A sociedade é realmente... PODRE, essa é a palavra certa. Nossa sociedade se consiste em pessoas tóxicas, a grande maioria, pessoas não tão ruins assim e, pessoas boas, até agora as pessoas boas de verdade ainda não apareceram para nós. AINDA.
Naru...
Só conseguia escutar os espirros exagerados de Ino, os banhos de nariz, as tosses e reclamações de trazer o pano úmido mais rápido. Sim, com a chuva de ontem eles ficaram resfriados, eu fui a única que não fiquei, talvez porque minha imunidade é maior, Tenten pode fazer um monte de esportes mas, comer vem já é outros 500. Bom, agora eu estou no banheiro do meu quarto, com uma bacia de água e panos úmidos, levando diretamente para a ala dos doentes/meu quarto, e o melhor, estou sozinha em casa! Olha que lindo! Uma adolescente, cuidando de outros adolescentes, resfriados! :) Hoje é folga da Akemi, ela trabalha a semana inteira aqui, as vezes dorme e nem consegue ir para casa ver os filhos, ela é o que eu chamo de mulher guerreira, a casa dela fica do outro lado da cidade mas, mesmo assim ela não desempolga de ir para casa ver a família. Bom, como só tem eu em casa, e os doentes, não fui para a escola hoje, por razões óbvias. Mandai mensagem para Konan avisando e pedi para ela vir aqui mais tarde, já mandei o endereço, daqui a algumas horas ela chega. Sai do banheiro e dei de cara com um Konohamaru em pé, coisa que me encheu de nervos.
Temari: O quê pensa que está fazendo em pé, hein garanhão?
Konohamaru: Ah, Temariiii! Você pode pegar um fone para mim escutar?- Disse ele quase não ficando em pé, até porque tive que segurar a criança.
Temari: Pego sim, Kono. Agora deita nessa cama cacete!- Só foi falar isso que o bixinho foi com o rabinho no meio das pernas, não posso negar que adoro esse efeito que só eu tenho, esse efeito de superioridade.
Fui pegar o bendito do fone na mochila dele e achei. Coloquei uma música da playlist dele e coloquei o fone um pouco 'pra ver se o pestinha tinha um bom gosto. Assim que dei o play me assustei, o muleke escuta Guns'n Roses? O loko Vey! Olha, bom gosto tem. Já subi para o quarto e o mesmo estava na cama com os olhos quase fechando, aí gente, olhando assim nem parece que é o capeta em sã consciência. Coloquei o fone na cabeça do mesmo devagar para não machucar e ele sorriu de olhos fechados.
Konohamaru: Obrigado, Tema...- E dormiu. Não consigo dizer que tenho raiva deles, são minha família. É, eu sou a mãezona dessa bagaça! E eu me orgulho disso! Saber que estou cuidando das minhas crianças tão bem me deixa feliz, uma das coisas que eu mais quero é formar uma família, quer dizer, outra. Por que eu já tenho uma família, e que eu amo muito.
•_•_•_•_•_• Quebra de Tempo •_•_•_•_•_•
Já fazia um tempo que todos já tinham dormido então fui fazer minhas coisas. Comecei a varrer a sala e coloquei meu fone. Desde que eu me conheço por gente eu sempre adorei música, apesar de não cantar na frente das pessoas, eu canto bem. E quando eu digo bem, quero dizer bem mesmo, eu sou o que chamam de rapper. Eu consigo cantar super rápido e meu fôlego é gigantesco. As vezes eu cantarolo alguns raps mas, nada de cantar na frente de outras pessoas, ou talvez sim? Hmmmm! Bom, coloquei o fone e comecei a escutar Metallica, é muito bom vey. Comecei a varrer a casa, depois fui para louça, que não era muita e percebi uma coisa. Só eu em casa, pessoas doentes, fogão, bocas para alimentar, nunca cozinhei na minha vida. É, vamo testar essa merda. Já estava dando meio-dia, então comecei a fazer a sopa. Comecei picando os legumes, batata, cenoura, cebolinha, repolho (não sei vocês mas eu adoro sopa com repolho), piquei um pouco de carne, não muita coisa, só um pedaço de bife normal. Estava me lembrando das vezes que eu, Gaara e Kankuro cozinhávamos com a mamãe, por falar nela, que dia ela volta? Já faz um tempo que ela está viajando. Vou ligar para ela depois. Voltei minha atenção para a carne, assim que terminei de picar coloquei dentro da frigideira para dar uma fritada, coloquei a água da sopa para esquentar, coloquei quase que a panela de pressão cheia, porque pelo que eu conhecia deles iriam comer até o prato. Deixei esquentar e depois de um tempo coloquei o que eu piquei lá dentro e coloquei os temperos.
•_•_•_•_•_• Quebra de Tempo •_•_•_•_•_•
A sopa ficou pronta e estava com uma cara ótima, olha, não vou me gabar mas, eu arrasei! Estava com um cheiro ótimo. Deixaria esfriar um pouco para eles não se queimarem, daqui a pouco a Konan chaga e ela me ajuda a servi-los. Detalhe, já são quase 2:30 da tarde, a sopa demorou para ferver. Enquanto isso, terminei de limpar o resto da casa e estou morta. Já sei remédio para eles, então está tudo certo. Eu estava com essa roupa:
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E sim, isso é um calção de futebol. É muito confortável na minha opinião, prático e fácil. É disso que eu preciso. Fui para cima dar uma olhada neles e vi que estavam bem, desci de novo e sentei no sofá. Comecei a rir de forma nostálgica, lembrando do Gaara, do Kankuro que hoje já está na faculdade, lembrando de como eu estou parecendo a mamãe. Dentro desses pensamentos nem percebi o tempo passar, só quando alguém bateu na porta. Fui abrir já que sabia quem era.
Temari: Oi, Konan! Entra!- Eu disse dando espaço para ela passar.
Konan: Não sabia que era ricaça.- Ela disse olhando em volta com a boca aberta em espanto.
Temari: É, mas eu não gosto de usar coisas caras, nem as meninas.- Ela concordou, disse que se fosse rica daquele jeito também não iria ficar esbanjando dinheiro. Pegamos as tigelas de sopa e as colheres e fomos para o quarto. Eu dava na boca da Hina, enquanto a Konan dava na boca da Saky. Elas se sentaram direito e tomaram a sopa inteira e elogiaram, eu agradeci e fizemos todo esse processo com os outros. Konan me mandou ir descansar lá na sala e eu fui. Estava lavando a louça de boa até que escuto um barulho de porta sendo destrancada, fiquei atenta e peguei meu taco de baseball, fiquei escondida atrás de uma parede, já pronta para atacar quando eu escuto algo que me deixa chocada.
???: Cadê ela? Cadê a Temari?- Eu não sabia como ele me conhecia, apareci na frente dele rápido e o mesmo se assustou com o taco de baseball bem perto da sua cabeça, quando olhei direito fiquei petrificada, era... Ele...
???: Que foi? Não lembra de mim não?- Disse brincalhão, com um sorriso no rosto. Eu larguei o taco e corri até ele com lágrimas nos olhos. Pulei sobre ele e dei um abraço de urso, permitindo soltar as lágrimas.
