9 Women and 1 Secret • oneshot

kleptomania

Sexta-feira

24/07

02:47 am

-Dois meses atrás-

Deitada em minha banheira luxuosa, desfruto da temperatura levemente elevada da água que saía pela torneira

Todo mundo merece uma recompensa após roubar o banco mais bem-protegido de Seattle

Estico meu braço esquerdo, alcançando meu smartphone na estante

"Notícia Diária"

Nesta tarde, o banco de Seattle sofreu uma grande perda, 475 bilhões de dólares que eram parte do patrimônio do país, foram roubados por um suposto assassino. Mas será que é só isso mesmo? Investigadores afirmam que há alguém por trás destes casos que vem acontecendo; "Ele é de fato um detetive nato!", diz o analista Roberth Rohen, sobre o suposto 'cabeça' dos planos.

Dou uma leve risada e pendo a cabeça para trás fechando os olhos

-Estamos famosos, Daniel. -grito do banheiro-

ninguém responde

-Daniel? -deixo o aparelho no canto da pequena estante enquanto me levanto logo vestindo meu roupão

Adentro nosso quarto não encontrando a figura esguia e alta

Sigo em rumo à sala de jantar avistando o rapaz seminu preparando um café com torradas

Chego devagar e dou-lhe um abraço por trás, beijando seus ombros

-Amor, onde estava? -passo minhas unhas por suas cóstas, fazendo um leve carinho-

-Saí com a moto, nada demais -me coloca em cima do balcão beijando minha testa-

-Todos estão comentando sabia? -entrelaço meus dedos em sua nuca brincando com seus fios negros-

-Deixe que comentem, desde que não te machuquem -acaricia minha cintura-

-Daniel, eles tem o seu nome, eles sabem que é você quem matou aquelas pessoas -uno minhas sobrancelhas preocupada, enquanto seguro seu rosto com ambas as mãos-

-Ei, lembra que nós não nos encaixamos na sociedade? Somos loucos, compulsivos, doentes, assassinos na visão deles, lembra? -segura meus pulsos em seu peito- a gente não é normal Ji, já parou pra pensar que nunca vamos parar? Somos fanáticos por roubos, nunca viveremos normalmente! A única opção que tenho em mente é...

-Não! -corto o que ele supostamente iria dizer-

-Sim! Se eles me pegarem, você foge -segura minhas mãos em seu rosto- Você tem inteligêcia suficiente pra pensar em alguma coisa, já eu, pagarei por meus pecados.

Puxo o homem para um abraço, sentindo meu rosto quente por alguns segundos

Enquanto o abraçava, pude enxergar seu celular ligado na pia

"Lucy 💘"

-Eii, quando você volta pro 3° round??
01:36 am

Ah, quem sabe semana que vem,- ainda tenho que enrolar a Ji-
02:25 am

O nosso lance é legal e tal mas isso tá me quebrando, eu realmente gosto dela Lu, mas não quero te magoar...
02:45 am

-

Seguinte meu amor, comigo é tudo ou nada tá? Ou você se decide com a vadiazinha sensível ou cai fora.
02:47 am

-Que porra é essa Daniel? -me desvencilho do abraço já com o celular em mãos-

aponto o aparelho na frente de seu rosto

-Ji é difícil de explicar -ele abaixa a cabeça se soltando-

me cubro corretamente com o roupão me afastando

-Vaza -digo calmamente apontando na direção da porta-

-Ji, por favor me deixa explicar -ele se aproxima-

estendo o braço quase encostando em seu peito

-Essa é a últma vez que eu peço com calma, vaza -sinto as lágrimas escorrerem por minhas bochechas avermelhadas-

-É sério que você vai jogar um relacionamento de dois anos no lixo, e nem vai deixar eu me explicar -tenta tocar meu rosto-

dou um tapa em sua mão, olhando-o indignada

-Te deixar explicar? Te deixar explicar o quê exatamente? Que você ta trepando com a minha colega de trabalho? Que você tá apaixonadinho por ela enquanto a vadia aqui usa toda a capacidade mental dela pra você ganhar mais de 475 bilhões em uma noite, porra! Some daqui caralho! -esbravejo tudo em seu rosto-

ambos estavam com o rosto molhado de tanto chorar quando ouvem sirenes se aproximando

-Eu sinto muito Jihyo, mas eu ainda te amo -ele se afasta lentamente enquanto eu abraço a mim mesma-

pela janela, vejo o garoto caminhar até o meio da rua e se ajoelhar com as mãos na cabeça, ele sussura algo como "vai"

enxugo minhas lágrimas e corro até o andar de cima

lá visto uma calça e uma blusa rapidamente

pego meu pendrive e celular, juntamente de minha carteira com algumas notas de 50 e agarro minha glock

abro a janela quando ouço daqui de cima a porta da sala sendo arrombada

já no telhado, vejo os policias algemando Daniel e outra lágrima escapa

-Droga! Seu filho da puta -escorrego pelas telhas até o chão e pulo-

Corro pelo beco escuro até meu carro na rua de trás

Continua?