Um amor infinito

Capítulo 1

Então prepare-se para o primeiro capítulo desse dramático romance...vem comigo.

  Final de tarde,do meu pequeno quarto observo a rua movimentada,pessoas passam pra cá,pessoas lá,todas fazendo alguma coisa sem se importar com ninguém. E eu aqui na janela olhando pra baixo esperando meus pais chegarem, quer dizer,minha mãe né porque meu pai já não sei que horas chega,as vezes meia noite ou até de madrugada e ainda chega caindo de bêbado.

  Pois é,minha vida se resume em estudar durante a manhã e fico a tarde toda sozinha e a noite vou dormir o mais cedo possível pra que em hipótese alguma encontre meu pai pela casa.

  Minha mãe chega do trabalho cansada e vive reclamando pelos cantos frases típicas "você só me da desgosto","onde estava com a cabeça quando engravidei" entre outras,ela não chega a dizer que essas frases são pra mim mas não sou tão ingênua assim ao ponto de não perceber que são pra mim. Ela é faxineira e trabalha na casa de uns ricassos que acho que até as fezes são dinheiro.

  -Anne vem janta!   - ela grita da cozinha.

  - Tô sem fome.  -deito na minha cama e coloco o fone de ouvido.

  Acordo com uma dor de cabeça danada olho no celular e são 6:30 da manhã,porta estou praticamente atrasada.

  Parabéns Anne, me repreendo  mentalmente.

  Saio do quarto com a minha mochila em apenas um dos ombros  e vou em direção a cozinha procurar algo que sirva pra comer,isso que da não jantar a noite, acorda comendo as paredes.

  Pego uma torrada no microondas e engulo aquilo em cinco minutos,calço o tênis e saio correndo até o ponto de ônibus,sorte que não perdi a porcaria de ônibus porque se não estava ferrada.

  -Bom dia.  -cumprimento o motorista que me responde com um aceno.

  Por todo o azar do mundo não encontro nenhum lugar pra mim sentar então fico em pé mesmo.

  Desembarco na frente da escola e saio de cabeça baixa sem me interessar com nada que está acontecendo ao meu arredor.

  -E aí filhote de bêbado...não,não,me confundi,é a aberração...  -escuto risos de algumas pessoas,não escaro ninguém, só sigo em frente.

  Já que sou conhecida assim pela metade dos alunos da escola motivos??? Mês passado meu pai apareceu bêbado aqui na escola obrigado eu a sair na terceira aula e fez um escarcéu que só vendo pra acreditar.

  -Oi Anne.  -olhoe vejo a líder da torcida me cumprimentando,estanho mas como não quis ser mal educada respondi.

  -Oi.  - ela sorriu,aquele sorriso perfeito que todas as meninas da escola teriam inveja se não conhecesse ela porque o que tem de beleza tem de arrogância.

  -Sabe que o que eles estão falando é verdade né?  -me encarou e fez cara de nojo. Aff que saco!

  -Será que você poderia cuidar da sua vida garota petulante?!  -olho pra ela de cima em baixo provocando.

  -Escuta aqui...  - apontou o dedo na minha cara   -...acho melhor calar essa boquinha e vazar daqui!  -nojo,era isso que estava sentindo.

  A única amiga que eu tinha está namorando o meu crach,eu desabafava com ela e contava todos os meus mais obscuros segredos,contei que estava apaixonada pelo Henry e a maldita da Sabrina não vai lá e fica com ele,pois é.

  Caminho em direção a sala do terceirão, esbarro em alguém e olho,Sabrina.

  -Oi Anne,podemos conversar?   -será que é mais uma pegadinha pra mim,não sei mas vamos ver então.

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