The Billionaire's Darling

prologue

— Não pode estar falando sério! — A minha voz demonstrava toda a raiva que eu sentia naquele momento. — Você não seria capaz disso, ama essa empresa demais para causar algum dano a ela.

Meu pai se levanta de sua cadeira e vem até mim, sua mão vai para meu ombro e o sorriso que ele tinha nos lábios me fez perceber que aquela ameaça era real.

— Eu criei essa empresa, eu fiz toda essa riqueza que você desfruta com tanta irresponsabilidade Noel, você já tem vinte e sete anos e eu já não sou mais um jovem. — Meu pai retira sua mão de meu ombro e se afasta indo para a grande janela onde podíamos ver toda New York. — É simples, você vai ter que parar com essa vida de solteiro, arrume uma mulher, case com ela e tenha filhos, se não fizer isso eu consigo afundar essa empresa em apenas 24 horas.

Meus punhos se fecham automaticamente, eu não gastava apenas o dinheiro, fazia o mesmo render com novos projetos e tudo mais.

—  Como você quer que eu encontre uma garota decente em um mundo como esse onde quase todas são interesseiras? — Vou até ele, minha respiração estava ofegante por conta da raiva. — Não acha que seria mais prudente continuamos assim do que ter que bancar todos os caprichos de uma só mulher?

Meu pai se vira para mim e me olha nos olhos.

— Bancar uma mulher sai mais barato do que todas aquelas modelos, festa e viagens que você faz Noel. — Ele ajeita sua gravata e continua. — Escolha uma que pelo menos seja decente o suficiente para a imagem dos Khan, não estrague tudo achando que possa encontrar o amor da sua vida!

Ele se afasta indo para a porta, assim que ele abre volta a falar novamente.

— Te darei um mês para encontrar uma mulher Noel, caso contrário irei afundar essa empresa.

Ele bate a porta assim que sai. Com a raiva eu pego um dos copos de whisky na mesa ao lado e arremesso conta a maldita porta pela qual meu pai acabou de sair, ando até minha mesa e sento na cadeira de forma relaxado, respiro fundo e ouço a porta se abrir novamente.

— O senhor esta bem? — Era Charlotte, ela estava aqui como estagiária de minha secretária atual, se ela fizesse tudo bem feito teria uma chance para ser uma funcionária permanente. — Eu acabei ouvindo um pouco da... conversa.

Olho para ela, é uma jovem bonita com longos cabelos louros e olhos esverdeados.

— As paredes são finas, não te culpo por isso! — Respiro fundo e ouço a porta se fechando em seguida a jovem anda até minha mesa e senta na cadeira a minha frente, levanto o olhar para ela. — Você quer alguma coisa?

Ela colocou uma pasta sobre a mesa e me olhou.

— Na verdade vim pedir para o senhor assinar esses papéis, mas o vendo assim acho melhor oferecer a minha humilde ajuda.

Rio baixo acertando a minha postura, olhei para a garota e disse:

— Bom, a não ser que você aceite ser minha namorada de mentira só para mostrar ao meu pai que não sou só um homem que esbanja dinheiro você não tem nada o que fazer aqui, deixe os papéis ai, assino e lhe entrego depois.

Charlotte apenas ficou me olhando, imaginei que em sua mente ela me xingava e batia mas ela apenas deu um suspiro e falou:

— Não posso aceitar essa oferta senhor Khan, já sou compromissada com alguém. — Dando uma pausa ela levanta sua mão direita me mostrando a aliança de namoro, era uma peça linda. — Mas posso tentar ajudar a encontrar a pessoa ideal para o seu pequeno problema.

— Caso você consiga essa façanha eu lhe dou o emprego de minha secretária sem pensar duas vezes.

Ela abriu um sorriso de confiança e disse.

— Minha ideia é  muito boa senhor, vamos acertar os detalhes.