𝐁𝐋𝐎𝐍𝐃 𝐆𝐈𝐑𝐋 | NOAH BECK

01

— NOAH BECK

Pego algum livro aleatório numa prateleira a minha frente enquanto obverso não tão discretamente a garota loira que vinha todos os dias aqui pra estudar. Vi ela pela primeira vez quanto tive que me candidatar a ajudar na biblioteca por um mês por que Bryce e Blake tinham se metido em outra confusão e e dessa vez tinham levado todo mundo junto - que novidade -
Bom, pelo menos não fui eu que tive que ajudar o zelador - pobre griffin - ou a tia da cantina - já ela me da medo -
Sendo bem sincero nunca tive coragem de chegar nela e isso rendia várias piadas internas dos garotos. Ela vinha todos os dias e sentava na mesma mesa, seus cabelos loiros normalmente presos em um coque bagunçado e sempre usava um moletom que provavelmente caberiam duas dela ali

— GAROTO — senhorita torrez gritou passando a mão na frente do meu rosto

— oi, desculpa. O que disse? — perguntei sorrindo sem graça

— perguntei se poderia ajudar a mocinha ali — ela aponta pra mesma garota que eu encarava a 10 segundos atrás. A mesma garota que eu via todos os dias e nunca tive coragem de falar. A mesma garota que os meus amigos me zoavam por nunca tomar atitude. Aquela garota

— uhm, claro. Por que não? — tentei esconder meus nervosismo com um sorriso discreto e me dirigi até a garota

Posso jurar que estou tremendo

— oi, precisa de ajuda? — pergunto simpático

— ah oi, na verdade só quero ajuda pra pegar aquele livro — ela apontou pra um livro no alto que com certeza alguém com mais de 1,70 poderia facilmente pegar. Mas ela não parecia ter mais de 1,65

— aqui — pego e entrego o livro a ela. Não posso deixar de reparar no título — a culpa é das estrelas?

— um dos meus favoritos— ela sorri e puta que pariu. Que sorriso, meus amigos — já li algumas vezes, nunca vou me cansar

— só li uma vez. É um bom livro — sorrio de volta — sou Noah Beck

— Zara Williams, prazer — ela estendeu a mão

— o prazer é meu — aperto a mão dela

Zara Williams. Nome bonito. Não só o nome. A dona também.

— você vem sempre aqui né? — depois de falar percebo como soou idiota — digo, sempre te vejo por aqui

— ah, sim. Gosto daqui, me da uma sensação de paz — ela da de ombros

— sim, também gosto daqui — eu odeio aqui

— você é amigo do Hall, né? — aí Deus

— sim, porque?

— nada de mais — da de ombros — soube que ele só se mete em furada

— Bryce é legal, você se acostuma com o jeito dele uma hora — sorrio

— é, acho que sim — ela devolveu o sorriso

— uhm.. por que não me da seu número? — quando menos percebi a frase já tinha saído e a garota me encarava com as sobrancelhas arqueadas. Agora não tinha mais pra o de correr

— aham, claro — ela sorrio sem graça e corando um pouco me passando o número — ah, eu tenho que ir. Me manda mensagem depois

— claro — sorrio vendo ela ir até senhorita torrez dar baixa no livro

f i n a l m e n t e