Os rebeldes

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-Ahren, precisamos entrar! -o puxei pela mão

Saímos correndo em direção a um dos portões de entrada, mas estava trancado. Subimos em cima de uma árvore - nem me pergunte como, na hora do desespero tudo acontece - e ficamos lá por alguns minutos até ter certeza que nenhum rebelde estava perto de nós, conseguimos gritar o suficiente para um guarda abrir e corremos em direção ao abrigo.

-Onde vocês estavam? Sua mãe está inconsolável! -perguntou Maxon

-Estávamos no jardim, iríamos conversar sobre como foi a entrevista. Contamos a você papai!

-Eadlyn! Ahren! -gritou minha mãe vindo nos abraçar.

-Estamos bem mãe. -disse Ahren

-Eads, vá conversar com os Selecionados, tenho certeza que eles precisam de você agora.

-Claro mamãe. -assenti

Fui ver os Selecionados em ordem que estavam sentados, nenhum deles estava chorando, apenas abalado. Primeiro foi o Troy Stoll, depois o Luke Rivers.

-Oi Luke -sorri, ele era muito legal.

-Oi Eads -ele sorriu desanimado

-Porque você tá assim? -perguntei

-Não é nada. Só estou um pouco preocupado com minha família.

-Você pode escrever para eles, sempre que quiser!

-A senhorita é incrível! -disse ele fazendo graça

-Ah Luke -sorri e fui ver os outros selecionados.

Fui ver o Taylor Mclean e depois o Jason Ambers.

-Oi Jason. -me sentei junto a ele

-Oi alteza. -ele não parecia tão mal

-Como você está?

-Bem, preocupado com a minha mãe. -o pai dele havia morrido

-Quem é sua mãe?

-Kriss Ambers. Já foi Selecionada.

-Eu me lembro bem. -falei seca

-Não quero que fique com ressentimento de mim pela minha mãe.

-Preciso ir, Ambers.

Sai e fui ver outros, passaram - se alguns até que cheguei no Arthur.

-Oi -falei

-Oi alteza. -ele disse

-Tudo bem?

-Eu? Eu tô ótimo! -falou sarcástico

-Sério Arthur.

-Claro que não Eadlyn. Não sei se minha família está bem, você fica dando mais atenção a esses idiotas! -desabafou ele

-Arthur, eu já disse que  não vou me apaixonar por ninguém. Quanto a sua família, pode escrever para eles sempre que quiser. -eu estava saindo mas ele segurou minha mão.

-Desculpe Eads. Mas não suporto a idéia de viver sem você. -ele estava realmente arrasado

-Eu o entendo Arthur. -o abracei e sai

Passei pelos outros Selecionados e me sentei. Estava exausta! Assim que os tiros cessaram, um guarda chegou dizendo que podíamos sair do abrigo. Assim que sai fiquei horrorizada. Havia nas paredes escrito com sangue "ISSO É SÓ O COMEÇO" e outras coisas. Meus pais haviam sido muito bons e eles agradecem nos destruindo por dentro?

-Eads, vá ajudar suas criadas a arrumar seu quarto, daremos um jeito nisso. -falou meu pai, eu apenas assenti e sai.

Assim que cheguei no quarto estava tudo jogado, uma bagunça, e havia um bilhete: "AGUARDE PRINCESINHA. ISSO É SÓ O COMEÇO. "

Amassei o bilhete e joguei no lixo. Já tinha visto outro desses, mas não liguei. Agora aquilo me assustava.

-Ash? -chamei uma das minhas criadas

-Sim alteza. -ela fez uma reverência

-Me chame de Eads. Quantos foram os mortos -ela hesitou mas eu insisti

-No total foram 27 guardas, 8 criadas e alguns da costura.

-Meu Deus! -me espantei

-Se nos der licença. -elas saíram

Sai do quarto. Eu precisava pensar um pouco, até que esbarrei com alguém.

-Desculpe -falei e sai andando mas a pessoa me segurou

-Quer dar uma volta? -Já devia ser 3 da manhã, mas quando eu olhei para a pessoa, era Arthur!

-Sim -sorri

Saímos andando para uma sala que no momento estava vazia.

-Se não quer que eu me apaixone não pode ficar assim tão linda -eu estava com um vestido vermelho longo e apenas sorri

-Não acha que está na hora de criar um sinal secreto para quando precisar - mos nos encontrar?

-Claro. O de seus pais era mão na orelha certo? -assenti- Então que tal mão na sobrancelha?

-Combinado! -ele deu um beijo na minha bochecha e saiu, me deixando sozinha sorrindo no canto da sala.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora