Álcool

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Att única pq o capítulo é grande então conta como se fosse dois kkkkkk

Espero que gostem 💕 boa leitura 😘
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M I N A

O dia da tão esperada festa do terceirão havia chegado e, sinceramente, eu estava me esforçando ao máximo para tentar fazer com que eu mesma acreditasse que eu continuava tão animada quanto antes. Vamos lá... Eu tinha que voltar a ser a velha Mina! Era tão fácil, tão divertido ir para as festas, dançar, beijar o maior numero de bocas (visando a qualidade, é claro) que eu pudesse, porque isso, de repente, tinha perdido a graça?

A verdade é: eu poderia beijar três, quatro, cindo ou dez meninas, mas, inevitavelmente, eu insistia em comparar algum detalhe delas com a Chae... Podia ser o cheiro, o sabor dos lábios, textura, a pegada, uma simples cor de olho... Nada parecia bom o bastante. Como se a Chae fosse grande coisa, né? Tsc. Não mesmo. Ela poderia ser bonita, sexy, divertida, gostosa, ter o melhor beijo do mundo, mas de que adianta tudo isso? De que adianta a atração, se eu não posso ter confiança nela?

- Ahn... Mina, - A voz feminina pigarreou logo atrás de mim. - não é por nada, é só que... Você não acha que já tá bom? - Deu uma risadinha tímida, fazendo com que eu me desse conta da realidade em que estava.

Eu olhava meu reflexo no espelho do banheiro de minha casa. O espelho era comprido o bastante para mostrar meu corpo inteiro, no entanto, eu estava com o rosto quase colado a ele, passando o mesmo batom vermelho ruby quase uma dezena de vezes no mesmo lugar. Enxerguei, finalmente, a menina atrás de mim, como se antes eu estivesse cega pelos meus próprios pensamentos.

O reflexo do espelho mostrava Dahyun perfeitamente, facilitando meu trabalho, não sendo necessário que eu me virasse para encará-la. Ela balançava o corpo timidamente de uma lado para o outro, entrelaçando as mãos em frente à saia preta que usava. Confesso que fiquei de queixo caído, mesmo eu tendo a ajudado a escolher a roupa. Virei-me de súbito, tentando ter certeza de que aquilo não era alguma miragem, mais um fruto da minha imaginação.

- Caralho, hein! - Exclamei após passar o olhar descaradamente sobre o corpo da menina. - Você tá gostosa!

- Eu não tô acostumada a usar saias tão curtas... - Reclamou, puxando o tecido para baixo, numa tentativa de cobrir um pouco mais suas coxas.

Fui até ela rapidinho.

- Pode parar! - Disse, capturando suas mãos. - Tá até longa essa saia. - E ergui novamente o tecido, expondo ainda mais as pernas de Dahyun. - Você tá indo pra uma festa, não pra um convento.

- Desse jeito vai acabar aparecendo até minha calcinha! - Arregalou os olhos, vendo que eu pretendia encurtar ainda mais a saia de cintura alta que ela vestia.

- Então tira a calcinha, gata. - Lancei-lhe uma piscadinha e, como sempre, Dubu corou.

- Isso seria vulgar, Minari! - Pareceu horrorizada.

- Tá dizendo que eu sou vulgar? Porque, sinceramente, se a calcinha não for fio dental, vai acabar marcando na roupa, nesse caso prefiro nem usar. - Assumi, passando por ela e saindo do banheiro para seguir em direção ao meu quarto.

Sentei-me na cama e rapidamente calcei meus saltos novos, altos e finos. Não era uma festa chique, nem nada do tipo, mas eu queria impressionar e, cá entre nós, o que é melhor do que um bom salto para chamar a atenção para as pernas? Caprichei, sim senhor!

Dahyun logo veio atrás de mim, entrou no quarto com aquele mesmo jeito de quem está incomodada com a roupa, o que me fez revirar os olhos.

- Olha só, eu não vou passar a festa com você, se você for se comportar assim, tá entendendo? - Falei de forma dura. Aquilo não era verdade, mas poxa, ela estava se arriscando, mentindo para os pais, e ainda ia ficar toda cheia de mimimi? Ela precisava aproveitar o momento! - É melhor você começar a agir feito a mulher linda e poderosa que é. Eu sei que você consegue. - Dubu esboçou uma expressão de incerteza, depois olhou para baixo. Eu sabia que ela ia reclamar do comprimento da saia novamente, então, antes que ela dissesse qualquer coisa, eu voltei a falar. - A partir do momento que você calçar a merda desse seu salto, eu quero que você esqueça de qualquer possível julgamento que você pensa que alguém pode fazer sobre sua roupa. - Impus, levantando-me da cama. Dahyun abriu a boca para dizer alguma coisa, mas prontamente posicionei meu indicador contra seus lábios, calando-a. - Ah-Ah-Ah! Silêncio. - Pedi, em seguida apontei na direção em que seus saltos se encontravam, impedindo-a de refutar minhas falas anteriores.

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