguém desta forma, vez ou outra ponderava a assexualidade.
...
—Pucca? —Ching me chamou, com um tom de preocupação, que talvez esteja advinda de minhas olheiras inchadas e olhos vermelhos.
—Oi. —respondo, sutilmente, enquanto entrávamos na escola.
—Q-que v-voc-c-vê está fa-falando? —ela perguntou, nervosa demais, parando abruptamente para olhar dentro de meus olhos— E seu voto de silêncio? —ela quase gritou.
—E-eu nem deveria ter c-começado ele.—respondi, tentando andar de novo.
—Me explique isso direito! —ela disse, me parando novamente— E essa vermelhidão nos olhos? Andou chorando? Foi o Garu?
—Podemos falar disso depois da aula? —disse, ao perceber que o sinal tocou.
—Tudo bem, eu estava com saudades de ouvir sua voz. Ela mudou. —ela disse por último, voltando a andar do meu lado para dentro da sala.
....
—Garu! —ouvi Akyo me chamar— Por que não me esperou para virmos juntos?
—Estou sem cabeça. —respondi simplista, com sinais.
—Seus olhos te denunciam, o que houve mano? —ele perguntou, preocupado.
—Conversei com a Pucca ontem. —gesticulei.
—E como foi? Vocês finalmente se acertaram? —ele disse, curioso e animado.
—Falei que não queria ela. —eu disse, e, conhecendo o amigo que tenho, entrei na sala para evitar seus questionários.
O que obviamente não aconteceu, pois ele me seguiu e exigiu explicações.
—Podemos falar disso depois da aula? —perguntei e antes que ele pudesse responder virei-me de costas para o mesmo, ouvindo-o bufar.
...
Tudo contado para Ching e Akyo.
A reação de Ching foi de puro orgulho, eu podia sentir o olhar dela de "essa é minha garota" sobre mim, pois de alguma forma Pucca está a tentar superar.
E bem... A reação de Akyo foi o total oposto, o olhar dele era de "eu nunca esperei isso de você". O que de certa forma doía e fazia refletir se o que Garu fez foi certo ou não.
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Garu.
FanfictionGaru fala pra Pucca o que realmente sente, e, as consequências de tais coisas ditas começam a acontecer.