Capítulo 7.

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Exatos 20 minutos depois, Hinata ouviu sua campainha tocar, ainda com medo de ser Toneri, foi com cuidado até a porta, olhou no olho mágico da porta vendo Naruto com a feição preocupada.

Hinata abriu a porta apressada se jogando no rapaz envolvendo seus braços no pescoço do mesmo, Naruto retribuiu o abraço passando os braços na cintura da moça a apertando contra si.

- Shiii, calma Hina, eu estou aqui – Naruto tentava a acalmar, o medo dela era tanto que ela não parava de tremer o corpo – Vem, vamos entrar. 

Naruto levou Hinata para dentro ainda a segurando na cintura, fechou a porta e seguiu com ela até o sofá.

- Respira, calma – Hinata respirou fundo, Naruto se levantou indo até a cozinha pegando água para a mesma – Toma, beba tudo.

Assim que terminou, Naruto pediu para ela contar o que aconteceu, Hinata disse tudo que houve naquela tarde, e as lágrimas não paravam de correr.

- O que ele fez com você?

- Você não suportaria ouvir.

- Por favor, eu preciso saber.

Hinata respirou fundo, olhou nos olhos do rapaz e começou a contar.

- Toneri foi meu primeiro namorado, nos conhecemos quando eu tinha 15 anos e ele 17, estudávamos juntos, ele era amigo de um primo meu, até que esse meu primo me disse que ele era louco por mim, naquela época eu já era assediada por outros caras, então nem liguei para isso, até Toneri se declarar para todos que me amava na frente de todo colégio no intervalo do jogo de baseball, desde ai começamos a namorar e foi tudo tranquilo. Logo ele fez 18 e entrou na faculdade, todos os finais de semana ele ia lá para casa, minha mãe o adorava, mas meu pai desconfiava dele, e até então eu não sabia o porquê, até uma noite, no meu aniversário de 18, ele me ligou dizendo que tinha muito trabalho para fazer e estudar para as provas, que não ia poder comemorar meu aniversário comigo, então fui para uma festa com as minhas amigas em Malibu, não sei quem o avisou, mas ele apareceu na casa da minha amiga no dia seguinte e estava furioso, mandou eu pegar minhas coisas e ele me esperaria no carro. Quando entrei no carro com ele, ele esperou sair da cidade para começar a me insultar e me humilhar, dizendo que eu era uma vagabunda, uma puta desqualificada, que eu não deveria sair para ir em festas com as amigas sem ele, que meu lugar era dentro de casa, no momento eu não disse nada, e antes de descer do carro ele me deu um tapa muito forte no rosto, que ficou marcado, desci do carro apressada sem nem ao menos pegar minhas coisas, quando entrei corri direto para o meu quarto assustando meus pais, minha mãe quando soube de tudo, ainda o deu razão, dizendo que como eu estava em um relacionamento eu deveria me pôr no meu lugar e deixar de ser uma vadia, lógico, meu pai ouviu aquilo, perdeu o controle e deu um tapa nela, fiquei alguns dias sem sair de casa com medo dele, mas eu precisava ir ao colégio pegar o meu histórico e começar a faculdade, e novamente quando Toneri soube que eu iria ficar em uma fraternidade, foi até lá, me arrastou pelos cabelos por 3 lances de escada, fiquei toda ralada, roxa, ele me levou até o carro e me levou até um milharal e lá - Hinata fez uma pausa engolindo seco, as lagrimas desciam sem controle, sentia muita dor no peito só de lembrar daquela noite, Naruto segurou em sua mão, e ela continuou – Lá ele me espancou, com socos, pontapés, joelhadas, bateu minha cabeça contra o chão, eu não tinha forças para gritar, ele rasgou a minha roupa, quebrou costelas, minha clavícula, deixou meus olhos inchados, quebrou alguns dentes meu do fundo, quase deslocou meu maxilar, e me deixou lá inconsciente. Não vi mais nada depois, só me lembro de acordar na UTI, com aparelhos em tudo quanto é canto do meu corpo, eu não respirava direito, me alimentava por sonda, meu coração estava fraco, quase morta, mas por um milagre eu sobrevivi, contei a polícia o que me aconteceu, e eles foram atrás dele, mas o filho da puta pagou a fiança e sumiu, meu pai me disse que fiquei em coma por 4 meses, os médicos disseram que se eu sobrevivesse teria sequelas, e uma delas seria que eu nuca mais iria andar e falar normalmente, minha mãe assinou para desligar meus aparelhos, mas meu pai não desistiu de mim, fiquei mais 2 meses no hospital, fui liberada para ir para casa, e fiquei na casa dos meus avós, o pessoal da universidade ia me ver todos dias, eu recebia matéria por E-mail, e eles me ajudavam nos trabalhos, fiz fisioterapia por um tempo até meus movimentos ficarem mais firmes, e mais uma vez graças a Deus me recuperei bem, a mulher que se diz minha mãe continuava a me insultar, dizendo que era tudo culpa minha, até que eu me cansei disso, joguei um vaso de vidro nela com toda a força que eu ainda tinha, arrumei minhas malas e vim para Nova York, meu pai me ajudou em tudo, mas eu precisava trabalhar, foi ai que conheci a Red Moon, durante o primeiro ano na universidade daqui meus pais pagaram, mas quando ela descobriu que eu trabalhava em uma boate como dançarina, ela parou de mandar minha mesada, mas meu pai ainda mandava a parte dele, e ele me ajudou a comprar meu carro, quando comecei a ganhar mais na boate, o agradeci e disse que ele poderia guardar o dinheiro para ele que eu ia começar a me virar – Hinata deu um sorriso fraco – Mas claro que ele não parou, ele ainda me manda uma quantia que deixo na minha conta bancaria para alguma emergência.

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