epílogo

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uma introdução básica e com uma escrita questionável a como isso tudo começou

sátira com referências peculiares e escolhidas pelas detetives da estória em carne e osso.

Olho pela janela, as luzes das sirenes refletindo pelo vidro.

A detetive Mendes se encontra no meio do quarto, com um dos peritos, enquanto o mesmo coloca o que parece ser um pedaço de CD quebrado em uma embalagem plástica. Mendes estreita os olhos para o plástico, e dá pra ver em seus olhos a confusão em sua mente.

Me aproximo, acenando com a cabeça.

— Então o assassino fez de um objeto próximo sua arma — continuo, mas sei que ela consegue sentir um quê de dúvida em minhas palavras.

— Foi pessoal e não planejado.

Pego um pedaço de papel do chão, colorido. É uma foto de um jovem, de idade semelhante a da vítima, mas ele parece estar fazendo o consumo de...

— Leonardo Dicaprio em um de seus filmes. - Mendes diz - E não, não achei nenhum indício de que Emily fosse usuária de drogas. Nenhum tipo. Nem um cheiro de nicotina nos tênis.

— Você cheirou os tênis dela? —franzo as sobrancelhas ao seu comentário.

— Depois que achei ter sentido o cheiro quando passei perto! — ela exclama, levantando as mãos em defesa.

Olho para os tênis coloridos. Tem um pedaço de madeira solta entre a cama e a estante, então...

— Se fosse para pegar uma arma próxima, por que um CD? Olhando ao redor, consigo listar ao menos sete objetos mais próximos e mais eficazes do que um CD que aparentemente estava do outro lado do quarto — balanço a cabeça.

Me afasto um pouco ao localizar uma pilha de CD's em uma estante num canto do quarto, e me posiciono ao seu lado.

— Okay, pense na cena — ela gesticula com as mãos para que eu me aproxime um pouco mais da estante. — me O assassino está aí, e a Emily está aqui. Estamos discutindo...

— E eu pego um CD aleatório, quebro, você se afasta para a cama e eu te mato lá?

Ela balança a cabeça, em negação.

— O CD usado parece ser de uma banda que a Emily tinha um carinho particular. Achamos a caixa dele dentro do armário dela, toda aberta. Não foi um CD aleatório.

—  O que, você tá dizendo que foi intencional a escolha desse artista?

— É exatamente isso que eu estou dizendo.

Ando até o armário, analisando a caixa. Contém alguns posters de filmes de heróis embrulhados, assim como uma latinha de energético. Tem um rasgo na tampa, como se tivesse sido aberta rapidamente.

— Você acha que...

Sou interrompida por um vidro quebrado. Minha mão vai diretamente a arma em minha cintura.

— Rodrigues, atrás de você — minha parceira aponta com a cabeça, por trás de sua arma. Me viro devagar, encontrando uma pedra com um papel no chão. Ponho minhas luvas rapidamente, desamarrando a carta do papel.

Ela vai rápida e cuidadosamente até a janela.

— Uma adolescente. Já algemaram. Amiga, talvez?

— Com 10 motivos para matar a Emily, pelo visto — balanço o papel em minha mão pra ela.

OS 10 MOTIVOSWhere stories live. Discover now