Capítulo 6: Garotos Serão Garotos

1 1 0
                                    

[possui muitos gatilhos]

-------
01 - Capítulo 6: Garotos Serão Garotos.

Tinham tantas coisas na sua cabeça, que ele nem sabia direito dizer o que era, as nuvens na mente haviam voltado, sua garganta ficou seca e ele ansiou por um ultimo gole de álcool. Os remédios da Louise sempre ajudavam nessas horas. Louise. – Brown se lembrava do olhar de pavor dela, e ela pedindo para soltar. Sua mão tinha ficado dolorida por alguns dias, e ele não lembrava bem o que fizera. Brown fecha os olhos, a bate na cabeça com as mãos.

Ele esta tentando, por favor, por que era tão difícil, ele-ele estava se esforçando! Ele prometeu para Louise. Louise. As coisas iam ser diferentes agora. Ele ia dizer a psicológica tudo. Ele queria melhorar. Fechando os olhos ele lembrou da mãe.

A ruiva mulher, com um sorriso alegre no rosto, lhe contanto alguma história mirabolante. Ele lembra do perfume dela, da voz, da risada, e do calor que ela transmitia. Sua mãe era sua vida. Mesmo em meio as suas loucuras, quando acreditava estar prestes a ser capturada por alguém, e segurava Brown perto e se escondia com ele. Ela prometia “Vou lhe tirar daqui, vou te proteger”. Ela nunca pode o proteger de verdade. “Vou te tirar daqui, você vai ter um futuro brilhante!”.

A risada dela. Alegre, fazia a casa pesada ter um ar alegre, apesar de que era como por flores para enfeitar um incêndio. Aquela casa estava fadada ao deprimente. Quando ele. Seu pai, vinha para casa. Bêbado, irritado. – Você é como ele... – Ele gritava, oprimia, fazia o que era alegria se tornar sombrio, e sua mãe se tornar uma peça decorativa na casa mórbida. A mulher perdia seu brilho, os olhos assustados e atentos, seria dela que ela sempre fugia em suas loucuras?

Na porta bateu. Uma batida, não é ouvida. Ele lembra quando sua mãe estava ficando cada vez pior, triste, deprimente, quase insana, ela gritava com o pai de volta, e ele gritava com ela. “Fique embaixo da cama, protegido” – Ela dizia, - esconda-se como ela mandava – Ele lembra muito bem, dos tapas, dos puxões e beliscões que ela levava, dos choros noturnos e diurnos, dela discutindo com alguém que ela somente via. Ele lembra. – Alguém na porta – Quando ela foi empurrada janela abaixo durante uma discussão. E quando disseram: Suicídio.

– Bronwen! – Sua tia adentra o quarto. – Estou lhe chamando! – Ela diz seria. Ela era uma pessoa alegre também não era? Seria ele para sua tia, o que seu pai foi para sua mãe? – Brown você está me ouvindo?

– Sim. – Ele responde, o garoto fica sentado ereto na cama, e sua tia adentra. Ela se aproxima com cuidado, senta-se a cama com ele.

– O que aconteceu na escola. – Ela diz. Brown aquieta. O que aconteceu? – Brown... – Ele lembra-se de algumas coisas. Tyriq.

– Nada aconteceu. – Brown diz

– Brown... – Sua tia olha preocupada. – Eu sei.... eu sei o que aconteceu. – Brown levanta o olhar, ele olha para sua tia. Ele sente a garganta fechar e doer, sente-se que vai chorar. Há algo podre nele, dentro dele, algo ruim, ele pensa, ele sabe. – Louise disse que você a machucou, e machucou um dos seus amigos também. Nicholas.

– Nicholas não é meu amigo. – Brown responde. Sua tia o encara com preocupação. Louise. – Você fala com Louise? – Brown encara sua tia, traído. Como ela podia simplesmente sair fofocando com Louise?! – Você fica pedindo para ela me espionar!?

– Brown? O que? Não! – Sua tia se afasta dele na cama. – Eu falo com ela pois me preocupo com ela, e com você! – Dayse fala. Ela já esta ofegante e com as mãos tremulas, ela tem lidado com tanto nesses últimos meses. Ela se preocupa. Ela vê muito de sua irmã no sobrinho. – Estou perguntando para você agora, Bronwen. O que aconteceu?

Colégio Hermann Hill - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora