Sweet Home

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- S/N -

Acordo com o sol iluminando as paredes do meu quarto e o som do despertador tocando, crio forças para finalmente me levantar daquela cama e ir lavar o rosto, meu dia só estava começando e mesmo assim parece que eu vou explodir de ansiedade

Hoje eu vou estar me mudando pra Seoul de uma vez por todas, eu finalmente vou realizar meu sonho de entrar para a tão requisitada Gangnam Korean University of Arts e me tornar o músico que sempre desejei

Eu sonhei com aquele lugar por anos e finalmente posso dizer que entrei, obviamente não dá pra esconder o nervosismo de ter que enfrentar algo novo, mas estou ansioso para essa nova etapa da minha vida que está só começando

Será que ele ainda lembra de mim?

Essa com certeza era uma pergunta que não saia da minha cabeça, reencontrar meu irmão pela primeira vez depois de anos separados era algo que eu não estava preparado

Já fazem anos desde que ele se mudou para Seoul e eu tive que ficar em Ulsan

— Será que eu não estou esquecendo de nada? - Me questiono sentado na cama pensando se havia colocado tudo na mala.

Eu normalmente não me importaria de estar me mudando pra Seoul se isso não significasse que eu finalmente estou me livrando dos meus avós

As malas prontas desde ontem devem transparecer bem que eu só quero ir embora daqui o mais rápido possível e pra bem longe

Decido tomar um banho antes de ir preparar o café da manhã

Vou pro banheiro e ligo o chuveiro esperando a água esquentar, enquanto isso vou tirando a roupa e assim que sinto a água quente cair no meu corpo sinto um arrepio me dominar e eu estremecer como resposta

Terminando de tomar banho, pego uma toalha e a enrolo em volta da minha cintura, vou para frente do espelho secar o cabelo e finalizá-lo, como ontem já havia separado uma roupa para usar hoje foi só eu pegá-la na cama e vestir

Antes de descer para fazer o café da manhã e ir pro aeroporto, arrumo o meu quarto deixando somente a roupa de cama e algumas caixas para doação lá, desço e vou preparar algumas panquecas para eu e meus avós

Quando tudo fica pronto, arrumo a mesa e me sento para comer tomando um gole do suco de laranja que havia sobrado de ontem

— Já está acordado? - Minha avó aparece na cozinha e se junta a mim pegando um pedaço da panqueca que havia acabado de ser feita e a prova. — Mas que porra é essa?Elas estão horríveis. - Ela diz cuspindo a comida mastigada no prato.

— Eu achei elas deliciosas. - Respondo com indiferença e a mesma me dá um tapa no rosto.

De certa forma essas ações nem me surpreendem mais, eles sempre me trataram assim

— Não me responda... Você sempre foi um babaca metido, eu sou sua avó então me respeite! - Ela diz gritando e apontando o seu dedo na minha cara.

— Me desculpe. - Digo encarando seus olhos e logo em seguida dando um gole no suco que começou a ficar com um gosto mais doce que o comum.

— O que está acontecendo? - Meu avô aparece com um feição brava.

Ele provavelmente estava irritado por ter sido acordado do seu sono por conta dos gritos que ecoavam pela casa

— O seu neto desordeiro estava me desrespeitando. - A mesma me acusa como se eu tivesse cometido um crime.

— Esse garoto mal criado... Por isso seus pais morreram, eles morreram de desgosto por ter um filho como você! - Ele diz gritando quase que avançando em mim.

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